Apesar da queda na popularidade e nas intenções de votos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula de Silva (PT) é o político com maior confiabilidade entre os recifenses. É o que aponta um levantamento, divulgado nesta terça-feira (23), pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) onde 73,7% dos que residem na capital pernambucana citam o petista quando são questionados sobre quais políticos eles mais confiam. A presidente Dilma Rousseff (PT) foi a segunda mais mencionada, com 7,9% da confiabilidade dos entrevistados.
Apesar dos posicionamentos críticos diante de assuntos como o homossexualismo e de defender a volta da intervenção militar, o deputado federal Jair Bolsonaro (PP) ficou em terceiro lugar, com 2,6%. O mesmo percentual de entrevistados também citou o deputado federal e pré-candidato a prefeito do Recife, Daniel Coelho (PSDB), a deputada estadual Priscila Krause (DEM) e a ex-senadora Marina Silva (Rede). Dos que participaram da análise, 7,9% não souberam responder o quesito.
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A amostra, encomendada pelo Portal LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, também aferiu o nível geral de confiança da população com a classe política. O estudo constatou que 91,8% dos recifenses não confiam mais nos políticos, enquanto 6,4% disse acreditar. “Os números mostram a descrença da população com a classe”, analisa o cientista político e coordenador da pesquisa do IPMN, Adriano Oliveira.
Segundo ele, os desdobramentos da Operação Lava Jato envolvendo parlamentares e líderes nacionais, além das denúncias constantes de irregularidades nas gestões públicas são itens que pesam na queda da confiança.
O levantamento indagou ainda se os entrevistados votariam em algum político, que mesmo sendo corrupto, trabalhasse muito pela população. A maior parcela, 69,7%, respondeu que não enquanto 29,3% disseram que sim.
Questionado sobre o que os políticos deveriam fazer para mudar o cenário, Oliveira observou que a preservação da imagem com ações éticas tende a pesar para os eleitores. “Os políticos precisam mudar o comportamento. Vivemos numa era onde a imagem é importante e as pessoas não querem ver seus representantes dando privilégios para outros”, destacou.