Um levantamento realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP), divulgado nesta terça (7), revela que os brasileiros gastaram mais de R$ 6,5 bilhões em consertos e reparos de produtos domésticos, no ano passado. Os dados foram coletados com base em informações da Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE.
Segundo a pesquisa, cidadãos de todas as camadas sociais recorreram a serviços do tipo. A classe E desembolsou, por exemplo, quase R$ 36 por conserto, enquanto integrantes da classe A gastou um total de R$ 393. Para a Fecomércio, o fenômeno é reflexo da crise e seu consequente impacto no poder de compra dos consumidores, que cada vez mais têm como primeira opção a tentativa de consertar os objetos, em detrimento de comprar novos.
##RECOMENDA##Entre os mais “reparados”, estão no topo da lista os consertos de móveis (R$ 1,4 bilhão), televisores (R$ 1 bilhão) e geladeiras (R$ 860 milhões). Segundo a Federação, tais serviços – em países de economia desenvolvida – são bem caros e podem ser equivalente ao preço do produto novo nas prateleiras das lojas. No caso do Brasil, que tem renda per capita inferior aos países desenvolvidos, a opção se tornou hábito com o tempo porque o custo-benefício, muitas vezes, é o melhor negócio.