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Na última terça-feira (3), cerca de cinco toneladas de camisetas e tênis falsificados foram apreendidos na capital paulista. Os produtos, que estavam em um depósito clandestino, foram recolhidos pela Polícia Civil durante uma ação de combate à pirataria.

Durante as investigações, os agentes identificaram um imóvel que era utilizado para a prática do crime. Nas buscas, os policiais encontraram 15 pares de tênis de marcas diversas, mais de 2 mil caixas com calçados e roupas, além de dois notebooks e oito computadores desktop.

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Os representantes legais das marcas foram informados da apreensão e compareceram ao local. Os materiais não apresentavam nenhum documento fiscal.

Até parece brincadeira, mas a poucos metros da loja oficial de produtos esportivos do Sport, na Ilha do Retiro, no Recife, dezenas de comerciantes insistem em vender produtos falsificados que fazem referência ao clube. Quando não há jogos, ainda assim, os vendedores expõem suas peças. E quando é dia de jogo do Leão, o número de comerciantes é ainda maior. Na tarde deste domingo (21), antes do início do Clássico das Multidões entre Sport e Santa Cruz, pelo Campeonato Pernambuco, o LeiaJá flagrou a venda ilegal de camisas, faixas e bonés não oficiais. 

A comercialização de produtos falsificados não é um problema só para o Sport. Os outros dois grandes clubes de Pernambuco, Santa e Náutico, também sofrem com a perda de receita quando torcedores preferem adquirir um produto pirata. Além dos artigos rubro-negros, peças tricolores também são comercializadas sem nenhum pudor próximo à Ilha do Retiro.

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Quase em frente à loja do Sport, um comerciante vendia camisas falsificadas ao preço de R$ 25 cada. Mas o custo podia baixar, a depender da proposta do cliente. Outro vendedor, identificado como Tiago Pereira, afirmou que chega a vender cerca de 60 bandeiras por partida, no valor de R$ 10 cada item.

De acordo com o delegado da Polícia Civil de Pernambuco, Germano Cunha, da Delegacia de Polícia de Crimes contra a Propriedade Imaterial (DEPPRIM), a venda de produtos falsificados dos clubes ou de qualquer outra instituição ou empresa “já caracteriza crime”. “Esses produtos não são licenciados pelos clubes para a sua fabricação. Quem vende uma camisa não licenciada, por exemplo, está comercializando um produto falsificado. Pode ocorrer prisão em flagrante!”, afirmou Cunha.

Ainda segundo o delegado, quem vende produtos falsificados está cometendo vários crimes. “Esse ato representa crime contra a propriedade industrial, relação de consumo, fraude no comércio e receptação qualificada, que ocorre quando a pessoa sabe a orgigem criminosa do produto”, detalhou. Apesar da venda das peças ser feita de forma aberta e diante de muitos torcedores, o delegado disse que o foco da Polícia Civil são os fabricantes, fornecedores e distribuidores, e não os pequenos comerciantes.

Ao LeiaJá, Germano Cunha revelou que cerca de 350 mil produtos falsificados, tanto esportivos como de outros segmentos, foram apreendidos pela Polícia Civil em 2015. Em dezembro do ano passado, quase 80 mil peças foram recolhidas das quadrilhas pelos policiais, em que desse total, 90% eram objetos relacionados a clubes de futebol e outras modalidades esportivas. De acordo com o delegado, as apreensões de dezembro foram realizadas nas cidades de Caruaru, Toritama e Santa Cruz do Capibaribe – Agreste do Estado - , municípios considerados polos na fabricação da roupas dos mais variados estilos.

“É importante dizer que o clube e os patrocinadores precisam mostrar suas marcas, porque eles investem muito dinheiro no futebol. Se você compra um produto pirata, você não está ajudando de forma alguma seu clube de coração. Por trás de um pequeno comerciante, existem quadrilhas especializadas nas falsificações e, além disso, elas cometem outros crimes, como tráfico de drogras e armas”, finalizou o delegado. O telefone da Polícia Civil para denúncias é o (81) 3184-3789.

Questionada sobre os problemas causados ao clube no que diz respeito à venda de produtos não oficiais, a diretora de marketing do Sport, Melina Amorim, não deu detalhes sobre quanto o Leão perdeu no ano passado em decorrência das comercializações ilegais. Por outro lado, a diretora garantiu que o clube está atuando para combater esses comerciantes. “O Sport Club do Recife ressalta que vem intensificando ações na área de produtos licenciados, inclusive realizando auditorias externas para mapear produtos irregulares e identificar as empresas envolvidas no intuito de revertê-las em licenciados. Especificamente no entorno da Ilha do Retiro, o Sport trabalha com fiscais fazendo ronda, mas conta com o apoio da Polícia para a apreensão”, afirmou a diretora de marketing.

A diretoria de marketing do Santa Cruz também foi procurada pelo LeiaJá. Porém, até o fechamento desta matéria, não conseguimos contato.

Força do produto oficial

Apesar da atuação dos vendedores de produtos falsificados, a grande maioria dos torcedores rubro-negros prefere adquirir as peças originais. Em 2014, o Sport e a Adidas – fabricante que patrocina o Leão – divulgaram que o time pernambucano foi o que mais vendeu camisas da marca alemã. Relembre:

LeiaJá também:

--> Sport teve uniforme Adidas mais vendido do Brasil em maio

 

 

 

 

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Policiais da Delegacia de Repressão à Propriedade Imaterial (Deprim) apreenderam mais de quatro mil produtos falsificados nesta segunda-feira (25). As roupas, relógios, bolsas e óculos foram encontrados em três lojas que funcionavam no Shopping São José, localizado na Rua do Rangel, no bairro de São José, no Centro do Recife. A especializada tomou conhecimento sobre os estabelecimentos através de denúncias anônimas.

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De acordo com o delegado Germano Bezerra, titular do Deprim, a operação também prendeu três pessoas, sendo duas mulheres chinesas e um homem brasileiro. Uma delas, grávida de sete meses, chegou a dizer que havia desembarcado no Brasil na noite passada. Quanto aos estabelecimentos, elas alegam que são apenas parentes dos proprietários. “A justificativa é sempre a mesma. Mas nós sabemos que essas pessoas são as responsáveis pelas lojas”, afirmou. 

A procedência dos produtos não foi identificada, já que os autuados insistem em dizer que não sabem de onde vem. “Nós temos conhecimento que são eles mesmos os importadores das mercadorias”. O delegado lembra a população sobre a importância de denunciar crimes de pirataria. As informações podem ser repassadas pelo número 3184-3780. 

Herverson Anunciação Nunes Machado, de 30 anos, Lirong Liu, 31, Feng Lan Lin, 44, foram autuados e seguiram para o Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, e para a Colônia Penal Feminina Bom Pastor. Eles irão responder por crime contra a propriedade industrial, crime contra relação de consumo, fraude no comércio, receptação qualificada e crimes contra a saúde pública – para os que comercializavam óculos.  

 

 

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