Criado 5 de junho de 1972, o Dia Mundial do Meio Ambiente surgiu em uma conferência entre representantes de mais de 100 países e 200 organizações não governamentais, com o intuito de alertar sobre os danos causados pelo homem, que podem influenciar na sua própria sobrevivência. A proteção do meio ambiente é de responsabilidade de todos, mas, principalmente, dos poderes públicos, que têm órgãos específicos para isto.
Em Pernambuco, existe, desde 1989, a Companhia Independente de Policiamento de Meio Ambiente (CIPOMA), um braço da Polícia Militar, que é responsável pela apreensão de animais silvestres vendidos clandestinamente, fiscalização de barcos pesqueiros, devido aos períodos de proibição da pesca devido à reprodução dos animais, além de proteger as áreas de preservação estaduais e recolher animais selvagens, que porventura estiverem soltos em áreas urbanas.
##RECOMENDA##Segundo o coordenador da Associação de Cabos e Soldados (ACS), Renílson Bezerra, a missão do CIPOMA, que já é bem difícil, está ainda mais complicada devido à falta de equipamentos e o número reduzido do efetivo escalado para cobrir todo o Estado. “O efetivo é muito pequeno e temos a informação de que até equipamentos para prender animais está faltando. Os policiais estão tendo que improvisar”, afirma.
De acordo com o Major Gildo, responsável pelo CIPOMA, a Companhia dispõe atualmente de 140 policiais, sendo 20 somente na ilha de Fernando de Noronha, e 102 para atender às demandas de todo o estado. Outros 22, segundo o Major, estão “indisponíveis”, por férias ou outras licenças. Com este efetivo, além das missões habituais, o CIPOMA é responsável também por “atingir as metas do Governo do Estado no Pacto Pela Vida, que consiste no combate aos crimes contra a pessoa e ao patrimônio”.
A tarefa é ainda mais difícil, segundo o coordenador da ACS, quando é preciso o uso de transporte. “Como é que apenas três viaturas e quatro motos podem ser suficientes para que os policiais realizem o seu trabalho em todo o estado”, questiona Bezerra. Esta deficiência apontada pela ACS pode ser exemplificada pelo fato relatado pelo LeiaJá em abril deste ano, quando um jacaré foi encontrado por moradores do bairro da Várzea e uma delas teve que ficar com o animal durante o dia inteiro em sua casa.
Mesmo assim, segundo o Major Gildo, a Companhia tem feito o seu papel. Entre 2011 e abril de 2013, foram 15.741 animais apreendidos ou recolhidos. Através de “denúncias e levantamentos”, a fiscalização é feita diariamente e há planos de aumento para o aumento delas e há um “estudo para fortalecimento e melhoria do desempenho da Companhia, visando a intensificação das atividades de proteção ao meio ambiente”.
O LeiaJá também procurou saber se existia um levantamento de quantidade de pescados irregulares apreendidos pelo CIPOMA. Sobre isso, foi citada apenas uma operação conjunta com o IBAMA, realizada no último dia 10 de maio, que apreendeu crustáceos em Pernambuco e na Paraíba.