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Um homem ficou gravemente ferido, na noite dessa quarta (27), ao tentar furtar o Colégio Professora Célia Martins Menna Barreto, em Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o homem sem roupa, com o corpo todo queimado  e sem partes da pele.

O suspeito invadiu a unidade de ensino na Rua Mongólia e causou a explosão após romper a tubulação de gás. Ele foi socorrido em estado grave para o Hospital Municipal Albert Schweiter, no Realengo.

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Uma equipe da Defesa Civil realizou uma vistoria no local na madrugada desta quinta (28). A cozinha e o refeitório ficaram destruídos e foram interditados. A perícia preliminar indicou que não há risco de desabamentos.

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Ao acompanhar o noticiário sobre o massacre na escola de Suzano (SP), Tainá Bispo, de 23 anos, reviveu o que passou em 7 de abril de 2011. Naquele dia, Wellington Menezes entrou na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio, onde ela estudava, e matou 12 crianças a tiros. Uma das vítimas foi a irmã dela, Milena, de 15 anos. "Sei o que aquelas crianças sentiram. Sei do desespero. Posso ouvir o que elas ouviram e me colocar no lugar delas", contou. "É impossível esquecer. Mas a gente aprende a conviver com a dor. Felizmente, a escola mudou bastante."

Desde a tragédia, o colégio tem trabalhado conceitos como inclusão, diversidade e bullying em sala de aula e tomou medidas para reforçar a segurança e melhorar o ambiente escolar. A tragédia não é um tabu na unidade. Pelo menos uma vez por ano, as vítimas são homenageadas pelos próprios alunos, para que o massacre não seja esquecido. Os alunos também participam da manutenção da Praça Anjos da Paz, ao lado do colégio, onde foi erguido um memorial. Não é raro Tainá voltar lá, para observar a estátua da irmã, uma das 12 erguidas em homenagem às vítimas.

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As mudanças não são só curriculares. Os muros altos e cinzentos do passado foram substituídos por uma grade. O reforço da segurança foi feito sem criar constrangimento. Dois profissionais do setor atuam no local, controlando a entrada e a saída, mas de modo educado. Antes de chegar ao pátio externo, há duas portas pequenas, o que facilita o controle.

A comunidade parece se conhecer (e se reconhecer). Um dos seguranças trabalha na unidade desde julho de 2011 e trata alunos pelo nome. "Antes, logo depois da tragédia, as pessoas do bairro tinham até medo de matricular os filhos aqui. Hoje, a história é outra. A gente vê nas crianças a mudança, sabe? Aqui, os estudantes têm um entendimento diferente do que é conviver em sociedade", comentou o barbeiro Márcio Gerbatim, de 43 anos, cujo filho de 13 anos estuda no Tasso da Silveira.

Nesta quinta-feira (14) Tainá e pelo menos cinco mães de vítimas do massacre de Realengo se reuniram na Praça Anjos da Paz. Estavam lá para conversar sobre as homenagens que a escola deve prestar aos filhos no dia 7 de abril, colaborarem em mutirão para a manutenção da praça/memorial e, principalmente, para se abraçarem e se consolarem. As más lembranças foram reavivadas pelo caso de Suzano.

Assassinatos

Às 8h30 de 7 de abril de 2011, um ex-aluno da Tasso, Wellington Menezes, de 23 anos, entrou ali com a desculpa de que iria dar uma palestra sobre os 40 anos da unidade. Como era conhecido e estava bem-vestido, entrou facilmente. Menezes estava armado com dois revólveres, com os quais matou e feriu estudantes com de 13 a 16 anos. A maioria fugiu em desespero. Acuado por policiais e baleado por um agente, Menezes se suicidou. Entre os mortos, dez meninas e dois meninos. Na ocasião, parentes do atirador disseram que ele era um jovem reservado e teria sido vítima de bullying.

"O que aconteceu em São Paulo é muito parecido com que aconteceu com a gente", disse Nilza da Cruz, de 69 anos, avô de Karine de Oliveira, outra vítima de 2011. Emocionada, ela confessou que o único jeito de amenizar a dor é falar sobre o que houve. "Estou aqui para abraçar e falar de minha neta. Espero que as avós de Suzano tenham a mesma oportunidade."

Adriana Silveira, de 47 anos, mãe de Luiza Paula (vítima do massacre), também esteve na praça e contou ainda estar em choque. "Quando soube deSuzano, voltei para o dia em que perdi minha filha. Mexeu muito comigo", fala. "Não sei o que eu posso dizer para essas mães que perderam suas crianças. Só queria que elas soubessem que eu estou rezando por elas. Estou sentindo e sofrendo com elas."

Outra mãe, Maria José Dumont, de 55 anos (que perdeu Laryssa Martins) expressou o mesmo sentimento. "Seria bom se a gente pudesse falar com essas mães de Suzano, dividir com elas o que a gente passou." Já Inês Moraes, de 55 anos, escolheu o silêncio. Com dificuldades para expressar seus sentimentos desde que perdeu o filho Igor, ela preferiu apenas torcer (e rezar) para que algo parecido com o que aconteceu em Realengo ou Suzano não volte a se repetir. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O massacre que deixou oito mortos, além dos dois atiradores, em uma escola pública de Suzano (SP), nessa quarta-feira (13), reviveu a lembrança de outras tragédias semelhantes ocorridas no Brasil. Confira abaixo outros casos parecidos:

Realengo

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Em 7 de abril de 2011, Wellington Menezes de Oliveira, 23 anos, assassinou 12 adolescentes na Escola Municipal Tasso da Silveira, no bairro de Realengo, Rio de Janeiro (RJ), onde ele havia estudado. O atirador foi baleado na perna por um policial e depois cometeu suicídio. Oliveira era alvo de bullying no colégio e havia feito pesquisas sobre terrorismo. As vítimas tinham entre 12 e 14 anos.

Goiânia

Em 20 de outubro de 2017, um adolescente de 14 anos entrou armado na escola Goyases, em Goiânia (GO), e matou dois colegas de sala. O jovem, que foi apreendido, também dizia ser alvo de bullying e usou um revólver da mãe, que é policial militar.

Janaúba

Esse caso difere um pouco dos demais, já que não foi motivado por gozações nem envolve ex ou atuais alunos. Em 5 de outubro de 2017, Damião Soares dos Santos, que trabalhava como vigia de uma creche em Janaúba, norte de Minas Gerais, incendiou o local e matou 10 pessoas, incluindo nove crianças e uma professora. O homem de 50 anos também morreu e, segundo a família, sofria de problemas mentais.

São Caetano do Sul

Em setembro de 2011, um menino de 10 anos usou a arma de seu pai, policial civil, para balear uma professora, que sobreviveu, e se suicidar logo em seguida. O episódio ocorreu na escola Professora Alcina Dantas Feijão.

Taiúva

Em janeiro de 2003, um ex-aluno entrou em uma escola estadual de Taiúva (SP) e baleou oito pessoas, incluindo cinco estudantes, um caseiro, uma zeladora e uma professora. Apesar de um jovem ter ficado paraplégico, o episódio não teve mortes, a não ser a do próprio atirador, Edmar Aparecido Freitas, 18 anos, que se suicidou. Ele também era vítima de bullying.

Da Ansa

Tragédias envolvendo tiroteios e ataques em escolas são contabilizados na história recente do país. O episódio registrado hoje na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano, na Grande de São Paulo, junta-se a outros. Conforme matérias publicadas pela Agência Brasil, o caso mais recente ocorreu no Colégio Goyases, em Goiânia, quando adolescente de 14 anos assediado por bullying matou dois colegas de 13 anos e feriu outros com a arma da mãe, policial civil.

Na apuração das razões do crime, o autor dos disparos disse à polícia que se inspirou no atentado ocorrido em 1999 na escola de Columbine (Estados Unidos), com quinze mortos e 24 feridos, e no massacre ocorrido em Realengo, no subúrbio carioca, em 2011 – quando um adulto (23 anos) efetuou mais de 60 disparos e matou 12 crianças na escola municipal Tasso da Silveira.

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Os dois casos são os que registram os maiores números de vítimas. No mesmo ano do episódio em Realengo, uma criança de 10 anos em São Caetano do Sul (SP) atirou em sua professora (4ª série) e depois se matou. Em abril de 2012, um adolescente de 16 anos da cidade de Santa Rita (PB) atirou em três alunas quando tentava acertar um outro estudante.

Há registro de mortes de estudantes também por arma branca, como o assassinato por facada contra um adolescente por um colega de sala em uma escola rural em Corrente (PI).

Um homem baleou a namorada e o pai dela, depois de uma discussão na casa da vítima, na noite de ontem (22), em Realengo, na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Militar, testemunhas informaram que, depois de uma briga, o homem atirou em Gleicy de Oliveira e no pai dela, Oton de Oliveira, fugindo em seguida.

Segundo a Polícia Civil, Gleicy tem 32 anos e o Oton, 64 anos. Um inquérito foi aberto para apurar as agressões. A princípio, segundo a Polícia Civil, o caso está sendo tratado pela Delegacia de Realengo (33a DP) como lesão corporal.

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As duas vítimas foram encaminhadas ao Hospital Albert Schweitzer, no mesmo bairro. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, Oton teve ferimento na mão e foi liberado logo depois de receber o atendimento no hospital.

Já Gleicy levou um tiro no rosto e sofreu uma fratura no maxilar. Ela foi transferida para o Hospital Municipal Salgado Filho e está internada na enfermaria, em situação estável.

A delegada Tatiene Damaris Sobrinho Damasceno Furtado, que trabalhava como adjunta na 36ª DP, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio, foi encontrada morta na cozinha de sua casa, em Realengo, na mesma região da cidade, por volta das 12h30 desta quinta-feira (23). Segundo a Polícia Militar, o corpo não tinha marcas de tiros ou facadas, mas apresentava hematomas. Não havia sinais de arrombamento nas portas da casa.

Tatiene era casada e tinha dois filhos, uma adolescente de 17 anos que não morava com ela e uma menina de 3 anos. Vizinhos contaram ter visto movimento na casa em três momentos, hoje, antes do crime: no início da manhã um veículo escolar foi buscar a filha da delegada e logo depois o marido dela saiu em seu Fox preto. Às 12h30 ele voltou para casa e disse à polícia ter encontrado a mulher já morta. Então chamou a polícia. O marido foi encaminhado à Divisão de Homicídios, onde prestou depoimento.

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Agentes afirmam que a delegada estava sofrendo ameaças de um grupo de milicianos. O bairro de Santa Cruz, em cuja delegacia ela atuava desde agosto, é um dos principais redutos de milícias no Rio. Em Realengo, onde ela morava, não há registro de milícias, mas supostos traficantes chegaram a soltar fogos de artifício, hoje, quando a polícia chegou para investigar o caso.

A Divisão de Homicídios instaurou inquérito para apurar as circunstâncias da morte da delegada. Segundo a Polícia Civil, foi feita perícia e agentes já solicitaram imagens de uma câmera de segurança instalada a 100 metros da casa da delegada. Por enquanto a polícia não descarta nenhuma hipótese para o crime. Tatiene ingressou na Polícia Civil como papiloscopista, em 2005. Em 2008 foi aprovada no concurso para delegado de polícia e desde então só trabalhou em delegacias da zona oeste: 34ª DP (Bangu), 35ª DP (Campo Grande) e, desde agosto, na 36ª DP (Santa Cruz). A Divisão de Homicídios convocou os delegados da região de Realengo, onde Tatiene morava, para uma reunião emergencial realizada ainda hoje.

Sete pessoas foram encontradas mortas na noite dessa quinta-feira (24), em Realengo, Zona Oeste do Rio de Janeiro. As vítimas estavam na varanda da casa, no número 499 da Rua Nuretama, e as mortes teriam sido provocadas por tiros de fuzil 556 e pistola 9 mm. O crime ocorreu por volta de 23h, quando a casa foi invadida pelos matadores, homens encapuzados que chegaram ao local em três carros, segundo moradores.

As vítimas foram identificadas como Toni Anderson Damásio Alves, de 37 anos, Renata Souza da Silva, 30, Leandro Marcos Pereira, 24, Alex Prudêncio de Amorim, 28, Luan Santos da Cunha e os irmãos Amanda Silva Guimarães, de 27, e Cleiton Guimarães.

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Segundo a polícia, foram encontrados dentro da casa objetos como cachimbos e papel de seda e uma pequena quantidade de maconha. Vizinhos afirmam que a casa, que pertencia a Toni e Renata, era usada costumeiramente para o consumo de drogas.

A Delegacia de Homicídios já começou a investigar o caso e nenhuma hipótese pode ser afastada até o momento, mas a motivação mais corrente para o crime é acerto de contas com o tráfico de drogas.

Um policial da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da comunidade do Batan, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, morreu em uma troca de tiros com bandidos na madrugada de segunda-feira, 19. Paulo Ricardo Fontes Carreira, de 30 anos, foi baleado ao dar auxílio a uma equipe do 14º BPM que fazia patrulhamento na rua São Pedro de Alcântara, na favela Curral das Éguas, no mesmo bairro. Segundo informações do batalhão, os policiais militares solicitaram apoio pelo rádio quando viram vários criminosos armados na via. O soldado chegou a ser levado para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos. A ocorrência foi registrada na Delegacia de Homicídios.

As vítimas do massacre na Escola Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, foram homenageadas ontem em uma série de eventos organizados para lembrar os dois anos da tragédia que deixou 12 estudantes mortos e outros 12 feridos.

Uma missa foi celebrada na Igreja Nossa Senhora de Fátima João de Deus, pelo Monsenhor Luiz Antônio, da pastoral das favelas, e pelo cônego da paróquia, Luiz Carlos Vital de Oliveira. A cerimônia contou com a presença de Dom Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro. Depois, amigos e familiares das vítimas seguiram em procissão até a entrada da escola. Eles deram um abraço simbólico no prédio e grafitaram um dos muros do colégio.

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A nova intervenção artística se soma às declarações de amor pela escola e aos desejos de paz marcados nos azulejos que compõem um mural de 34 metros de extensão. A pintura foi feita por alunos e professores durante uma oficina realizada meses depois da tragédia.

No início do ano passado, a escola foi reinaugurada após passar por uma extensa reforma. Com os R$ 9 milhões investidos nas obras, as salas que foram cenário do massacre foram demolidas e a segurança na unidade foi reforçada, com a instalação de câmeras. Hoje, o visitante só tem acesso ao local com identificação e crachá.

Apesar da reforma, a Tasso da Silveira ainda guarda, em seus alunos e professores, as marcas daquele 7 de abril de 2011. Naquela manhã, o desempregado Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, ex-aluno do colégio de Realengo, entrou pela porta da frente da escola. Perguntaram a ele se chegava para a palestra, já que a instituição comemorava 40 anos e era comum receber ex-alunos. Sobre a casaca preta, Oliveira escondia dois revólveres e uma bolsa repleta de munições. Ele abriu fogo contra estudantes do 8º ano: atirou em 20 meninas e 4 meninos, matando 12 deles. Alunos que vivenciaram a tragédia recebem até hoje apoio pedagógico e psicológico de assistentes sociais.

Pais e colegas dos 12 alunos mortos na escola Tasso da Silveira, em Realengo (zona oeste), em abril de 2011, fizeram nesta sexta-feira um ato público em memória das vítimas do massacre na cidade americana de Newtown, em Connecticut. Os manifestantes lembraram as 20 crianças e os seis adultos mortos na escola Sandy Hook, no dia 14 deste mês. Eles levaram cruzes formadas com lápis, uma bandeira americana e cartazes com inscrições em inglês como "estamos rezando por vocês" e "o mundo clama por paz". A manifestação foi organizada, a pedido das mães dos alunos da Tasso da Silveira, pela ONG Rio de Paz e aconteceu em frente à escola. Elas lembraram que, quando seus filhos foram mortos a tiros por um ex-aluno, receberam muitas cartas de solidariedade de famílias americanas.

Quatro anos como diretor e há 30 atuando na Escola Municipal Tasso da Silveira, localizada no Realengo, Rio de Janeiro. Luis Marduk Bráz, de 57 anos, anunciou essa semana que vai se aposentar da função no próximo ano, deixando de atuar na escola que ficou conhecida por uma tragédia.

No dia 7 de abril do ano passado, em uma manhã aparentemente normal, o ex-aluno da escola Wellington Menezes de Oliveira invadiu a instituição e atirou contra vários alunos. O resultado dessa triste história foi a morte de dez meninas e dois meninos, além de 12 feridos e o fim da vida do atirador.

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Em depoimento a Agência Brasil, Luis Marduk disse que cumpriu o seu dever na escola, e só não se aposentou em 2011 por causa da tragédia. “Nossa relação é mais que profissional, é de confiança. Foi isso que norteou nossa resistência”, relatou o diretor, conforme informações da agência.

O diretor tinha medo que os alunos e professores abandonassem a escola, todavia, o contrário aconteceu. “Professores aposentados, de licença, todos vieram nos ajudar. Em uma situação de emergência, toda oferta era bem-vinda”, disse Marduk, em depoimento à agência.

Atualmente, a Tasso da Silveira possui mais de mil alunos e está com suas instalações lotadas. “Nosso grande desafio e preocupação é sustentar a qualidade depois desse terrível acidente. Vou deixar como um legado importante. Saio desse desafio muito orgulhoso de minha equipe e de nossa superação”, completou o diretor.

*Com informações da Agência Brasil.

Um ano após a tragédia que chocou o País, familiares das vítimas do Massacre de Realengo, na zona oeste do Rio, prestaram hoje uma homenagem às crianças mortas pelo atirador Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos. Aos pés do Cristo Redentor, pais, irmãos e outros parentes das crianças mortas participaram de uma oração em memória das vítimas e pela paz na cidade.

Emocionados, os familiares rezaram abraçados e ao fim da cerimônia jogaram pétalas de rosas do alto do Corcovado. "É uma homenagem simbólica. Me senti mais perto da minha filha de novo. Foi importante para dar um alívio e um conforto para a gente", disse Valdir dos Santos Nascimento, 47 anos, pai de Milena, de 14 anos, uma das 12 vítimas do massacre.

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Na manhã do dia 7 de abril de 2011, o ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira, invadiu a Escola Municipal Tasso da Silveira e atirou contra os alunos. No total, dez meninas e dois meninos morreram na chacina e outras 12 ficaram feridas. O atirador se matou após ser baleado pelo Policial Militar Márcio Alexandre Alves, chamado por dos alunos que escaparam da escola.

O prefeito Eduardo Paes também esteve presente na cerimônia em homenagem às vítimas. "Vim representar os cariocas para manifestar solidariedade às famílias das vítimas de um dos momentos mais tristes da história do Rio. São famílias corajosas, valentes, que precisam de apoio."

Um ano depois da tragédia, a escola recebeu investimentos de R$ 9 milhões para reformas e se tornou uma unidade modelo na rede municipal. A segurança na escola também foi reforçada, com guardas municipais e controle de acesso. "A Tasso da Silveira é hoje a melhor escola do município, mas não vamos transformar as escolas do município em fortalezas intransponíveis", disse o prefeito.

Quando o desempregado Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, invadiu a Escola Municipal Tasso da Silveira e atirou em 20 meninas e quatro meninos, matando a metade, parecia que o colégio de Realengo, na zona oeste do Rio, ficaria marcado para sempre. Um ano depois da tragédia, sem precedentes no Brasil, existe ali uma escola modelo.

O prédio atacado foi reformado e um anexo erguido, ao custo de R$ 9 milhões. As salas ganharam recursos multimídia e professores passaram por reciclagem. Mas os alunos ainda têm acompanhamento psicológico. "Estamos reinventando a escola", afirma a diretora adjunta, Daisy Carvalho.

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Ainda há alunos traumatizados - crianças que sofrem com pesadelos, desenvolveram gagueira, voltaram a fazer xixi na cama, tornaram-se introspectivas. Há aquelas que resistem a ir às aulas. "Às vezes, o vento abre a porta da sala devagarinho e o coração já começa a pular. Às vezes, não quero vir, quero fingir que nada disso aconteceu. Mas também é bom falar, desabafar", conta Joyce Losso, de 16 anos. "Tão cedo eles não vão se curar", admite a diretora adjunta.

Uma rede de solidariedade se formou em torno do colégio - os 400 alunos do turno da manhã, que vivenciaram o ataque, ganharam notebooks em um programa de TV e pessoas com histórias de superação visitaram a escola para dividir a experiência. O iatista Lars Grael contou do acidente, durante uma competição, em que teve a perna amputada e a bailarina Ana Botafogo, cujo marido morreu afogado, aos 38 anos, falou de perdas.

Os professores também precisaram de apoio. Dos 52, quatro foram afastados e dois ainda estão de licença: uma porque teve bebê e outra porque ainda não conseguiu se recuperar.

Todos os integrantes do corpo docente foram orientados a serem menos rigorosos nas avaliações dos alunos. O índice de repetência caiu de 25% para 10% dos 980 estudantes.

"Nada pode ser igual. Um coletivo inteiro sofreu um baque absolutamente inesperado. É preciso ir aos poucos, reconstruindo um trabalho para voltar a ter cobrança mais rigorosa. Nesse processo, os alunos vão superando o que passou", afirma a educadora Hilda Alevato, professora de pós-graduação da Universidade Federal Fluminense (UFF). Ela elogia o que chama de "opção pelo afeto" da coordenação pedagógica, ao aliviar a cobrança.

Mesmo assim, o ataque do ano passado fez os pais de 40 alunos pedirem transferência. Alguns até pediram para voltar. E outros cem se matricularam neste ano.

Segurança - Hoje, para entrar na escola, o visitante se identifica e ganha um crachá - ao contrário da manhã de 7 de abril do ano passado, quando Wellington Oliveira circulou pelo local com uma bolsa e dois revólveres. O massacre de Realengo ainda fez as escolas da cidade passarem a ter porteiro. E a Guarda Municipal ainda mantém equipe na Tasso da Silveira. "Hoje, eu não tenho muito medo. Às vezes, fico pensando que não vou ver meus colegas de novo, mas estamos muito mais amigos", diz Patrique Figueiredo, de 15 anos, que escorregou em uma poça de sangue e quebrou um dedo do pé, ao tentar fugir do atirador.

Em uma das oficinas, realizadas ano passado, os alunos e professores pintaram azulejos que compõem um mural de 34 metros de extensão. Nos desenhos, declararam o amor pela escola, e seus desejos de paz.

A Tasso da Silveira não ergueu memorial para lembrar os 12 alunos mortos. Também não programou nenhum evento para marcar o primeiro ano da tragédia. Não é descaso - é estratégia. "Precisamos pensar no futuro, no agora", diz Daisy. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Terminaram no último dia 20 de outubro as negociações para que as famílias das 12 crianças mortas no massacre de Realengo, no Rio de Janeiro, recebam indenização da prefeitura. O caso, que repercutiu em todo o País, aconteceu em abril deste ano na Escola Tasso da Silveira. Os valores das indenizações foram propostos pela Defensoria Pública Estadual, mas foram mantidos em sigilo. As negociações entre a prefeitura, as famílias e os defensores aconteceram ao longo dos últimos meses, e a última família a assinar o acordo o fez no último dia 20. Segundo a defensora Fernanda Garcia, o objetivo da indenização é fornecer auxílio material aos parentes das vítimas.

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