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Geralmente repleto de turistas e transeuntes, Marco Zero segue com poquíssima movimentação. (Marília Parente/LeiaJá Imagens)

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Obedecendo às medidas de isolamento social adotadas pelo governo de Pernambuco com o objetivo de combater a pandemia da covid-19, o recifense vê algumas das paisagens da cidade se recomporem. Sem a habitual circulação de pessoas, cartões postais da cidade, como o Marco Zero, a Praia de Boa Viagem, a Rua Imperatriz e a Avenida Conde da Boa Vista apresentam passeios quase completamente livres da presença de resíduos.

“A praia está limpa. Não tem barraqueiros trabalhando, assim, não se gera muito lixo. Na semana, as poucas que pessoas que frequentam a orla, apenas fazem exercícios e correm. Na área do Pina, a circulação é ainda menor, principalmente na área mais perigosa, em que existem mais árvores e uma vegetação alta”, descreve a arquiteta Raíssa Vila Nova, que reside na área.

Praia de Boa Viagem: está liberada a circulação para exercícios físicos, realizados com poucas pessoas. (Islandia Carvalho/cortesia)

Da janela de casa, a hoteleira Andreza Salles observa a redução da quantidade de resíduos despejados na Conde da Boa Vista. “Minha ida à avenida está bem restrita, mas, como moradora de esquina, noto uma via mais limpa e mais organizada, o que é muito lamentável. Eu atribuo essa limpeza à diminuição da movimentação de pessoas”, coloca. Coração do centro da cidade, a via teve quase todos os estabelecimentos fechados, depois que o governador Paulo Câmara assinou, no dia 20 de março, o decreto nº 48834, proibindo o funcionamento de comércios, serviços e construção civil. “Os ambulantes não estão nas ruas, infelizmente eles contribuem muito (para a sujeira). Sabemos que é um trabalho honesto, mas vejo que eles não têm uma preocupação com a limpeza das ruas. Isso acaba criando um acúmulo de grande quantidade de lixo, como garrafas plásticas, papéis e sacos de pipoca”, opina.

Ocupado por empresas, lanchonetes, restaurantes e cafés, o bairro do Recife, que costumava ser um dos destinos prediletos do recifense, agora só recebe as rondas de viaturas da Guarda Municipal e da Polícia Militar. O gerente geral de Fiscalização e Limpeza da Autarquia de Fiscalização e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb), Avelino Pontes, confirma que já houve uma redução do lixo coletado nas ruas da cidade, durante o período de quarentena. “A Conde da Boa Vista é varrida cinco vezes por dia, o Recife Antigo a gente varre de manhã, de tarde e de noite. Fiscalizei nosso trabalho no domingo e o lixo, por exemplo, na Praça do Arsenal é irrisório para o que se produz no fim de semana normal”, comenta.

Geralmente poluída, margem do rio Capibaribe apresenta poucos resíduos. (Marília Parente/LeiaJá Imagens).

De acordo com Pontes, os varredores continuam trabalhando normalmente. “Até porque tem áreas muito arborizadas, com folhas secas no chão. Eu acho até que era importante um momento desses, para mostrar o quanto a gente limpa a cidade e não consegue ver ela limpa porque a população não contribui”, acrescenta.

O coordenador geral do Instituto Casa Amarela Saudável e Sustentável, Vandson Holanda, defende, contudo, que a administração municipal precisa ser mais rígida quanto ao lixo descartado pelos comerciantes que seguem em atividade. “A percepção de Casa Amarela, como um todo, é a de que o bairro está mais limpo durante a quarentena. O que é absurda é a situação do Centro Comercial: quem suja são os comerciantes. Eles são permissionários, não gastam quase nada para trabalhar na área e deveriam pelo menos se responsabilizar pela calçada que ocupam, ao invés de esperar que a prefeitura faça a higienização três vezes ao dia”, lamenta.

Holanda pontua que a feira livre continua funcionando, o que também contribui para que a circulação de pessoas e a sujeira de vias como trechos da rua Padre Lemos. “O Mercado de Casa Amarela (símbolo do bairro) ainda tem seu entorno poluído, mas está mais limpo, só funciona até as 13h. Ter gente na rua deveria significar mais cuidado com a cidade. O fato é que, nesta quarentena, a gente precisa refletir sobre como podemos mudar nossa relação com o lugar em que vivemos. Voltar e cuidar da nossa ‘casa comum’”, conclui.

Os Correios anunciaram nesta quinta-feira (31) o reajuste das tarifas dos serviços postais nacionais e internacionais. A correção média autorizada para este ano é de 0,3893%.

O telegrama nacional redigito pela internet, cuja tarifa era de R$ 8,15, passará a ser de R$ 8,19 por página. Já o telegrama fonado (debitado na conta telefônica) passou de R$ 9,84 para R$ 9,87. O que é feito na agência, de R$ 11,81 para R$ 11,85.

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O primeiro porte de correspondência comercial não terá reajuste, permanecendo em R$ 1,95, assim como o da correspondência não comercial e cartão postal, que permanecem em R$ 1,30. 

As tabelas com todos os reajustes podem ser consultadas na portaria do Diário Oficial da União.

 

Nova ferramenta

Nesta semana, os Correios também anunciaram o lançamento de uma ferramenta para o transporte de produtos importados dos Estados Unidos para o Brasil. Isto depois de cinco meses da estatal ter começado a cobrar R$ 15 por cada encomenda internacional que chega ao país por meio da empresa.

Esse despacho postal só era cobrado no caso de produtos tributados pela Receita Federal, mas, segundo os Correios, o crescimento das importações obrigou a empresa a cobrar por todas as encomendas para manter o padrão de qualidade do serviço.

Em função da crise financeira que a estatal tem enfrentado, os Correios realizaram uma série de medidas de redução de custos e de reestruturação da folha de pagamentos, além de ter aberto Plano de Demissão Voluntária (PDV) e ter feito cortes de funções e de cargos comissionados. Agora, a empresa informou que também estuda lançar mais unidades compactas dentro de estabelecimentos comerciais, mas negou que esse modelo possa causar o fechamento de agências próprias maiores.

Após a primeira edição, o Museu da Cidade do Recife lança a segunda coleção de tiragem de postais com imagens dos carnavais da década de 1940 e do Rio Capibaribe. Os postais estão à venda na lojinha do museu ao preço de R$ 2 a unidade. O Museu da Cidade, localizado no Forte das Cinco Pontas, no bairro de São José, é um equipamento cultural da Prefeitura do Recife.

As imagens foram produzidas pelos fotógrafos Alexandre Berzin e Roberto Cavalcanti e retratam o Recife contribuindo para divulgação da história e cultura local. Foliões nas ruas Centro do Recife, o Maracatu de Dona Santa, a festa do extinto Baile dos Amarrados, e brincantes do Bumba Meu Boi e do Urso são algumas das cenas que foram registradas do carnaval recifense.

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Do Rio Capibaribe, os postais apresentam registros de suas margens ainda com vegetação no bairro de Dois Irmãos, das embarcações de pescadores e das pontes do centro da cidade. Quem comprar no mínimo cinco postais é presenteado com uma embalagem especial para armazenar os cartões. Ao adquirir a coleção, as pessoas também estão contribuindo com o trabalho de conservação do acervo do Museu - considerado o maior conjunto de fotografias da cidade no século XX. São mais de 200 mil imagens de praças, ruas, festas, construções e tipos populares.

Segunda edição da Coleção Postais do Recife

Ponto de venda: lojinha do Museu da Cidade do Recife, Forte das Cinco Pontas, bairro de São José.

Horário de funcionamento: Terça a domingo, das 09h às 17h

 

(81) 3355.9540

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