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O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, foi eleito nessa quarta-feira por unanimidade pela Conmebol para integrar o Conselho da Fifa, principal órgão de tomada de decisões da entidade. O cartola brasileiro assumiu o cargo nesta quinta-feira, durante o 73.º Congresso da Fifa, que reelegeu Gianni Infantino para mais quatro anos à frente da entidade.

O Conselho da Fifa é formado por 37 integrantes e inclui, além do próprio Infantino, dirigentes de todas as confederações continentais. O mandato de cada integrante é de quatro anos, com direito a concorrer a até duas reeleições. O colegiado é responsável por definir rumos importantes do futebol mundial - foi esse grupo, por exemplo, que definiu as regras da próxima Copa do Mundo.

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Em discurso em Kigali, capital de Ruanda, onde nesta quinta-feira acontece o Congresso da Fifa, Ednaldo Rodrigues agradeceu a indicação para o cargo. "Vou trabalhar dentro da filosofia do futebol mundial, em prol de todas as bandeiras que possam fazer o futebol um mundo melhor", declarou.

Historicamente, o Brasil sempre teve representantes no Conselho da Fifa - até 2016, o órgão se chamava Comitê Executivo. O cargo em geral era ocupado pelo presidente da CBF, mas nos últimos anos tinha um dos vices como representante, Fernando Sarney.

Sarney passou a ser o indicado a partir do Fifagate, o escândalo que levou à prisão o ex-presidente da CBF José Maria Marin e que teve outro mandatário da entidade, Marco Polo del Nero, entre os acusados. Sem poder sair do País por risco de ser preso, Del Nero indicou Sarney para assumir cargos de representação na Fifa.

Além deles, Ricardo Teixeira também foi integrante do colegiado. Ele renunciou ao cargo em 2012, após uma série de denúncias de corrupção em que se viu envolvido - e que sempre negou.

Depois de ser denunciado por assédio sexual contra uma funcionária, Rogério Caboclo teria sido afastado, de forma momentânea, da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), publicou o site do Globo Esporte. A informação foi divulgada na tarde deste domingo (6).

Segundo o GE, o afastamento se deu a partir de uma decisão do Conselho de Ética da CBF. Nos bastidores, circularam informações de que patrocinadores e outros dirigentes pressionavam a Confederação pedindo a saída do presidente, após a denúncia de assédio, além dos rumores de que o presidente Jair Bolsonaro tem pressionado a organizadora do futebol nacional para que a seleção brasileira participe da Copa América.

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Entrevista do capitão do Brasil à Globo, Casemiro, depois da vitória diante do Equador, indica que os jogadores e o técnico Tite não concordam com a realização da Copa América no Brasil, em virtude dos números da Covid-19 no País. Também nos bastidores, informações dão conta de que os atletas poderão anunciar desistência da competição, fato que incomoda Rogério Caboclo e o próprio Jair Bolsonaro.

Também neste domingo, reportagem do jornal espanhol “As” diz que Caboclo, sob influência de Bolsonaro, tem articulado a saída do técnico Tite. Segundo a publicação, Renato Gaúcho poderia ser escolhido para comandar o Brasil na Copa América. Sobre essa matéria, até o momento, a CBF e Caboclo não se posicionaram.

O Comitê de Ética da Fifa abriu um processo formal contra Marco Polo Del Nero, presidente da CBF, confirmando a possibilidade de que o cartola seja suspenso nos próximos meses do futebol. O Estado de S. Paulo havia revelado com exclusividade que o brasileiro passou a ser alvo da Fifa e que até o final do ano seria julgado pelo Comitê de Ética da entidade. Até lá, a CBF não irá receber o valor de US$ 100 milhões prometidos por Zurique como "legado da Copa de 2014".

Agora, o Comitê de Ética confirma que um caso formal foi iniciado e que ele poderia até mesmo ser suspenso de forma temporária. Uma fonte do mais alto escalão da Fifa confirmou à reportagem que as investigações sobre o brasileiro caminham e que o processo aponta para uma punição severa.

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Del Nero foi indiciado pela Justiça dos EUA por corrupção e lavagem de dinheiro. Há mais de um ano ele não sai do Brasil, sob o risco de ser preso. Mas, ainda assim, se manteve como presidente da CBF.

Ao contrário do que seus aliados no Brasil vêm declarando, o apoio a Del Nero dentro da Fifa é praticamente inexistente. Ele tem sido representado nas reuniões pelo vice-presidente, Fernando Sarney, que foi bem recebido pelos demais dirigentes. Mas, na avaliação da cúpula da Fifa, o Brasil "não pode viver essa situação constrangedora".

Ele também foi alvo de uma investigação na Fifa, aberta já no ano passado. Por conta de um acúmulo de casos e de dificuldades de obter acesso aos documentos de seu indiciamento nos EUA, o processo na Fifa tem andado de forma lenta. Mas a fonte garante que isso mudará no segundo semestre.

Pessoas com acesso ao dossiê de Del Nero também apontam que as evidências recebidas são "volumosas" e que sua suspensão seria importante.

Fontes de confiança do presidente da Fifa, Gianni Infantino, também revelam ao Estado de S. Paulo que o presidente da Fifa ficou "extremamente incomodado" com sua passagem pelo Rio na semana passada. O suíço tinha como objetivo participar da abertura dos Jogos Olímpicos e queria aproveitar sua passagem para se reunir com os clubes.

A CBF acabou forçando uma situação para que o dirigente fosse obrigado a se reunir na sede da entidade e com a presença de Del Nero. Durante o encontro, porém, o representante brasileiro acabou ficando em silêncio e, segundo estrangeiros que participaram da reunião, era "nítido" seu constrangimento.

Del Nero ainda tentou levar Infantino ao jogo inaugural do Brasil, em Brasília, para mostrar o suposto apoio. O presidente da Fifa alegou problemas de agenda para escapar do ato. Sua avaliação é de que dirigentes como Del Nero precisam entender "que seu tempo acabou no futebol".

O presidente da CBF, José Maria Marin, vê a disputa da Copa América, no ano que vem, no Chile, como uma chance de redenção para a seleção brasileira. Segundo ele, a conquista do título continental ajudará a superar o trauma causado pelo vexame na Copa do Mundo, quando o Brasil perdeu na semifinal contra a Alemanha por 7 a 1 - depois, ainda levou 3 a 0 da Holanda no duelo pelo terceiro lugar.

"Na Copa, iríamos ou todos para o céu ou todos para o inferno. Perdemos e fomos ao inferno, mas acredito que agora já estamos no purgatório. Com a conquista da Copa América, entramos novamente no caminho para entrar no céu", avaliou Marin, em entrevista exclusiva ao site oficial da competição que acontecerá entre os dias 11 de junho e 4 de julho do ano que vem, no Chile.

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Na avaliação de Marin, a seleção conseguiu dar sinais de recuperação depois do vexame na Copa, quando, já com o técnico Dunga no lugar de Luiz Felipe Scolari, venceu os seis jogos que disputou. No segundo semestre, o Brasil derrotou Colômbia, Equador, Argentina, Japão, Turquia e Áustria, marcando 14 gols e sofrendo apenas 1 - agora, só volta a jogar em março, contra a França.

Mas o presidente da CBF alertou também para as dificuldades que a seleção encontrará no Chile. "A Copa América vai ser muito difícil. Vou ser franco: todos, todos, todos os participantes estão com grandes equipes. Houve uma grande melhoria no futebol em todos os sentidos", lembrou Marin, mostrando, porém, confiança no time de Dunga. "O Brasil, pelo seu passado, presente, e pensando no futuro, vem com toda a disposição para vencer e disputar bem. Precisamos dar uma alegria ao povo brasileiro."

O Brasil será um dos três cabeças de chave da Copa América de 2015, ao lado da Argentina e do anfitrião Chile. O sorteio dos grupos acontecerá na noite desta segunda-feira, em Viña del Mar. Além das 10 seleções sul-americanas, México e Jamaica, ambos integrantes da Concacaf, vão disputar a competição como convidados.

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