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Em reação às críticas à gestão, inclusive sobre a condução das políticas econômicas, o governo federal tem reforçado a agenda positiva da presidente Dilma Rousseff, com anúncio de investimentos e lançamentos de programa. O destaque da manhã desta terça-feira (28) foi a reunião do grupo de trabalho do Pronatec Aprendiz na Micro e Pequena Empresa. O programa integrou a base da campanha à reeleição da petista.

A iniciativa é a modalidade do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego voltada para os pequenos negócios. Nesse caso, caberá a União bancar os custos da qualificação profissional e a certificação para adolescentes e jovens em cursos de informática, operações de varejo, serviços administrativos e alimentação. As 15 mil vagas iniciais serão destinadas a 81 municípios que aparecem no topo do Mapa da Violência.

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Os beneficiados serão estudantes com idade entre 14 e 18 anos matriculados na rede pública de ensino, especialmente os que vivem em situação de vulnerabilidade social. De acordo com o ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Afif Domingos, a empresa que tiver, pelo menos, um funcionário com carteira assinada poderá contratar um jovem aprendiz.

A carga horária teórica mínima dos cursos de aprendizagem é de 400 horas, distribuídas no decorrer de todo o período do contrato – que pode chegar a dois anos. As empresas que aderirem ao programa terão que pagar um salário mínimo para uma carga de trabalho de quatro a seis horas diárias, contanto que não seja entre as 22h e as 5h. Será obrigatório também recolher 2% para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

“Esse Pronatec 2 lança um olhar especial para a micro e pequena empresa e o micro empreendedor individual. Essa é uma realidade que faz com que o país seja capaz de avançar em passos largos”, frisou Dilma, durante a abertura do encontro do grupo de trabalho, que também contou com outros representantes do governo, do Sistema S e de empresários.  “O Pronatec tem o sucesso baseado na cooperação. Mas agora queremos levar adiante. Hoje nós queremos para aprender com os senhores, que têm a experiência, e escutar sugestões para levar a cabo esse programa que é essencial para o nosso país”, frisou, pedindo empenho dos empresários para a implantação do programa.

Em busca de agenda positiva, o governo federal anuncia nesta terça-feira, 28, mais uma vez, o programa Pronatec Aprendiz na Micro e Pequena Empresa que permite a contratação de adolescentes por pequenos negócios. Para tornar a prática atrativa aos empresários, a União bancará os custos da qualificação obrigatória. O mesmo programa foi anunciado em setembro do ano passado, no período de campanha eleitoral.

Na primeira etapa, serão ofertadas 15 mil vagas em 81 municípios selecionados pela classificação no Mapa da Violência - Bahia, Minas Gerais, Pernambuco e Rio de Janeiro são os Estados que possuem a maior parte dessas cidades. As áreas dos cursos são informática, operações de varejo, serviços administrativos e alimentação.

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A prioridade do programa será atender jovens entre 14 e 18 anos matriculados na rede pública de ensino, com prioridade para os que estão em situação de vulnerabilidade: abrigos, resgatados do trabalho infantil, egressos do cumprimento de medidas socioeducativas, por exemplo. Não é preciso estudar em uma escola técnica.

Atualmente, as médias e grandes empresas são obrigadas a contratar entre 5% e 15% de jovens aprendizes ou podem contratar um jovem se tiverem mais de sete funcionários. Para contratar um jovem aprendiz, a micro e pequena empresa terá que ter, pelo menos, um trabalhador com carteira assinada.

Segundo a legislação, o estágio tem que ser acompanhado por uma entidade certificadora e as contratantes bancam o treinamento e a certificação. No caso das micro e pequenas empresas, a qualificação será feita por meio do Programa nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), lançado em 2011.

A carga horária teórica mínima dos cursos de aprendizagem é de 400 horas, distribuídas no decorrer de todo o período do contrato - algo em torno de um dia por semana em dois anos.

"Há no Brasil uma micro e pequena empresa em cada esquina. Essas empresas cumprirão o papel fundamental de escola do trabalho na visão prática do que é ser empreendedor", defendeu o ministro Guilherme Afif Domingos, da Secretaria da Micro e Pequena Empresa.

As empresas que aderirem ao programa terão que pagar um salário mínimo para uma carga de trabalho de 4 a 6 horas diárias. Esse rendimento varia entre as regiões e de acordo com a convenção da categoria profissional. É preciso ainda recolher 2% para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O adolescente pode trabalhar por até 2 anos no mesmo lugar. Menores de 18 anos não podem trabalhar entre 22 horas e 5 horas.

No caso de pessoa com deficiência, não há limite de idade - pode ter mais de 24 anos - desde que não tenha exercido a função de aprendiz anteriormente. Também não precisam cumprir requisito de escolaridade. De acordo com o Ministério do Trabalho, mais da metade dos aprendizes com deficiência permanecem na mesma empresa como trabalhadores contratados.

O Ministro da Educação (MEC), Cid Gomes, espera oferecer 12 milhões de vagas para jovem aprendiz até o final de 2018. "A meta do Pronatec para esse período [de segundo mandato da presidenta Dilma] é de abrir 12 milhões de vagas. Existe já um programa nacional que é o Menor Aprendiz. E esse programa está muito presente em grandes e médias empresas, até por obrigatoriedade. Mas essas empresas só representam 5% do universo empresarial, então agora nós queremos massificar", afirmou o ministro da Educação, Cid Gomes, ao deixar um encontro com o ministro da Secretaria de Micro e Pequena Empresa (SMPE), Guilherme Afif, quando assinaram cooperação entre as pastas para custear o treinamento de jovens em empresas de pequeno porte.

Afif explicou que, atualmente, cabe às grandes empresa arcarem com os custos de acompanhamento do jovem durante o período de estágio dentro da empresa. No caso das micro e pequenas empresas, que representam 95% do universo empresarial do país, o Pronatec Aprendiz vai cobrir os custos de treinamento e acompanhamento, cabendo a elas apenas o pagamento do salário. Outra mudança é a possibilidade de o jovem ingressar ao mercado com 14 anos.

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Cid Gomes ressaltou ainda que existe a necessidade de garantir maior acesso a programas de capacitação técnica voltados aos jovens do país. De acordo com ele, em países como a Alemanha e a França, a relação entre profissionais com nível de instrução técnica é de 5 pra cada 1 com nível superior.

"No Brasil, que já padece de um histótico baixo de profissionais de nível superior, embora esse quadro esteja mudando aceleradamente, a relação é de 1 profissional [com nível superior] pra meio [com nível técnico]. Essa é uma das razões que motivaram o governo a colocar em ação esse programa Pronatec", disse. "Vai ser um oportunidade para milhões de jovens e isso sem dúvida nenhuma terá impacto positivo na nossa economia", completou Cid Gomes.

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