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Mais de um quarto - 27% - dos produtos de laboratórios paulistas avaliados pelo Ipem/SP (Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo) na operação 'Alô Doutor' foram reprovados por possuírem irregularidades. A vistoria, feita na última sexta-feira, 14, nas cidades de Bauru, Campinas, Ribeirão Preto, São Carlos e na capital, encontrou problemas em ataduras, compressas de gaze e luvas de vinil.

O porcentual de produtos reprovados é 10% maior do que em 2021, quando a mesma avaliação reprovou 17% dos materiais analisados. As duas operações avaliaram os mesmos laboratórios - com exceção de Campinas, que consta apenas na deste ano. De acordo com o superintendente do Ipem/SP, Ricardo Camargo, uma das explicações para esse número está na profundidade das verificações realizadas: ‘recebemos muitas denúncias por meio da Ouvidoria sobre produtos de uso hospitalar, também utilizados em clínicas e residências. Devido a isso, as equipes de fiscalização foram mais a fundo na verificação desses itens e constatamos, em laboratórios do instituto, as irregularidades’.

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O instituto avaliou lençóis hospitalares descartáveis, água oxigenada, algodão, máscara cirúrgica, atadura, esparadrapo, gel antisséptico, compressa de gaze, álcool em gel, luva de vinil, toalhas de papel. Na capital paulista, todos os materiais foram aprovados. Em laboratórios de Bauru, Campinas, Ribeirão Preto e São Carlos, as compressas de gaze continham irregularidades. Na última cidade, o Ipem também reprovou a compressa de campo operatório - material utilizado para absorver sangue e fluidos corporais durante cirurgias.

A quantidade de laboratórios avaliados em cada uma das cidades foi: oito em São Paulo capital, cinco em Ribeirão Preto e quatro em São Carlos, Bauru e Campinas.

Depois dessa vistoria, os laboratórios terão dez dias para regularizar seus produtos, sob pena de serem multados. As penalidades impostas pelo Ipem podem custar até R$ 1,5 milhão às empresas vistoriadas que não cumprirem as deliberações do Instituto de Pesos e Medidas do Estado.

Durante operação realizada na manhã desta sexta-feira (23) o Departamento de Polícia de Proteção a Cidadania (DPPC) apreendeu R$ 1,2 milhão em produtos hospitalares sem registro, em uma feira que acontecia no bairro da Vila Guilherme, em São Paulo. A ação, denominada Operação Hipócrates, foi deflagrada pela Polícia Civil junto com a Agência Nacional de Vigilancia Sanitária (Anvisa).

O delegado da 2ª Delegacia de Polícia de Saúde Pública e Investigações de Crimes que envolvem Medicamentos (Diisp), Luiz Cláudio Ferretti, declarou que a apreensão pode ser apenas o começo de uma longa jornada. "A partir da apreensão desses materiais temos um campo vasto para investigação”, informou Ferretti.

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A Polícia Civil registrou boletim de ocorrência e um inquérito policial foi instaurado para dar sequência às investigações. Todo o material apreendido foi encaminhado ao Instituto de Criminalística para perícia.

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