O Facebook vai apagar todas as informações sobre reconhecimento facial que ele armazena sobre usuários europeus, disse a Comissão Irlandesa de Proteção de Dados (DPC).
A rede social tem cumprido com a maioria - mas não todas - as requisições que a agência fez, segundo informações de um novo relatório que detalha a análise crítica das alterações de políticas do FB desde a primeira auditoria, em dezembro de 2011. O vice-comissário do órgão, Gary Davis, ressaltou que o site, inclusive, foi além das recomendações iniciais.
##RECOMENDA##A ferramenta já foi desabilitada para novos usuários na União Europeia e, para os existentes, ela não mais funcionará a partir de 15 de outubro, segundo informações do DPC. "Voltamos à estaca zero em se tratando de reconhecimento facial na Europa", disse Davis durante uma conferência para discutir os resultados da auditoria. O Facebook precisou de "um pouco de convencimento" para excluir o padrão, disse. "Mas, no fim das contas eles viram o benefício de concordar conosco."
A notícia derrubou uma decisão anunciada na sexta-feira pelo Comissário de Proteção de Dados e Liberdade de Informação de Hamburgo, Johannes Caspar: um processo contra a rede social. Caso concordassem em excluir os dados, não haveria mais um problema e, consequentemente, um processo.
De acordo com Davis, agora há maior transparência para o usuário e melhor controle sobre as configurações. Há também melhorias para os direitos dos usuários de ter acesso imediato aos seus dados pessoais e à capacidade do Facebook em garantir rigorosa avaliação dos requisitos feitos pela Irlanda e União Europeia.
Em algumas áreas, no entanto, o cumprimento integral ainda não foi alcançado, mas espera-se que isso seja resolvido em um prazo de quatro semanas - caso contrário, o Facebook poderá ser multado em 130 mil dólares (cerca de 260 mil reais). O site ainda precisa ser monitorado daqui para frente, especialmente porque ele adiciona constantemente funcionalidades ao seu serviço, disse Davis.