Tópicos | Prótese Dentária

O Hospital Santa Lúcia, localizado em Brasília, foi condenado a pagar R$ 9.500 a um paciente pelo extravio da sua prótese dentária. A juíza do 6º Juizado Especial Cível de Brasília entendeu que a unidade de saúde agiu com desídia no dever de guarda.

O autor do processo conta que estava internado na UTI do hospital sem acompanhante por conta da pandemia da Covid-19. Ele teria sido orientado a retirar a prótese para ser submetido a uma endoscopia. Ao acordar da sedação, soube que a dentadura havia desaparecido.

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Ele afirma que buscou solucionar o problema, mas o hospital apenas o encaminhou a uma dentista para avaliar o caso. Sem conseguir solucionar o caso, o autor pediu na Justiça que o hospital fosse condenado a ressarcir o valor pago para a confecção de uma nova prótese e a indenizá-lo pelos danos morais.

Em sua defesa, o hospital argumenta que não se responsabiliza pela guarda de objetos dos pacientes. Defende que não há dano a ser indenizado. 

Ao julgar, a magistrada pontuou que o paciente é pessoa de idade avançada e não dispunha de acompanhante para guardar a prótese dentária, cuja retirada havia sido solicitada para a realização do exame. "Desse modo tenho que o dever de guarda sobre esse bem foi transferido ao requerido, o qual agiu com desídia, permitindo o extravio da prótese. E, agindo dessa forma, cometeu ato ilícito”, destacou. 

A magistrada destacou ainda que o autor foi submetido a constrangimento "nunca antes experimentado, por ter que permanecer diante de familiares e conhecidos sem a prótese dentária, além da restrição alimentar imposta pela ausência de prótese, que possibilitasse a mastigação dos alimentos", pontuou.

Dessa forma, o hospital foi condenado a pagar ao autor as quantias de R$ 5 mil a título de danos morais e de R$ 4.500,00 pelos danos materiais. Sentença cabe recurso.

Uma ação da Polícia Civil em conjunto com o Conselho Regional de Odontologia (CRO), na quarta-feira (16), resultou em quatro pessoas autuadas por exercício ilegal de odontologia. As diligências ocorreram em três laboratórios de protése dentária nas imediações da feira de Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife (RMR).

Os locais não apresentavam inscrição junto ao conselho, documentação da vigilância sanitária e profissional registrado em atividade odontológica. Em um dos endereços, havia clientes aguardando atendimento. Foram apreendidos materiais e equipamentos odontológicos, agenda de marcação de pacientes e recibos de pacientes.

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Acusados e testemunhas foram conduzidos para a Delegacia de Polícia de Jaboatão dos Guararapes, para ser lavrado Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). As informações sobre a operação serão encaminhadas à Vigilância Sanitária.

Na manhã desta segunda-feira (22), uma ação conjunta envolvendo a Vigilância Sanitária do Recife (Visa) e o Conselho Regional de Odontologia de Pernambuco (CRO-PE) visitou laboratórios de prótese dentária no Edifício Brasília, localizado na Rua Siqueira Campos, no bairro de Santo Antônio. Ao todo, dez equipes de fiscais da Visa e do CRO-PE visitaram 12 dos 15 andares do edifício, onde funcionavam laboratórios de prótese dentária.

Durante as três horas da ação, a Visa interditou onze laboratórios por condições impróprias para funcionamento, como sujeira, mofo, ligações elétricas clandestinas e misturas proibidas de gás e oxigênio. Um coelho chegou a ser encontrado em um dos laboratórios vistoriados. Uma loja de venda de materiais odontológicos que também funcionava no local foi notificada por não ter registro no CRO-PE.

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O Corpo de Bombeiros de Pernambuco (CBMPE) também participou da ação devido ao forte cheiro de gás nos laboratórios, vindos dos botijões utilizados no processo de fabricação das próteses. Dos 18 laboratórios em funcionamento no prédio, apenas seis deixaram de ser vistoriados. De acordo com Paloma Genú, presidente da Comissão de Fiscalização do CRO-PE, os locais estavam fechados, apesar de estarem com luzes acesas. Ainda assim, o Conselho planeja voltar ao local para realizar a vistoria.

“Com esse tipo de ação, buscamos encontrar pessoas que estejam exercendo ilegalmente a profissão de dentista, para que a população não seja prejudicada ao ser  atendida por pessoas que não sejam capacitadas”, comenta Paloma. “Os técnicos em prótese não estavam atendendo diretamente pacientes, mas também não tinham inscrição no Conselho, o que é indispensável para atuar na área. Hoje mesmo conseguimos fazer com que muitos deles fossem até a nossa sede para se regularizarem”, diz ela. 

Com o Plano de Expansão de Prótese Dentária garantirá, a partir desta sexta-feira (14), a ampliação do fornecimento de próteses (totais e parciais) no Município. Saindo da média atual de 30 para 700 peças ao mês, a ação beneficiará aproximadamente 8.400 pessoas por ano. O lançamento do programa municipal de próteses acontecerá na Policínica Lessa de Andrade, na Madalena, a partir das 9h. 

O plano de expansão é uma ação intersetorial do Plano Brasil Federal, incluindo o Plano Brasil Sorridente, que visa zerar a necessidade de prótese da população carente. Por esse motivo, o serviço de saúde bucal oferecido pela secretaria foi requalificado em suas estruturas físicas. Com isso, o centro passou para a categoria tipo III, ou seja, passa a oferecer um número maior de atendimentos nas especialidades.

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O programa municipal de próteses funcionará em duas linhas de atuação. A primeira linha consistirá na fabricação das próteses. Das 700 previstas, uma centena do tipo ‘total’ será confeccionada mensalmente no Laboratório Municipal de Prótese Dentária, que funciona na própria policlínica. Essas peças serão destinadas a grupos específicos como moradores de residências terapêuticas, usuários dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e grupos de idosos. As outras 600 peças restantes terão sua produção terceirizada. A segunda linha de atuação compreende o atendimento clínico. Uma equipe de dentistas protesistas fará a moldagem para a confecção das próteses e os ajustes.

O estado de Pernambuco terá reforço na assistência odontológica. Isto porque o governo federal autorizou a liberação de R$ 804 mil para o funcionamento de oito novos Laboratórios Regionais de Prótese Dentária (LRPD), que atuarão articulados com os demais serviços de saúde bucal pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Com o credenciamento das unidades, Pernambuco passará a contar com 29 Laboratórios Regionais.

Nos oito laboratórios, serão produzidos dois tipos de prótese - totais (dentaduras) e parciais (coroas e pontes). As próteses dentárias são produtos indicados para a recuperação de falhas na arcada dentária e oferecidas, desde 2011, no SUS, por meio do programa Brasil Sorridente.
 
Além de Pernambuco, outros 177 novos laboratórios funcionarão nos estados de Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. Juntas, as novas unidades produzirão até 130 mil próteses dentárias por ano. Os recursos do Ministério são destinados diretamente para as secretarias estaduais e municipais de saúde e liberados de acordo com a estrutura e com a capacidade de produção de cada laboratório.
 
De acordo com o Gilberto Pucca, o credenciamento das novas unidades vai permitir também a contratação de mais dentistas e protéticos no serviço público.

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