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Em comemoração aos 10 anos do LeiaJá, o portal de notícias promoverá uma série de lives, do dia 16 a 20 de agosto. Debatendo a prática jornalística, os encontros serão transmitidos, ao vivo, por meio do canal do LeiaJá no YouTube, e contarão com jornalistas do veículo e convidados.

O editor-chefe do LeiaJá, Eduardo Cavalcanti, salienta que a iniciativa, batizada de "Meeting de Jornalismo LeiaJá 10 anos", é uma maneira de apresentar essa primeira década do portal ao público e as ações que estão por vir. Ele acrescenta: “O YouTube é o segundo maior canal de buscas, por isso, realizar essas lives na plataforma é condizente com o momento. As lives estão caindo no gosto popular, além disso, por sua dinâmica, permitem o diálogo”.

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Ainda de acordo com Cavalcanti, as temáticas escolhidas para as lives representam como o jornalismo está se comportando neste momento com a presença, de forma mais contundente, das questões sociais e de direitos humanos. Entre as temáticas, que serão debatidas durante o evento, estão direitos humanos, fake news, jornalismo de dados, entre outros temas ligados à profissão. Confira a programação completa:

Dia 16, às 19h - Jornalismo e Direitos Humanos

Mariama Correia, editora da Agência Pública. Foi repórter do Marco Zero Conteúdo, Folha de Pernambuco e já assinou matérias no The Intercept Brasil e em revistas da Editora Abril. Participa do Atlas da Notícia, um mapeamento do jornalismo no Brasil, como pesquisadora do Nordeste.

Joana Suarez, repórter investigativa freelancer, focada em direitos humanos. Professional Fellow do ICFJ 2021. Tem projetos independentes de podcasts, newsletters e, em 2020, fundou a Redação Virtual, que reúne mais de 200 jornalistas de todas as partes do País.

Marília Parente, repórter especial do LeiaJá. Ganhadora dos prêmios Conif, MPT de Jornalismo e do 1º Prêmio de Jornalismo Cultural, do Sinjope.

Mediação: Nathan Santos, editor do LeiaJá e pós-graduado em Comunicação e Marketing Digital. É vencedor de dez prêmios de jornalismo, entre eles o Grande Prêmio MPT, Abrafarma, Sebrae Regional, NHR e Conif.

Dia 17, às 19h30 - Jornalismo de dados e monitoramento ambiental

Taís Seibt Repórter é gerente de projetos da agência 'Fiquem Sabendo'. Lidera a iniciativa Afonte Jornalismo de Dados. Passou pelo jornal Zero Hora e já assinou trabalhos em O Estado de S. Paulo, O Globo, BBC Brasil, The Intercept e Agência Pública. Recebeu Menção Honrosa no Prêmio Capes de Tese 2020, com trabalho sobre fact checking. Doutora em Comunicação, também é professora de jornalismo digital e de dados da Unisinos (RS), Cásper Líbero (SP) e IDP (Brasília).

Jéssica Botelho é pesquisadora da agência Fiquem Sabendo e do Atlas da Notícia. Também é doutoranda na Universidade Federal do Rio de Janeiro - com projeto de tese sobre desinformação e desmatamento no Pará -. Mestre em Ciências da Comunicação e graduada em jornalismo pela Universidade Federal do Amazonas.

Mediação: Antonio Carlos Pimentel Jr., jornalista, mestre em Letras, professor da UNAMA – Universidade da Amazônia e editor do LeiaJá Pará.

Dia 18, às 19h - Cobertura jornalística na Amazônia: fake news e fact checking

Guilherme Guerreiro Neto é mestre em Jornalismo pela UFSC, doutorando em Ciências: Desenvolvimento Socioambiental pela UFPA. Repórter do site InfoAmazonia nos projetos Amazônia Sufocada e Engolindo Fumaça. Colaborou com o projeto de checagem Truco, parceria da Agência Pública e do Portal Outros400.

Catarina Barbosa é repórter investigativa freelancer do projeto #Colabora, do site Repórter Brasil e correspondente do Brasil de Fato no Pará. Tem passagens pelo G1 Pará e pela agência Amazônia Real. Vencedora dos prêmios INEP de Jornalismo, em 2017, e do Vladimir Herzog, em 2019, pela série #SemDireitos.

Mediação: Thiago Barros, jornalista, doutor em Comunicação, professor da UNAMA – Universidade da Amazônia.

Dia 19, às 19h - Jornalismo Engajador

Nataly Simões é editora da agência Alma Preta, especializada na temática racial. Iniciou a carreira no LeiaJá e já assinou reportagens também para veículos como Folha de S. Paulo, UOL e Yahoo Notícias.

Thiago Augustto é produtor e repórter da TV Globo, editor colaborador do site Notícia Preta e idealizador do projeto Futuro Black. Vencedor do prêmio Urbana de Jornalismo, com a série T.I Sufoco, da TV Globo.

Mediação: Giselly Santos, subeditora do LeiaJá com passagem pela Rádio Folha de Pernambuco.

Dia 20, às 19h Inteligência Artificial, Big Data e Jornalismo

Sérgio Denicoli é pós-doutor em comunicação e CEO da Agência Exata, empresa que trabalha com dados e inteligência artificial. Foi professor da Universidade do Minho e Universidade Lusófona, em Portugal, e da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Marina Meireles é jornalista com passagens pelo Diario de Pernambuco, G1 e, atualmente, atua na empresa de tecnologia Bitso. Foi vencedora do Data Journalism Awards em 2018 com o projeto Monitor da Violência, do G1.

Mediação: Flávia Delgado, editora do LeiaJá São Paulo, professora e doutora em Ciências da Comunicação.

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Para Pedro Oliveira, chefe de redação do portal, é necessário debater o jornalismo sob diferentes perspectivas. “No momento em que atravessamos, onde muitas notícias falsas circulam e acabam prejudicando e até matando as pessoas, debater comunicação é essencial. Fazer jornalismo responsável é defender os direitos humanos, é defender a verdade. Na maior crise sanitária da história da humanidade, isso ficou mais do que evidente. E precisamos discutir como vamos fazer isso da melhor forma de agora em diante”, ressalta.

O LeiaJá completa dez anos de história no dia 15 deste mês. Em sua trajetória, o portal realizou grandes coberturas jornalísticas e coleciona mais de dez premiações no segmento, a exemplo do Grande Prêmio MPT de Jornalismo, com o especial "Trabalhador - Herança escravista, pobreza e irregularidades", NHR, com a reportagem "Cidade do medo e da resistência" e 1º Prêmio de Jornalismo Cultural, com a "A poesia e a consciência negra de Solano Trindade".

Nesta terça-feira (10), o médico Claúdio Amaro Gomes, suspeito de matar o “colega” de trabalho, Artur Eugênio de Azevedo, de 36 anos, divulgou uma carta negando o assassinato. O bilhete foi enviado ao Blog do Jamildo, através do advogado do médico, Plínio Nunes. 

>> Negado habeas corpus para suspeito de mandar matar médico

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No texto, o cirurgião ainda tranquiliza os parentes e diz que fez um juramento de salvar vidas e por isso jamais iria matar alguém. O paraibano Artur Eugênio foi assassinado com quatro tiros, três nas costas e um na cabeça, na BR-101, no bairro de Comporta, em Jaboatão dos Guararapes. O carro dele só foi encontrado no dia seguinte, no bairro da Guabiraba, Zona Norte do Recife. O veículo estava carbonizado. De acordo com a polícia, o médico saiu do Hospital Real Português, atendeu um paciente, e quando chegou no prédio, onde morava na Zona Sul da capital, foi sequestrado por dois homens. O corpo de Artur foi levado para o Instituto Médico Legal e só foi identificado pela família no dia 13. Cláudio Gomes e o filho dele, o bacharel de Direito Cláudio Amaro Gomes Júnior são apontados como os mandantes do crime. De acordo com a polícia, o assassinato foi motivado por desavenças profissionais entre os médicos. 

Na segunda-feira (10), a viúva do médico paraibano, Carla Azevedo concedeu entrevista para falar sobre o relacionamento do marido com Gomes. A viúva contou em detalhes as brigas dos dois, mas disse que não acreditava que o cirurgião fosse capaz de assassinar Artur. [Clique aqui e confira o vídeo]

Abaixo, leia a íntegra da carta de Cláudio Gomes: 

“Aos meus familiares, amigos e colegas de profissão

Cláudio Amaro Gomes

Escrevo-lhes estas breves mas sinceras palavras para confortá-los nesse triste momento de nossas vidas. Quero lhes dizer que, apesar de tudo e de todos, das mentiras e especulações, do linchamento público a que venho sendo injustamente submetido, tenho procurado reunir forças para me manter firme. Peço-lhes que façam o mesmo. Afinal, devemos todos confiar na Justiça, ainda que isso não pareça ser o verdadeiro propósito daqueles que me acusam, e simplesmente acusam, sem provas.

A humilhação dessa injusta prisão, a desonra de uma absurda e inventiva acusação, haverão de ter fim. Cedo ou tarde. E para isso não medirei esforços. E sei que farão o mesmo. Somente os que estão realmente comprometidos com a verdade e conhecem profundamente minha história pessoal e trajetória profissional sabem o quanto seria incapaz de praticar ato tão vil como esse de que em acusam, e que vai de encontro todos os princípios e convicções e a tudo que realizei durante meus 57 anos.

Fiz um juramento de salvar vidas. Jamais, de tirá-las! E é com esse espírito, de salvar vidas, que tenho procurado me conduzir ao longo de décadas dedicadas ao fazer bem às pessoas. O que não parece correto nem sensato aceitar é que desentendimentos profissionais, absolutamente normais entre aqueles que atuam com o peso da responsabilidade de salvar o próximo, possam ser considerados, como têm sido à falta de provas, motivo para o cometimento de um crime tão bárbaro. Isso não faz o menor sentido, definitivamente.

Preciso dizer que ninguém, ninguém!, deseja mais do que eu que os fatos sejam apurados e os reais responsáveis sejam encontrados e exemplarmente punidos, como impõe a lei. E como todos esperam que aconteça. Prova disso é que, mesmo jamais tendo sido anteriormente procurado por qualquer autoridade, desde o primeiro instante me coloquei à disposição da Justiça. Inclusive, todos vocês sabem, no momento em que essas descabidas acusações vieram a público me encontrava fora do país, participando de evento médico.

Por obrigação moral não hesitei em retornar ao Brasil, onde, mesmo submetido a um processo de degradação e humilhação públicas, procurei exercer minhas funções e minha rotina diária até ser surpreendido com uma ordem de prisão.

Finalizo dizendo que não compactuo, como todos certamente não compactuam, com a forma como essas investigações vêm sendo conduzidas ao sabor da pressão midiática. Infelizmente, a única preocupação daqueles que conduzem essas investigações é simplesmente encontrar “culpados”, em vez de descobrir “provas” que demonstrem essa culpa.

“A injustiça que se faz a um, é uma ameaça que se faz a todos”. (Montesquieu).”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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