Após a decisão da Federação Pernambucana de Futebol (FPF) de vetar as torcidas organizadas nos jogos das semifinais e da decisão, acatando as recomendações do Ministério Público do Estado (MPPE), a diretoria da Torcida Jovem do Sport resolveu se pronunciar. Por meio de nota publicada em seu site oficial, a uniformizada afirma ser contra a decisão, além de explicar que o principal problema de violência não é a torcida em si, e que também não “é exclusividade dos dias de jogos”.
No texto, a instituição diz ainda que estão querendo, de forma injusta, transferir a responsabilidade para o grupo. Eles lamentam pela violência que aconteceu durante o último domingo e afirmam que a Jovem é “registrada em cartório, com sede fixa, com CPNJ e que pagam os impostos como qualquer empresa”.
##RECOMENDA##No decorrer da nota, a instituição ainda questiona a realização da Copa no estado, além de deixar bem claro que sempre reivindicou medidas que diminuiriam esse tipo de situação, como por exemplo o cadastramento e local destinado à torcida no Estádio. Por fim, explicam que estão disponíveis para contribuir com a paz, mas que não concordam e vão recorrer da decisão.
Confira a nota na íntegra:
“A solução é acabar com Torcida Organizadas” – Já dizia um “formador de opinião” da imprensa esportiva Pernambucana. Essa frase não foi dita hoje ou ontem, mas em meados de 1997. E por incrível que pareça, hoje ouvimos a mesma coisa. Uma alternativa que não resolve o problema, mas pode servir para esconder falhas e ausências das instituições que deveriam garantir a segurança do torcedor nos jogos, nos arredores dos clubes e longe dos estádios. Não acreditamos que um pedaço de pano (no nosso caso, amarelo) é responsável por essa cultura de violência, que não é exclusividade dos dias de jogos. Todos os dias têm notícias de violência em Pernambuco. Estão querendo transferir, injustamente, a responsabilidade para a instituição que tem menos poder de ação para resolver o problema.
Lamentamos as cenas de violência que alguns torcedores protagonizaram no último clássico entre Sport X Santa Cruz. Solidarizamos-nos com os familiares das duas pessoas que morreram no último domingo, mesmo que as mortes não tenham sido esclarecidas quanto à relação direta com confrontos entre torcedores.
Fomos pegos de surpresa com a notícia que nas fases finais do Pernambucano não haverá bandeira, faixa, bateria e muito menos nossa camisa nos estádios. Será que um cidadão se torna violento a partir do momento que veste a camisa da Torcida Jovem do Sport?
Infelizmente, a corda arrebenta do lado mais fraco… nesse caso, nas Torcidas Organizadas, mesmo sendo instituições registradas em cartório, com sede fixa, com CPNJ e que pagam os impostos como qualquer empresa.
Será que Pernambuco está preparado para receber a Copa do Mundo? Com o esquema de segurança montado pela Polícia no último domingo, achamos muito difícil… Há anos revindicamos um lugar específico no estádio, no qual só teria acesso quem fosse cadastrado e cada membro teria uma carteira de identificação, porém as pessoas/instituições que têm responsabilidade com o bem estar do torcedor nunca nos levaram a sério.
Temos a impressão que essas pessoas/instituições se preocupam mais com a sua imagem e sua autopromoção perante a mídia ao invés de trabalhar para a segurança nos estádios pernambucanos.
Estamos disponíveis para contribuir com as Instituições na busca da paz. Mas, por discordamos da recomendação do MPPE, iremos recorrer à decisão. Ressaltando que independente de com ou sem camisa, estaremos presentes em todos os jogos do nosso Glorioso Sport Club do Recife. Como diz nosso lema:”Com o SPORT pro que der e vier”.
DIRETORIA TJS