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Scottie Pippen, lenda da NBA e do Chicago Bulls, segue tendo os holofotes da imprensa esportiva nos Estados Unidos, uma vez que o ex-jogador continua se abrindo sobre seus sentimentos e episódios do passado que presenciou ao longo da carreira.

Por exemplo, ele falou novamente sobre sua polêmica decisão de se retirar de um jogo de playoff em 1994. Em um dos jogos das semifinais da Conferência Leste daquele ano, contra o New York Knicks, Pippen ficou chateado que a jogada final não passou pelas suas mãos. Na ocasião, o treinador Phil Jackson fez a jogada para o croata Toni Kukoc.

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Em uma entrevista para a revista americana GQ, na semana passada - a mesma em que ele criticou Kevin Durant e Ben Simmons -, Pippen disse que se sentiu ofendido por Jackson, mas isso não é tudo. Ele também disse que sentiu que a ação do treinador foi motivada por questões "raciais".

"Eu não acho que seja um mistério, você precisa ler entre as linhas tênues. Foi meu primeiro ano jogando sem Michael Jordan. Por que eu não estaria dando aquele último arremesso? Passei por todos os altos e baixos, os duelos com os (Detroit) Pistons e agora você vai me insultar e me tirar disso? Eu achei que foi um golpe muito baixo. Senti que era uma oportunidade de dar (para Kukoc) uma ascensão. Foi uma jogada racial para lhe dar uma ascensão. Depois de tudo o que passei com esta organização, agora você vai me dizer para pegar a bola e passar para Toni Kukoc? Você está me insultando. Foi assim que eu me senti", revelou.

Agora, na noite de segunda-feira (28), o jornalista Dan Patrick perguntou a Pippen sobre este comentário e o ex-jogador não recuou. Na verdade, ele ressaltou sua opinião e chamou Jackson de racista.

Além disso, Pippen usou a relação de Jackson com Kobe Bryant como um exemplo de como o técnico se aproveitou dos jogadores negros. O treinador treinou o astro e o Los Angeles Lakers de 1999 a 2004, depois deixou a equipe e escreveu "The Last Season: A Team in Search of Its Soul", um livro sobre o tumultuado Lakers 2003-2004, que foi muito crítico em relação a Bryant. Jackson voltou então como treinador em 2005.

"Você se lembra que Phil Jackson deixou os Lakers e depois escreveu um livro sobre Kobe Byrant e depois voltou e o treinou? Quer dizer, quem faria isso? Você nomeia alguém no esporte profissional que faria isso. Eu acho que ele tentou expor Kobe de uma maneira que não deveria. Você é o treinador principal. Você é o cara que se senta no vestiário e diz aos jogadores ‘isto é um círculo, e tudo fica dentro do círculo, e é disso que se trata a equipe’. Mas você, como treinador principal, se abre e agora sai e tenta menosprezar um dos maiores jogadores do esporte naquela época", afirmou Pippen.

Sobrou até para Michael Jordan durante a entrevista. O apresentador falou sobre como o astro não teve problemas em passar a bola para Steve Kerr para a jogada vencedora da final da NBA de 1998. Mas Pippen não deu bola e disse que ele não acha que isso seja uma comparação justa. Pippen acredita que Jordan só disse que passaria a bola para Kerr porque havia câmeras filmando ele no momento. Ele afirmou que até pensa que o ex-colega ensaiou aquele momento.

"Você conhece todas aquelas câmeras que estavam apontadas para ele naquele momento. Para quem eles estavam trabalhando? Você sabe com quem Michael estava falando, certo? Isso foi planejado. Isso era para construir seu próprio documentário, porque ele sabia que estava controlando as câmeras. Todas aquelas câmeras estavam trabalhando basicamente para Michael Jordan, não para os Chicago Bulls... Aquilo não foi naturalmente falado. Aquilo foi ensaiado", comentou.

Técnico mais vencedor da história da NBA, Phil Jackson oficializou nesta terça-feira o seu retorno à liga de basquete dos Estados Unidos, agora assumindo o cargo de presidente de operações do New York Knicks. A contratação foi anunciada pela franquia de Nova York em uma entrevista coletiva realizada no Madison Square Garden, onde foi exposto um enorme painel com a frase "Welcome Home, Phil" (bem-vindo ao lar, Phil), em alusão ao fato de que o ex-treinador e agora dirigente já defendeu com sucesso o time como jogador.

Dono de 11 títulos como treinador na NBA, sendo seis deles pelo Chicago Bulls de Michael Jordan e cinco pelo Los Angeles Lakers de Kobe Bryant, Jackson assinou um contrato de cinco anos com o Knicks e disse que irá passar um tempo significativo em Nova York. "Este é o melhor para jogar basquete", afirmou.

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Como jogador, Jackson foi campeão da NBA pelo Knicks em 1970 e 1973, mas depois não conseguiu mais ser campeão como atleta. E, após a consagração como treinador, ele irá assumir o seu primeiro cargo como um executivo e estará no comando de todas as decisões do basquete da franquia de Nova York.

Com o lendário ex-técnico de 68 anos de idade agora à frente de suas operações, o Knicks também tentará encerrar um jejum de títulos que dura justamente deste 1973, quando Jackson ajudou a equipe a ser campeã dentro de quadra. "Agora estou de volta onde comecei no basquete, é uma grande emoção", ressaltou o novo presidente.

Jackson encerrou a sua carreira como treinador em 2011, quando estava à frente do Lakers, e uma das suas primeiras missões como dirigente do Knicks será decidir o futuro do técnico Mike Woodson, que vinha de um retrospecto anterior de 72 vitórias e 34 derrotas, mas que na atual temporada tem dirigido um time instável, com 27 triunfos e 40 derrotas. Com este desempenho, a equipe está na nona posição da Conferência Leste, um pouco distante do Atlanta Hawks, oitavo colocado com 30 vitórias e 35 revezes, fechando a zona de classificação para os playoffs.

Os detalhes do acordo entre Jackson e o Knicks não foram oficialmente divulgados pelas duas partes nesta terça-feira, mas especula-se na imprensa norte-americana que ele ganhará em torno de US$ 12 milhões por ano. Com Jackson, o Knicks também espera poder segurar o astro Carmelo Anthony para a próxima temporada e se fortalecer ainda mais. E o novo presidente lembrou que apenas com um árduo trabalho será possível brigar para encerrar o longo jejum da franquia. "Títulos vêm com planejamento, são poucos os títulos acidentais na NBA. Sabemos disso e vamos tentar cumprir essa meta", projetou.

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