Tópicos | Reapropriação

O Complexo Industrial Portuário de Suape concluiu, nessa quarta-feia (11), o processo de indenização coletiva para realocar 600 famílias da Fazenda dos Trabalhadores para moradias urbanas ou áreas rurais. A ação faz parte da consolidação da primeira parte da Estação Ecológica de Bita e Utinga, unidade de conservação de 2,5 mil hectares de Mata Atlântica situada em seu território, nos municípios de Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca. Para isso, foram investidos nas negociações de reapropriação do terreno aproximadamente R$ 35 milhões.

Nos últimos três dias, 300 famílias fizeram o acordo de indenização homologado na Justiça. A outra metade começou a fazer as negociações em 2008. “Depois de um amplo trabalho de diálogo e de negociação, conseguimos fechar os acordos referentes à primeira fase da estação ecológica para que a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) realize as ações necessárias de preservação ambiental da área”, comentou o vice-presidente de Suape, Caio Ramos.

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Além das indenizações, as famílias realocadas poderão ter acesso a uma das moradias que a Caixa Econômica deve construir, a partir de 2014, no Loteamento Nova Vila Claudete, no Cabo de Santo Agostinho, dentro do Programa Minha Casa Minha Vida. Os agricultores que optaram por viver no campo também terão direito às indenizações e receberão um lote de cinco hectares de terra.

O agricultor Amaro Tenório, 73 anos, foi o primeiro posseiro a assinar o acordo no Fórum de Ipojuca, na segunda-feira (9), e estava acompanhado dos filhos. “Com o dinheiro que vou receber, vai dar para abrir um negócio e também vamos morar mais perto do comércio, de posto de saúde e de escolas”, comemorou o morador há mais de 20 anos do Engenho Conceição Nova.

As homologações ocorreram em regime de mutirão na Vara da Fazenda Pública de Ipojuca. As conciliações para que Suape obtivesse a reintegração de posse já haviam sido feitas com os agricultores da Fazenda dos Trabalhadores, formada pelos Engenhos Arendepe, Penderama, Tabatinga, Conceição Nova e Pirajá. Todas as famílias que fecharam o acordo devem receber as indenizações em até 30 dias e, posteriormente, têm até 60 dias para desocupar os imóveis.

Com informações da assessoria











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