Tópicos | Pavilhão de Exposições do Anhembi

A Bienal Internacional do Livro começou hoje (3) na cidade de São Paulo e deve atrair 700 mil visitantes durante os dez dias do evento. A feira ocorre no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em uma área de 75 mil metros quadrados.

Com um investimento de aproximadamente R$ 32 milhões, a 25ª edição do evento pode ajudar a reverter a retração do mercado editorial estimada em 25% na última década. O diretor editorial da Associação da Indústria Gráfica (Aigraf-SP), João Scortecci, explica que o setor enfrentou momentos difíceis nos últimos dez anos.

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“As editoras começaram a diminuir as tiragens, não fazer todos os títulos e, principalmente, não imprimir a reedição, que é muito importante para o mercado, pois os custos de produção da obra são absorvidos na edição anterior”, afirma.

Para Scortecci, a situação econômica do Brasil somada à redução de consumo e diminuição na compra de livros didáticos por parte do governo contribuíram com a crise do mercado editorial. No último ano, o número de gráficas reduziu de 22 mil para 18 mil.

De acordo com o diretor da Aigraf, as grandes livrarias devem acabar no futuro. “As megalojas em shoppings não têm como se sustentar, são espaços muito caros. Então, precisamos fazer o que aconteceu na França e em outros países, a volta das livrarias segmentadas de pequeno porte. Em Paris, os editores se tornaram donos das livrarias e tiveram resultados muito melhores. O mercado está se reinventando”, avalia.

Ainda segundo Scortecci, a tecnologia não contribuiu para a queda nas vendas de livros. “O que está faltando são leitores, as pessoas não estão lendo. O mundo digital influenciou da seguinte forma, antes de você pegar um livro, vai para o Facebook. Isso acaba desviando o foco do leitor”, completa.

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