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Cientistas conseguiram decifrar o genoma do percevejo: uma notícia que pode ajudar a combater esses sanguessugas que vivem nos colchões e atacam durante a noite. O percevejo comum (Cimex lectularius), que mede de 4 a 7 milímetros na idade adulta, atormenta homens e mulheres há milhares de anos.

Enquanto tinham praticamente desaparecido nos Estados Unidos desde a década de 1950 - devido a um forte uso de DTT - esses percevejos voltaram com força total no país, especialmente em Nova York, e também prosperaram na Europa, especialmente em Paris.

O desenvolvimento dos transportes, a calefação dos apartamentos, a densidade humana - tudo isso favorecem a instalação dessas pragas nas zonas urbanas. Dois estudos publicados na revista Nature permitem obter pistas para tentar limitar sua expansão.

"Agora, uma percentagem muito elevada de percevejos têm mutações genéticas que os tornam resistentes aos inseticidas comuns", disse em comunicado Louis Sorkin, do Museu Americano de História Natural, em Nova York, co autor de um dos estudos.

Os percevejos se adaptaram através da produção de enzimas desintoxicantes que degradam os insecticidas. Além disso, sua "pele" se endureceu para se proteger destes produtos.

Os investigadores conduziram a pesquisa genética sobre todo o ciclo de vida de percevejos. O ovo dá uma ninfa, que conhece várias fases de crescimento, cada uma marcada por uma refeição de sangue que permite passar para a próxima fase. Só depois ela se torna adulta.

Agora, os cientistas descobriram que o inseto estava desenvolvendo mecanismos de resistência a inseticidas a partir do momento em que começou a se alimentar de sangue. "Isto sugere que os percevejos são provavelmente mais vulneráveis ​em sua primeira fase de ninfa, potencialmente tornando-se um bom alvo para inseticidas futuras", aponta o Museu Americano de História Natural.

Os pesquisadores também analisaram a composição genética das bactérias que colonizam o percevejo e, portanto, algumas, sem dúvida, favorecem seu crescimento e reprodução. "Os antibióticos que atacam as bactérias benéficas aos percevejos (mas não são essenciais para o homem) poderiam vir complementando os pesticidas", estimou o Museu.

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