Tópicos | psicodelia

O novo entrevistado do Podcast TrianOn é o jornalista recifense Rogério Medeiros, pesquisador em cultura e também autor do livro ‘Valsa dos Cogumelos (A psicodelia recifense 1968/1981’, que está em fase de pré-lançamento. A entrevista, direcionada pelo anfitrião Geraldo Fraga, foi ao ar nesta terça-feira (12) e abriu espaço para discussões acerca da música psicodélica em Pernambuco e na capital. 

Rogério explica sua relação com a música e com o jornalismo, ainda durante os tempos de universitário, e detalha o processo dos trabalhos que resultaram no seu Trabalho de Conclusão de Curso, em 2004, o que posteriormente auxiliou na materialização do seu primeiro livro publicado. 'Valsa dos Cogumelos' faz alusão à música do disco Satwa, composta por Lailson e Lula Côrtes, lançada em 2005.

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Na entrevista, ele comenta uma fase muito peculiar da música pernambucana, que reúne nomes como Ave Sangria, Lula Côrtes, Flaviola, Marconi Notaro, Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Zé Ramalho, Robertinho de Recife, Aratanha Azul, Ricardo Uchôa, Zé da Flauta, Laboratório de Sons Estranhos e Nuvem 33.

A música brasileira perdeu um de seus grandes nomes, na madrugada desta segunda (23). O guitarrista pernambucano Paulo Rafael morreu, aos 66 anos, vítima de um câncer. A notícia foi dada por sua filha, através do Instagram do instrumentista. 

Paulo Rafael estava lutando contra um câncer no fígado há alguns anos. Através de uma postagem na rede social, o filho do músico anunciou sua partida. “Nosso amigo, lendário guitarrista e amor da vida da minha mãe levantou voo. Depois de uma longa batalha contra o câncer, nosso guerreiro descansou”. O corpo do músico será velado no Cemitério da Penitência, no Rio de Janeiro,  e o corpo cremado. 

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O guitarrista Paulo Rafael era conhecido como um dos grandes instrumentistas do país. Ele integrava a banda do também pernambucano Alceu Valença desde 1975. Além disso, Paulo deixou seu nome gravado na história da psicodelia brasileira com a banda Ave Sangria, formada no Recife, no início da década de 1970. 

A Ave sangria voltou a bater suas asas após 45 anos parada e para consolidar esse momento, vai gravar um disco de inéditas, o segundo da carreira da banda. Mas, para colocar o novo trabalho na rua, o trio está pedindo ajuda dos fãs através de um crowdfunding lançado na internet. O valor arrecadado irá possibilitar a gravação do álbum e dar recompensas para o público participante.

Considerada uma das maiores bandas de rock psicodélico brasileiro, a Ave Sangria fez sucesso na década de 1970 mas viu sua ascensão esbarrar na censura do regime militar. A música Seu Waldir, que fala sobre um relacionamento entre dois homens, foi vetada e o álbum em que estava foi recolhido das lojas. O baque fez Almir de Oliveira, Marco Polo e Paulo Rafael, integrantes da banda, desanimarem e conterem seus vôos.

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Porém, passadas mais de quatro décadas e redescoberta por um novo público, a Ave retomou a jornada e, agora, decidi deixar um segundo registro de seu trabalho. O álbum Vendavais será um eco do primeiro disco trazendo músicas compostas entre 1972 e 1974 que nunca foram lançadas. Uma delas, Dia a Dia, já pode ser ouvida nas plataformas de streaming e terá a companhia de outras duas, Ser e Vendavais, at´o fim do primeiro semestre.

Interessados em colaborar com o crowdfunding da Ave Sangria podem fazer sua contribuição através do site Catarse. Serão produzidos 300 cópias do disco em vinil que devem ser entregues em setembro. Além disso, os participantes receberão camisetas exclusivas e kits especiais.

A cidade de Surubim vai receber, entre os dias 9 e 10 de fevereiro, a primeira edição do Festival Agreste Psicodélico. Com o objetivo de mobilizar os fãs da psicodelia nordestina, o evento contará com shows, exposições e intervenções artísticas. Os ingressos já estãos endo vendidos pela internet.

Entre as atrações musicais já confirmadas estão Anjo Gabriel, Augustine Azul, 70mg, Rasga Mortalha, Verdes & Valterianos, Olegário Lucena e DJ Marco da Lata. A exposição Entre o tempo e o espaço, da artista visual Ythalla Maraysa, também é uma das atividades que estão na programação do festival.

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Para o público do Recife, haverá uma caravana, com transporte de ida e volta para a cidade de Surubim nos dias do evento. Para interessados de outras localidades, haverá caravanas saindo de Arcoverde, Belo Jardim, Garanhuns e João Pessoa.

Serviço

Festival Agreste Psicodélico

9 e 10 de fevereiro  | 16h

Surubim - PE

R$ 15 e R$ 20 (social)

(81) 99744-2602

 

Um espírito anos 1970 inundou nessa quinta-feira (2) o último desfile da estilista Clare Waight Keller para Chloé, que apresentou sua coleção outono-inverno em um clima de "otimismo psicodélico" no terceiro dia da Semana de Moda de Paris.

As golas são longas e arredondadas, acompanhadas de gravatas largas, com uma paleta que mistura tons pastéis de menta e lilás com cores mais vivas como vermelho e mostarda, ou quentes como tabaco. Os vestidos são curtos em renda misturados com longos leves e transparentes com babados. Nos pés, scarpins de fivela em verniz.

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Para se proteger do frio, as opções da Chloé vão de pesados casacos a mantôs com ares de lenhador. As calças são amplas, inspiradas no guarda-roupa masculino e esportivo.

O presidente da Chloé, Geoffroy de La Bourdonnaye, prestou uma homenagem ao trabalho da estilista britânica, que deixa no fim de março a marca de propriedade do grupo suíço Richemont, após seis anos como diretora artística. No posto, ela sucedeu a três outras britânicas, Stella McCartney e Phoebe Philo, além de Karl Lagerfeld.

"Ela rejuvenesceu o espírito de Gaby [Aghion, fundadora da marca] com uma atitude chique e 'cool', com grandes vestidos difusos, leves, e um lado um pouco 'tomboy', uma mistura feminino-masculina", disse ele em entrevista à AFP, falando também de sua contribuição com peças de couro, setor muito importante para a marca, conhecida por suas "it bags".

"Depois de Karl, que ficou 20 anos, Clare é a estilista que permaneceu mais tempo na Chloé", acrescentou De La Bourdonnaye, indicando que será "um pouco paciente" até a anúncio do sucessor.

Segundo a publicação especializada em moda Women's Wear Daily, a substituta poderia ser Natacha Ramsay-Levi, braço direito de Nicolas Ghesquière na Louis Vuitton.

- Manish Arora cósmico

Manish Arora celebrou seus dez anos de desfiles em Paris com uma coleção batizada de "cosmic love", que oscila entre inspirações tribais e astronômicas, com cores vivas queridas pelo estilista indiano e uma profusão de estampas.

Com turbantes nos cabelos, as modelos tinham os braços e o rosto cobertos de pérolas e usavam gargantilhas de material plástico. Carregavam pequenas bolas esféricas em forma de planetas, que também estampavam saias com ares de vidente.

Nessa profusão psicodélica, as listras hipnóticas apareceram ao lado de estampas de inspiração asteca que lembram as obras de Sonia Delaunay, pintora e designer, além de patchworks em lã.

- Paco Rabanne: metal esportivo

Na passarela da Paco Rabanne, o diretor artístico Julien Dossena revisitou o vestido metálico emblemático da marca, transformando-o em um tipo de casaco de malha leve, usado com sapatos grossos dourados, ou prateados, e luvas longas.

O metal se torna fluido na passarela Rabanne, com saias longas e tops assimétricos que deixam o abdômen à mostra em um toque esportivo. A suavidade fica por conta dos conjuntos de lã em cores sóbrias, que também brincam com a assimetria, com fendas nas costas e tiras que caem ao longo do corpo.

O fim de semana começou em luto para os apreciadores da música pernambucana e brasileira da década de 1970. Morreu, na noite desta sexta (12), aos 62 anos, Ivson Wanderlei Pessoa, o Ivinho, lendário guitarrista da banda Ave Sangria. Desde o dia 4 de junho internado no Hospital Oswaldo de Freitas, na Zona Oeste do Recife, o músico faleceu devido à falência múltipla de órgãos, decorrente de uma hemorragia digestiva.

Segundo Marco Polo Guimarães, vocalista da Ave Sangria, o amigo foi internado há cerca de um mês e meio, mas havia sido liberado para casa; em seguida, teve uma recaída e desde então não saiu do hospital. “Soube ontem de manhã que ele tinha sido levado para UTI e depois mais nada, só hoje”, disse Marco Polo, ao recordar que o guitarrista só deixou de tocar com a banda, este ano, no último show, realizado no Baile Perfumado.

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O corpo de instrumentista será enterrado no Cemitério de Casa Amarela, neste domingo (14), às 11h. Considerado um dos melhores músicos de Pernambuco, Ivinho foi um dos responsáveis pelo destaque do disco Ave Sangria, de 1975, marco do rock psicodélico brasileiro, com ressonância internacional.

O guitarrista é lembrado por ter sido o primeiro brasileiro a se apresentar no Festival de Montreux, na Suíça, em 1978. O show resultou em um disco e Ivinho chegou a integrar a banda de Alceu Valença, em algumas apresentações. O problema com o alcoolismo o afastou dos palcos e o músico chegou a se internar em sanatórios, como o Núcleo de Apoio às Práticas Integrativas (NAPI). Antes de ser internado com a hemorragia, Ivinho morava no bairro da Boa Vista, com a filha.

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