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A violência contra a mulher bate a porta de muitas delas e nem sempre a coragem para denunciar existe. Para isso, o Mete a Colher foi fundado, a fim de ajudar essas pessoas a saírem de relacionamentos abusivos. A ideia foi elaborada por seis jovens mulheres recifenses e agora pretendem arrecadar fundos para desenvolver o aplicativo e se aproximar ainda mais dessas vítimas. 

Em estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), levantado pelas integrantes do grupo, um dado alarmante foi encontrado e consta que a cada 1h30 uma mulher morre no Brasil vítima de violência doméstica. Por conta disso, a equipe viu nesse nicho um viés a ser abordado e, quem sabe, sanado pela ideia do aplicativo.

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Em pouco tempo a proporção de conhecimento sobre o projeto foi crescendo e o incentivo para que o projeto fosse para frente veio na sequência. “Ficamos nos perguntando: como assim já estamos atingindo o sul do país? Nós ainda estávamos pensando numa realidade mais local, no máximo atingir todo o estado”, comenta Carol Cani, uma das idealizadoras do Mete a Colher.  

Para que o projeto saia do papel, o aplicativo foi selecionado no edital lançado pelas redes Think Olga, Benfeitoria e a ONU Mulheres Brasil. “Recebemos todo o direcionamento de como criar uma campanha de financiamento coletivo. Como a nossa meta é considerada alta, elas foram bem incisivas dizendo que tínhamos que dar o nosso máximo, afinal a campanha é 'tudo ou nada'”, afirma Aline Silveira, também mentora do projeto.

Portanto, o crowdfunding para o Mete a Colher foi criado e visa receber R$ 45 mil para o desenvolvimento do aplicativo com o objetivo de conectar mulheres que precisam de ajuda a mulheres que desejam ajudar. “O app irá contar com sistema de geolocalização, mensagem criptografada, e o acesso será limitado apenas a mulheres”, explica a desenvolvedora Lhaís Rordrigues. Toda a plataforma é baseada em chat.

Ainda de acordo com a equipe, de acordo com algumas pesquisas desenvolvidas e também em conversas com profissionais de enfrentamento à violência contra a mulher, os tipos de ajudas estão separados por categorias. Por lá constam ajuda emocional, apoio jurídico, abrigo temporário e inserção no mercado de trabalho. A integrante do grupo, Thaísa Queiroz, aponta que o foco é “no que mais as mulheres precisam para romper o ciclo em um relacionamento abusivo. Quando falamos mulher, incluímos aqui hetero, homo e trans”.

Confira o vídeo do projeto:

 

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