Tópicos | Promotor Thiago Faria

O julgamento do homicídio do promotor de Justiça Thiago Faria Soares foi marcado para o dia 24 de outubro, às 9h, no auditório da sede da Justiça Federal, no bairro do Jiquiá, na Zona Oeste do Recife. O promotor foi assassinado a tiros no dia 14 de outubro de 2013 enquanto viajava com sua noiva. 

Quatro pessoas serão julgadas: José Maria Pedro Rosendo Barbosa, José Maria Domingos Cavalcante, Adeildo Ferreira dos Santos e José Marisvaldo da Silva. Um quinto indiciado pela polícia está foragido. O Júri será presidido pela juíza federal Amanda Torres de Lucena Diniz Araújo. 

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O caso – Thiago Faria foi assassinado no dia 14 de outubro de 2013, na PE-300, na altura do quilômetro 19, sentido município de Itaíba, município do Agreste de Pernambuco. As investigações foram iniciadas pela Polícia Civil. Em agosto de 2014, o procurador-geral da Reública, Rodrigo Janot, pediu a federalização do caso. Em 15 de janeiro de 2015, o Juízo da 35ª Vara Federal, em Pernambuco, recebeu a denúncia oferecida pelo Ministério Público Ferederal (MPF).

A Polícia Federal (PF) concluiu que a disputa por terra foi o principal motivo da execução.O réu José Maria Pedro Rosendo Barbosa, preso no dia 28 de outubro de 2014, foi apontado como mandante do crime. Na época, a PF informou que Rosendo Barbosa era temido na região e que os executores fizeram o serviço de graça. 

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Na manhã desta sexta (10), a Polícia Federal em Pernambuco informou ter entrado, oficialmente, na investigação do caso do assassinato do promotor Thiago Faria, ocorrido em 14 de outubro de 2013 no município de Itaíba, no Agreste. A decisão de federalização do caso foi tomada pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ) em agosto, mas, de acordo com Giovani Santoro, assessor da PF-PE, a investigação só foi iniciada nesta semana por questões burocráticas. 

A federalização do crime foi solicitada desde março por membros do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Entretanto, além de o pedido ter sido negado pelo STJ, os três promotores que solicitaram a demanda foram afastados do cargo. 

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Ainda sem desfecho, o caso segue sendo acompanhado por uma equipe de policiais federais de outro estado, mas o inquérito está sob sigilo para não prejudicar o andamento das investigações. 

Entenda o caso  

14 de outubro de 2013 - Assassinado por quatro tiros de espingarda calibre 12 enquanto trafegava na PE-300, entre os municípios de Águas Belas e Itaíba, o promotor Thiago Faria de Godoy Magalhães, de 36 anos, estava acompanhado de sua noiva, a advogada Mysheva Freire, e de um tio da moça no momento do crime. O carro do promotor teria sido seguido por um outro veículo e, depois do primeiro disparo, teria sido bloqueado. Mysheva e o tio saíram com alguns arranhões e foram medicados em um hospital de Itaíba.  

15 de outubro de 2013 – Apontado como o autor do crime, o agricultor Edinacy Cruz Ubirajara apresentou-se na Delegacia de Águas Belas, no Agreste, permanecendo em detenção durante três dias e liberado por falta de provas. 

16 de outubro de 2013 – A Polícia chega até o nome de José Maria Pedro Rosendo Barbosa, apontado como o mandante do crime. De acordo com as investigações, a disputa por terras no distrito de Fazenda Nova, em Águas Belas, era motivo de conflito entre as famílias de Thiago e Mysheva e teria motivado o crime. 

28 de janeiro de 2014 – Foragido, José Maria envia um vídeo para a imprensa acusando a noiva do promotor como mandante do assassinato. No dia seguinte, o advogado de Mysheva apontou o agricultor como o responsável pelos disparos. 

6 de março de 2014 – Membros do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) solicitam a federalização das investigações do caso, por acharem que a Polícia Civil não estava fazendo um bom trabalho. 

6 de junho de 2014 – O STJ negou a federalização do caso e afastou os promotores que solicitaram a demanda. 

13 de agosto de 2014 – Após dez meses do crime, o STJ decide entregar as investigações à Polícia Federal.  

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