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O primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki, criticou neste domingo (29) o presidente russo, Vladimir Putin, por ter acusado a Polônia de conluio com Hitler, e disse que Moscou "mente de forma deliberada" para dissimular recentes fracassos em nível diplomático.

O chanceler polonês já tinha convocado na sexta-feira (27) o embaixador russo para protestar contra o que chamou de "insinuações históricas". Putin acusou duas vezes nos últimos dias a Polônia de conluio com Hitler e o antissemitismo às vésperas da Segunda Guerra Mundial.

"Putin mentiu sobre a Polônia em várias ocasiões e sempre o faz de forma deliberada", disse Morawiecki em um comunicado. "Isto costuma acontecer quando as autoridades russas sentem a pressão internacional sobre suas atividades. Nas últimas semanas, a Rússia sofreu vários tropeços", acrescentou.

Morawiecki deu como exemplo a decisão da União Europeia de manter as sanções econômicas adotadas contra a Rússia após a anexação da Crimeia em 2014, a sanção pelo doping de atletas russos ou "seu fracasso em assumir o controle total de Belarus".

Em discurso no ministério russo da Defesa, Putin assegurou na terça-feira ter sido informado de documentos históricos que mostravam que os poloneses "concluíram praticamente uma aliança com Hitler".

Na véspera da invasão alemã à Polônia, em 1º de setembro de 1939, a URSS de Stalin e a Alemanha nazista entraram em acordo para dividir a Europa do Leste em um protocolo secreto do pacto Ribbentrop-Molotov assinado em 23 de agosto daquele ano.

A URSS atacou a Polônia em 17 de setembro de 1939, enquanto o Exército polonês travava um combate sem esperança contra as forças nazistas. Os soviéticos ocuparam boa parte do território polonês e a Alemanha atacou a URSS em 22 de julho de 1941.

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