Atualmente o mercado de trabalho busca a figura de um novo personagem: o profissional multifuncional ou polivalente, aquele apto ao exercício de diversas atividades ao mesmo tempo. Essa busca é resultado da competitividade e a instabilidade vividas pelas organizações, obrigando os profissionais deste novo milênio a atuar multifuncionalmente.
Se antes o sonho de estudantes que ingressavam no ensino superior era concluir os estudos, especializar-se em sua área de formação e poder viver os diferenciais de possuir um “diploma”, agora estes sonhos têm sido alterados pela necessidade da sobrevivência no mercado de trabalho.
O profissional polivalente é o profissional do presente e do futuro. Segundo dados recentes do Ministério do Trabalho, de cada 10 brasileiros com curso superior, sete exercem atividades diferentes das quais estudaram. Trata-se de uma nova tendência. Hoje, é preciso atender as exigências do mercado, apenas assim conquista-se espaço nas organizações que tem seus departamentos cada vez mais enxutos, primeiro pela globalização e desenvolvimento tecnológico e depois pela crise econômica vivida.
Entramos no Século XXI, o século do conhecimento, do estudo permanente e continuado. Formar-se em curso superior não é mais suficiente. Hoje é necessário estar sempre se atualizando e se qualificando através de especialização, mestrado, doutorado, pós doutorado. Ademais, os profissionais precisam ter competências que sejam direcionadas para a geração de negócios para a empresa. Entretanto, nem todos os indivíduos estão preparados para acompanhar essas transformações e mudanças que o mundo do trabalho está exigindo.
O ambiente de trabalho, hoje, é extremamente competitivo e seletivo, fazendo com que o crescimento e os resultados de uma organização sejam obtidos à custa das competências pessoais, e não só de habilidades técnicas. São pré-requisitos para ter espaço no mercado de trabalho atual: agilidade, coletividade e capacidade de gerar valor agregado ao produto. O profissional de hoje precisa ter habilidade para trabalhar em equipe, compatibilizar inteligência, experiência e expertise, transformadas em valores éticos, e ter uma visão global, mesmo que ele não trabalhe fora do país. E talvez o mais importante: é preciso estar predisposto a aceitar mudanças e desafios constantes.
Muitas vezes o profissional se prepara apenas através do estudo, com graduação, pós-graduação, cursos, idiomas e quando chega ao seu objetivo dentro de uma empresa, se acomoda. É a partir deste momento que uma carreira pode entrar em declínio. A justificativa está no fato de que as empresas contratam pela atitude, porque as atividades profissionais todos são capazes de aprender e desenvolver.
O profissional que se destacará no perfil do mercado de trabalho atual é aquele que sai da descrição do cargo e vai para a ação. Cada oportunidade em uma empresa é como se fosse uma nova escola ou faculdade: há muito o que se aprender. Um profissional com diferentes experiências pode trazer novas ideias e não simplesmente continuar fazendo o que era padrão.