Tópicos | parque arqueológico

Pesquisadoras da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) encontraram, em estudo feito no parque arqueológico da comunidade do Pilar, no Recife, um esqueleto de um bebê, que pode ter falecido entre entre os séculos XVI e XVII, assim como outros esqueletos já encontrados no local. As evidências apontam que, na época, o local era um cemitério militar.  

A criança, que apresenta indícios de ter falecido entre os quatro e seis meses de vida, também traz outro diferencial: foi o único esqueleto encontrado em um caixão. Além de estar em bom estado de preservação, o achado inclui a estrutura de ferro que servia como base do caixão e cravos utilizados na sua confecção.

##RECOMENDA##

[@#galeria#@]

A atual área de estudo está sendo escavada desde o dia 10 de fevereiro e já resultou na descoberta de mais de dez esqueletos.

“Aqui, provavelmente, seria um cemitério natural, onde membros da comunidade eram enterrados. O fato de termos esqueletos sobrepostos e com diferentes sexos e idades indica isso”, explicou a bioarqueóloga da Universidade Federal do Piauí, Claudia Cunha, que faz parte da equipe do Núcleo de Ensinos e Pesquisas Arqueológicas da UFRPE.

A professora destacou a importância dos achados.

“Esse cemitério é uma biblioteca que começou com o início da cidade e onde as informações estão escritas nos ossos. Os esqueletos explicam como eram as pessoas: peso, doenças, alimentação, expectativa média de vida. Com a análise minuciosa de todos eles, podemos reconstruir a história de um povo".

Depois de limpos, os achados são enviados para o Núcleo de Ensinos e Pesquisas da UFRPE. Lá passam por uma série de estudos e começam a integrar uma biblioteca de informações sobre as pessoas que viveram no Recife. Além disso, pequenas amostras seguem para os Estados Unidos para testes de datação com carbono, por exemplo. Claudia Cunha lembrou que as escavações ainda devem render muitas surpresas.

“Nesse novo trecho, só chegamos aos 90 centímetros abaixo do nível do mar. Quanto mais nos aprofundarmos mais achados teremos”.

Mais novidades

A equipe que realiza os estudos no Pilar também divulgou o resultado dos testes de datação das primeiras ossadas encontradas na comunidade, que apontam que os mais de 120 indivíduos encontrados na quadra, 55 faleceram entre o final do século XVI e início do XVII, período da ocupação holandesa.

“A maioria era composta de homens com idades entre 17 e 30 anos. Alguns apresentavam indícios de violência, como tiro de mosquete. Essas evidências apontam para a ideia de que essa primeira área escavada possa ter sido um cemitério militar”, detalhou Cunha. 

Parque arqueológico

Com o início das construções de um conjunto habitacional dedicado à moradia popular na comunidade do Pilar, passaram a ser descobertas verdadeiras relíquias que, após análises minuciosas da UFRPE, alçaram a descoberta ao posto de um dos maiores achados arqueológicos urbanos do país. Com a medida, a Prefeitura do Recife estuda transformar o local em um parque arqueológico, onde a população e turistas possam reconectar-se ao passado de olho no futuro da cidade.

Agora, a gestão municipal está formando um grupo de estudos que inclui o Instituto Pelópidas Silveira, a URB e a secretaria de Infraestrutura para definir quais serão os próximos passos. A ideia é preservar o material e a área e construir novas alternativas para a execução dos habitacionais planejados, conciliando a preservação do patrimônio histórico com necessidade de criação de moradias.

A polícia italiana abriu uma investigação para encontrar uma turista que visitou o Parque Arqueológico de Pompeia, no sul da Itália, no último dia 15 de agosto, e subiu nas ruínas do local para tirar uma selfie.

A fotografia da mulher, cuja identidade e nacionalidade ainda não foram identificadas, gerou críticas principalmente nas redes sociais e está sendo analisadas pelas autoridades, já que as câmeras de segurança do parque registraram a infração.

##RECOMENDA##

De acordo com o jornal italiano "Il Mattino", a Superintendência abriu uma investigação porque a turista violou o regulamento do Parque Arqueológico que proíbe expressamente a escalada, assim como não encostar, subir e até sentar, nos monumentos.

Segundo a direção do local, a atitude colocou tanto a vida da mulher em risco quanto as ruínas de mais de 2 mil anos. "Este ato deplorável reforça ainda mais a necessidade de respeitar as regras gerais de visita ao local e o correto distanciamento contra a Covid, também em virtude das últimas indicações do governo".

O sítio arqueológico, que reabriu suas portas para o público no dia 26 de maio, é a terceira atração mais visitada da Itália e recebeu 4 milhões de pessoas em 2019, conforme dados do Ministério dos Bens Culturais. O local conta com diversas ruínas da antiga cidade romana, que foi devastada por uma erupção do vulcão Vesúvio em 79 d.C.

Da Ansa

O Coliseu de Roma, monumento mais famoso da capital italiana, vai se tornar um parque arqueológico, anunciou o governo nesta terça-feira (10). O novo parque arqueológico abrangerá também Anfiteatro Flavio, o Monte Palatino, o Foro Romano e a Domus Aurea (Casa Dourada), e será administrado por um diretor-gerente escolhido através de um concurso internacional. A mudança na administração do Coliseu vem ao encontro do que já fora feito em mais de 30 museus e sítios culturais na Itália.

O ministro da Cultura da Itália, Dario Franceschini, disse que o decreto que redesenha a área arqueológica romana será assinado em breve, como parte de uma reforma iniciada em 2014. "Em 48 horas assinaremos o decreto, que irá para o Tribunal de Contas e, depois, será publicado na Gazeta Oficial. Logo em seguida, haverá o concurso para a seleção do diretor.

##RECOMENDA##

"O Parque manterá os funcionários do Coliseu", disse o ministro italiano. "É incontestável que a mudança para museus autônomos na Itália levou a uma melhora em várias áreas, desde o número de visitantes até a qualidade dos serviços. É um percurso lento, mas que está trazendo frutos", comentou o ministro.

Na prática, a Superintendência Arqueológica Especial perderá a gestão do Coliseu, do Monte Palatino e da Domus Aurea, mas incorporará as competências atualmente com a Superintendência Ordinária, que será extinta.

Com isso, o órgão se ocupará de todo o território cultural de Roma. A Superintendência Especial, que conservará seu caráter autônomo, inclusive contábil e gerencial, receberá 30% dos lucros obtidos pelos ingressos do Parque do Coliseu, correspondentes a 11 milhões de euros por ano, os quais servirão para tutelar todas as áreas arqueológicas e se unirão a outras verbas fornecidas pelo Estado.

O Coliseu é o maior anfiteatro já construído e foi erguido sob o governo do imperador Vespasiano em 72 d.C. A obra terminou no ano 80 d.C., na gestão de seu sucessor, Tito. O prédio era usado para combates de gladiadores e espétáculos públicos e estima-se que sua capacidade era de 50 mil a 80 mil pessoas.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando