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Quito, segunda cidade com mais casos do novo coronavírus no Equador, começou nesta quarta-feira a abandonar a quarentena de 11 semanas e a se reativar, em meio a uma pandemia que deu um prejuízo de mais de 12 bilhões de dólares ao país.

Na capital, de 3 milhões de habitantes, retomava-se gradualmente o transporte urbano e o trabalho presencial com 50% dos funcionários, e restaurantes e centros comerciais reabriram. Também foi reduzido para oito horas o toque de recolher de 11 horas.

Com quase 3,8 mil casos, Quito é a segunda cidade com mais infectados, depois de Guayaquil, foco da pandemia no Equador, com 9,8 mil infectados. O presidente equatoriano, Lenín Moreno, manifestou no Twitter que, "hoje, Quito muda para o sinal amarelo. Vamos nos cuidar, cuidar dos vulneráveis, cumprir cada recomendação de saúde e higiene, para termos uma reativação com toda a precaução. De cada um depende a vida de todos."

O sinal amarelo aumenta de dois para três dias a permissão de circulação de carros particulares, motivo pelo qual o tráfego na cidade se intensificou. Antes, o Comitê de Operações de Emergência, a cargo da crise do novo coronavírus, autorizou a reativação de setores como os da construção e têxtil.

Mais da metade da população do Equador, de 17,5 milhões de habitantes, cumpre atividades com o sinal amarelo e apenas dois dos 221 cantões do país estão no verde, em que o toque de recolher é de cinco horas.

O Equador é um dos países latinos mais atingidos pelo novo coronavírus, com cerca de 41 mil casos, incluindo 3.486 mortos (uma média de 20 em cada 100.000 pessoas). O país é o quarto da região com mais vítimas fatais, atrás do Brasil, México e Peru, segundo um balanço da AFP. O governo também reporta 2.221 possíveis mortos pela Covid-19.

O Equador decretou em março estado de exceção, que irá até meados de junho.

A violência mergulhou Quito no caos neste sábado (12). Manifestantes atearam fogo a um prédio público e atacaram veículos de comunicação, o que levou o governo a impor toque de recolher na capital no contexto de um protesto de indígenas contra ajustes econômicos.

O novo dia de manifestações em repúdio às medidas pactuadas com o FMI se degradou rapidamente. Nos arredores da Assembleia Nacional, indígenas ergueram barricadas com troncos e escudos de madeira e enfrentaram com pedras e pirotecnia a Polícia, que respondeu com bombas de gás lacrimogênio.

Grupos de encapuzados atacaram a sede da Controladoria, que ficou envolta em chamas. O presidente Lenín Moreno impôs o toque de recolher e ordenou a militarização desta cidade de 2,7 milhões de habitantes. A medida drástica, que proíbe a circulação em Quito e arredores, começou a vigorar às 15h locais (17h de Brasília). Nenhuma autoridade informou sobre sua vigência.

"Dispus ao Comando Conjunto das Forças Armadas, imediatamente, tomar as medidas e operações que sejam necessárias", destacou o presidente em breve pronunciamento à Nação.

Antes do cair da noite, as forças de segurança ainda se esforçavam para impor a ordem em alguns pontos da cidade, onde grupos de pessoas desafiavam o toque de recolher.

O caos se espalhou no mesmo dia em que o movimento indígena aceitou dialogar com o governo, em busca de uma saída para a crise severa que explodiu há 11 dias.

Moreno acompanha a situação da cidade portuária de Guayaquil, aonde transferiu a sede de governo após decretar o estado de exceção nacional em 3 de outubro e mobilizar as Forças Armadas em uma tentativa de conter o descontentamento social.

Desde então, morreram seis civis e foram registrados 2.100 feridos e detidos, segundo a Defensoria do Povo.

Os protestos também mantêm interrompido o trasporte de petróleo - a maior fonte de divisas - pelo principal oleoduto do país por causa da ocupação de poços na Amazônia.

- "Não deixem que nos matem" -

Amparado no estado de exceção, que a princípio permite restringir alguns direitos por 30 dias, o governo já tinha determinado um toque de recolher ao redor dos edifícios públicos da capital.

As pessoas que esvaziaram pouco a pouco as ruas exigiam o fim da repressão oficial.

"Onde estão as mães e os pais dos policiais? Por que deixam que nos matem?", clamou, chorando, a indígena Nancy Quinyupani.

A imprensa também foi alvo de violência. Manifestantes atacaram as instalações da Teleamazonas e do jornal El Comercio. O canal, que se mantém no ar, retirou 25 funcionários sem reportar nenhuma vítima.

"Por cerca de meia hora, fomos atacados, começaram a apedrejar, forçar as portas e depois a lançar bombas incendiárias", contou no ar Milton Pérez, jornalista e apresentador da Teleamazonas.

O El Comercio, principal jornal de Quito, denunciou no Twitter que sua sede tinha sido atacada "por um grupo de desconhecidos", sem dar maiores detalhes.

O movimento indígena, que lidera o protesto contra os ajustes que encareceram em até 123% o preço dos combustíveis, negou que seus militantes estejam envolvidos nos ataques aos prédios ou à emissora.

- Diálogo incipiente -

"Vamos restabelecer a ordem em todo o Equador", prometeu Moreno após agradecer a decisão dos povos originários de se sentar para dialogar frente à frente, embora não tenha revelado nem quando, nem onde começarão as conversas.

A Confederação de Nacionalidades Indígenas (Conaie), que a princípio tinha refutado a oferta, informou ter decidido finalmente "participar" de um encontro com o presidente depois de "um processo de consulta com as comunidades".

No poder desde 2017, o governante enfrenta sua maior crise devido às reforças que acordou com o FMI para aliviar o pesado déficit fiscal que atribui aos gastos excessivos, o endividamento e a corrupção do governo de seu antecessor e ex-aliado Rafael Correa.

Além do fim dos subsídios, as medidas preveem cortar direitos de funcionários públicos. Os indígenas, que representam 25% dos 17,3 milhões de equatorianos, são o setor mais castigado pela pobreza e em sua maioria trabalham no campo.

Com a liberação dos preços dos combustíveis, precisam pagar mais para transportar seus produtos, ao mesmo tempo em que temem uma inflação generalizada.

Em partida válida pelas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo da Rússia-2018, a seleção do Equador recebe o Brasil nesta quinta-feira (1º) no estádio Olímpico Atahualpa, em Quito. Os equatorianos minimizaram a importância da altitude mas pretendem pressionar desde o início. Assista na reportagem em vídeo:

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A seleção brasileira que enfrenta o Equador, pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo estará completa no início da tarde desta segunda-feira. É quando chegam a Quito os últimos seis atletas convocados pelo estreante técnico Tite para a partida da próxima quinta-feira e também o confronto contra a Colômbia, no dia 6 de setembro, em Manaus. Pouco depois, a equipe realizará seu primeiro treino em solo equatoriano.

Os últimos a se apresentar serão os goleiros Marcelo Grohe e Alisson, os zagueiros Miranda e Marquinhos, o volante Rafael Carioca e o atacante Gabriel Jesus. Eles não conseguiram chegar a tempo no domingo para pegar o voo fretado que trouxe 11 atletas e integrantes da comissão técnica do Rio à capital do Equador. Neymar estava nesse grupo.

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Os primeiros a chegar ao hotel que serve de base da seleção em Quito, ainda na tarde de domingo, foram Daniel Alves, Marcelo, Casemiro, Felipe Luis, Phillipe Coutinho e Giuliano.

O treino desta segunda-feira está marcado para as 16h30 (18h30 de Brasília), no estádio Casa Blanca, que pertence à LDU.

O vice-prefeito de Jaboatão dos Guararapes e presidente do PSB local, Heraldo Selva, esteve em Quito, no Equador, representando o município no terceiro Colóquios Sul-Americanos, evento que debateu os problemas comuns às cidades metropolitanas dos países do continente. O socialista foi convidado pela Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal).

Com o tema "Economia Urbana: Trabalho, Renda e Desenvolvimento Sustentável", o terceiro Colóquios contou com a participação de representantes do Brasil, Equador, Argentina, Chile, Paraguai, Uruguai, Colômbia e Panamá.

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"Vejo com grande importância os países da América do Sul chegarem a uma proposta que unifique os problemas comuns às grandes metrópoles. Defendo uma ação conjunta para produzir soluções que se traduzam em cidades mais direcionadas às pessoas. Uma cidade onde o cidadão tem um maior protagonismo é uma cidade voltada às pessoas", argumentou Heraldo Selva.

Esse foi o terceiro de quatro encontros do tipo. Ao final, será elaborada uma proposta comum aos países a ser apresentada em 2016 no HABITAT 3, que é o Congresso Mundial para a Habitação e o Desenvolvimento Urbano promovido pela ONU, também em Quito. O primeiro Colóquios aconteceu em Santiago, no Chile; o segundo, em São Paulo. O próximo ocorrerá em outubro, em Montevidéu, no Uruguai.

O socialista também destacou a relevância de o continente ter uma proposta unificada defendida no HABITAT 3. "É dele que saem os caminhos para que os órgãos financiadores sigam nos próximos anos ou décadas seguintes. Entidades com o Banco Mundial e o Bando Interamericano de Desenvolvimento, entre outros", pontuou Heraldo, que, em abril, esteve no Colóquios do Chile.

*Com informações da Assessoria de Imprensa.

O meia Morales chegou ao Náutico com status de craque. Contudo, não teve tantas oportunidades e em meio à crise alvirrubra foi subutilizado na Série A. Com contrato encerrando em dezembro deste ano com o Timbu, o argentino já tem novo clube e vai atuar na LDU de Quito, Equador, em 2014.

O vínculo do jogador com o Timbu era até o final do próximo ano. Porém, a diretoria alvirrubra preferiu diminuir o tempo de contrato devido ao rebaixamento e, por consequência, reduzir o salário. 

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A LDU de Quito divulgou a contratação do argentino pelo Twitter oficial do clube, nesta sexta-feira (20).

As autoridades do Equador disseram que pelo menos 200 pessoas foram retiradas das proximidades do vulcão Tungurahua, após ter expelido uma fumaça de poeira de mais de cinco quilômetros no ar.

A diretora regional da Secretaria Nacional de Administração de Risco, Lourdes Mayorga, disse que explosões produziram a poeira e os fluxos piroclásticos (de cinzas e pedras) e que podiam ser sentidos a centenas de quilômetros.

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Segundo a especialista, pelo menos 200 pessoas foram retiradas das regiões de Cusua, Chacauco e Juive, próximas ao vulcão. As autoridades declararam alerta laranja, o qual permite a aquisição de bens necessários para prestar socorro e os preparativos para prestação de ajuda humanitária se necessário.

O vulcão Tungurahua está ativo há mais de 13 anos e fica localizado a cerca de 135 quilômetros ao sul de Quito, capital do Equador.

Fonte: Associated Press.

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