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Depois de um ano recheado de problemas dentro e fora de campo, o presidente do Fluminense, Pedro Abad, quer tranquilidade neste período pós-Brasileirão. O dirigente quer aproveitar o fim da temporada, e as férias do elenco e comissão técnica, para começar a "resolver os problemas" do clube.

Abad não esconde que o fim do Brasileirão veio com "alívio" para o Fluminense, que seria rebaixado para a Série B em caso de derrota para o América-MG, no domingo. O risco de queda gerou insatisfação de torcedores, que chegaram a invadir treino do time na sexta-feira. Fora de campo, a situação também estava tensa em razão dos salários atrasados e da pressão no Conselho Deliberativo. Abad enfrenta um processo de impeachment no clube.

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"Temos muitos problemas, o clube inteiro tem, a prática de esporte no clube está complicada, nós temos problemas e vamos resolver. Passado o dia de hoje [domingo], já vamos nos reunir com todos os departamentos para elencar tudo o que precisamos resolver com mais tranquilidade. Vamos focar nos problemas para ter um 2019 muito melhor", afirma Abad, que voltou a negar a renúncia do cargo.

Diante de tantos problemas, o presidente do clube carioca não deixou de admitir a sensação de alívio. "É uma situação de alívio por ter passado essa situação incômoda, num ano que não teve o resultado esportivo que a gente queria. Tivemos inúmeras dificuldades durante o ano, mas o grupo de atletas e funcionários fez jus à alcunha de Time de Guerreiros, todo mundo trabalhou e venceu e no final, não fomos punidos com um resultado ruim", diz Abad.

Dentro de campo, a maior questão a ser resolvida pelo dirigente será quanto ao comando do time. Fábio Moreno assumiu a equipe às vésperas da rodada final do Brasileirão, após a demissão de Marcelo Oliveira, e só tem contrato até o fim do ano. E Abad ainda não sinalizou uma renovação.

No domingo, ao fim da vitória sobre o América-MG por 1 a 0, no Maracanã, o presidente fez elogios a Moreno. "Hoje tivemos um 'leão' aqui. No momento difícil, Fábio não se omitiu, pegou uma 'batata quente' sem hesitar. Poucos fariam isso e ele tocou adiante. Cometemos erros, mas também acertamos e agora é cuidar para diminuir o número de erros e aumentar o número de acertos."

O atacante Henrique Dourado bateu o pé e tornou pública na última sexta-feira (12) sua vontade de deixar o Fluminense. E o desabafo do jogador parece ter surtido efeito. Momentos depois, o presidente do clube tricolor, Pedro Abad, mudou o discurso inicial e já admitiu a possibilidade de liberá-lo, provavelmente para o Corinthians, que vem negociando sua contratação já há alguns dias.

Logo depois da derrota do Fluminense nos pênaltis para o PSV Eindhoven na estreia da Florida Cup, após empate por 1 a 1 no tempo normal, Dourado foi taxativo: "A minha vontade, neste momento, é sair". Abad respondeu, reconheceu a dificuldade de manter um atleta insatisfeito no elenco, mas avisou que o clube precisará ser compensado financeiramente para liberá-lo.

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"A gente sabe que não adianta ter no elenco um jogador insatisfeito, respeitamos isso, mas os interesses do Fluminense precisam ser preservados. O Fluminense investiu uma quantidade alta de recursos para trazer o Henrique, até hoje a gente paga as parcelas dos direitos econômicos dele. Vamos buscar uma saída que seja boa para os dois lados. Se chegar uma proposta no valor estipulado em contrato, a gente não vai criar nenhum empecilho", declarou.

O Corinthians é o principal interessado em Dourado e inclusive já teria chegado a um acordo com o jogador. O problema é a disparidade dos valores negociados entre os clubes. O time paulista ofereceu R$ 8 milhões, mas o Fluminense quer 4,5 milhões de euros (cerca de R$ 18 milhões), valor da multa rescisória, o que fez com que o presidente alvinegro, Roberto de Andrade, chegasse a dar por encerrada a negociação.

Com este novo capítulo, porém, a tendência é que Corinthians e Fluminense voltem a conversar. Dourado foi o artilheiro do último Brasileirão com 18 gols, ao lado de Jô, que deixou justamente o time paulista recentemente. E por mais que tenha manifestado do desejo de sair, o atacante foi enaltecido por Abad.

"Temos que ressaltar o nível extremo de profissionalismo do Henrique, que se apresentou, viajou, se dedicou ao máximo nos treinos e também durante o jogo. Ele deve ser parabenizado por isso. Além disso, sempre foi um atleta com uma postura muito franca, muito direta, sempre quis fazer as coisas da maneira correta e isso tem que ser respeitado. Ele nos passou a vontade de não permanecer no clube. A minha vontade era de que ele ficasse, ele é um símbolo da reconstrução do Fluminense. Um atleta que ,quando chegou, a torcida pegava no pé e ele foi reconstruindo essa imagem", comentou.

Dois dias após a morte do seu filho, João Pedro Braga, de 18 anos, o técnico Abel Braga voltou ao trabalho no Fluminense. Ele comandou o treino do time na manhã desta segunda-feira (31) e confirmou que irá acompanhar a equipe em Recife, para a partida contra o Sport, na quarta, em rodada do Brasileirão.

"Conversei ainda ontem com o treinador e ele deixou bem claro que o trabalho dele continua e acabei de confirmar com ele agora que vai para o jogo de quarta-feira", confirmou o presidente do Fluminense, Pedro Abad.

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O mandatário reforçou que foi decisão do treinador de voltar ao trabalho já nesta segunda. "Deixei muito claro que o Fluminense não tinha nenhuma pressa e que o tempo quem ditaria, seria ele, que fizesse o que achasse melhor. Ele vai trabalhar e ainda que a gente esteja muito triste e bastante abalado, a vida tem que continuar, o Fluminense continua", declarou.

O filho de Abel Braga morreu na manhã de sábado ao cair da janela do banheiro do apartamento em que morava com a família no bairro do Leblon, zona sul do Rio de Janeiro, enquanto tomava banho. A polícia abriu inquérito para apurar as circunstâncias da morte. Mas os primeiros indícios apontam para um acidente. A janela do banheiro era mais extensa e mais baixa que costumam ser os basculantes comuns.

"O Fluminense procurou dar o maior apoio possível não só ao treinador, mas também à família. Hoje ele está aqui, a delegação segue viagem na terça e sugeri que ele vá na quarta de manhã para ficar mais tempo com a família. Muita gente cogitou que ele deixaria de trabalhar, deixaria de ser treinador, isso nunca entrou em cogitação. A liga que tem esse grupo com o treinador e comissão técnica é bem marcante", afirmou o presidente do Flu.

Por causa da morte do filho de Abel, o Flu acionou a CBF e teve aceito o pedido de adiamento da partida contra a Ponte Preta, que estava marcado para domingo, um dia depois da tragédia familiar do treinador. O duelo foi remarcado para o dia 9 de agosto, quarta-feira da próxima semana.

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Eleito novo presidente do Fluminense no fim de novembro, Pedro Abad tomou posse como mandatário do tricolor carioca na noite dessa terça-feira (20). O mandato de Abad vai até 2019, em substituição a dois mandatos consecutivos de Peter Siemsen, que presidiu o clube entre 2011 e 2016.

A troca no comando do clube aconteceu em cerimônia no Salão Nobre das Laranjeiras. Ao passar o bastão para Abad, seu candidato na eleição de novembro, Siemsen se colocou à disposição para auxiliar na nova gestão.

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"Tive muito orgulho de ser presidente do Fluminense durante esses seis anos. Me dediquei muito, com muita paixão. Vejo que o torcedor compreendeu, fez o meu sucessor. Estou muito feliz, orgulhoso e estaremos trabalhando ali juntos para o que ser e vier. Sou um soldado do Fluminense junto com os Pedros, Marcelo e todos os outros que trabalharão na nova gestão", afirmou Siemsen.

Ao assumir o clube, Abad afirmou que já trabalha no planejamento do time para 2017, mas não revelou informações sobre o futuro da equipe, como nomes de possíveis reforços. "Já estamos planejando firmemente o futebol. Todas as tratativas. Gente que vem, gente que vai e não podemos perder um minuto", afirmou.

"Também estou conhecendo mais ainda todos os departamentos. Enfim, efetivamente tomando posse da situação do clube. O que posso dizer para o torcedor é que estou muito determinado, motivado para fazer o clube cada vez melhor", prometeu o novo mandatário do Flu.

Além de Abad, assumiram na terça os dez dirigentes que vão ocupar as vice-presidências do clube. Todos foram aprovados por unanimidade durante a cerimônia.

 

Confira abaixo o nome dos demais membros da nova diretoria do Flu:

Vice-presidente Administrativo: José Mello da Silveira

Vice-presidente de Finanças: Diogo Valle Bueno

Vice-presidente de Futebol: Fernando Nogueira Veiga

Vice-presidente de Esportes Olímpicos: Márcio de Almeida Trindade

Vice-presidente de Interesses Legais: Bruno Maurício Macedo Curi

Vice-presidente de Marketing, Publicidade e Relações Externas: Idel Halfen

Vice-presidente Social, Cultural e Cívico: Nilo Sérgio Felix

Vice-presidente de Projetos Especiais: Pedro Antônio Ribeiro da Silva

Vice-presidente de Governança: Sandor Leonardo de Souza Hagen

Vice-presidente de Tecnologia da Informação: Rogério Cerqueira Felix de Mello

Tesoureiro: Claudio Barçante Pires

Secretário: Marcus Vinicius Bittencourt

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