Tópicos | paridade de gênero

A presença feminina tem importante contribuição no mundo da tecnologia e inovação, embora o mercado ainda tenha a predominância de profissionais do sexo masculino. Para além de personalidades como Bill Gates, Elon Musk, Steve Jobs e Mark Zuckerberg, o mundo tech também é marcado por mulheres com feitos imprescindíveis para o desenvolvimento do que existe atualmente como Ada Lovelace, considerada a primeira pessoa a programar na história da humanidade, e Grace Hopper, conhecida como "A Rainha da Computação", "Rainha da Codificação", "Vovó COBOL", entre outros.

Segundo dados do relatório UN Women’s Gender Snapshot 2022, as mulheres ocupam apenas 2 em cada 10 empregos em ciência, engenharia e tecnologia da informação e comunicação globalmente, representando apenas 16,5% dos inventores associados a uma patente. A necessidade de proteger os direitos de meninas e mulheres em espaços digitais, bem como a violência baseada em gênero facilitada pelo ambiente on-line, foi escolhido pela ONU Mulheres como tema central para o Dia Internacional das Mulheres este ano, intitulado “Por um mundo digital inclusivo: inovação e tecnologia para a igualdade de gênero”.

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No mercado de trabalho, a participação de mulheres ocupando cargos de liderança passa por avanços, porém, de modo geral, segundo a pesquisa, no atual ritmo de mudança, a paridade não será alcançada por mais 140 anos. Dentro do setor de tecnologia e inovação, ainda persiste uma grande lacuna de gênero. Embora as mulheres representem 33% da força de trabalho nas 20 maiores empresas globais da área em 2022, apenas uma em cada quatro está em posições de liderança. O estudo “Women in Tech 2022", realizado pela BairesDev, diz que as candidatas do sexo feminino no setor representaram uma média de 41% do total no período 2020-2021, um aumento de 400% em relação aos 5 anos anteriores.

Cristina Boris, diretora e sócia fundadora da Lanlink, empresa integradora de tecnologia da informação com atuação nacional, analisa as mudanças no segmento a partir da própria experiência de carreira. Formada em Ciência da Computação em 1988, iniciou o curso em uma turma com apenas quatro mulheres. Dessas, somente duas concluíram a graduação, contando com ela. Hoje, em 2023, Cristina dirige uma unidade na sua empresa em que 42% dos colaboradores são mulheres. 

“A tecnologia tem aberto espaços de maior interesse das mulheres na área de dados e programação, onde elas se destacam por serem mais detalhistas. Além disso, hoje, nem todas as aplicações necessitam de conhecimento muito aprofundado de programação, é possível trabalhar com soluções que programam para você, desde que defina exatamente o que deseja entregar ao usuário e, nessa parte de entender o outro, somos muito fortes”, explica.

Visionária, embora sem muitas referências de mulheres na computação durante sua época de escola, a afinidade com a matemática foi determinante para a aproximação com a tecnologia.

“Sempre gostei de matemática e fui para a computação porque era a área mais promissora que tinha a matemática como base”. Ao mesmo tempo em que os números a conectou com o segmento, para Cristina Boris, a matemática também é um fator que distanciava as mulheres da computação, já que o cálculo como base levava a uma percepção de área mais árida.

“Entendo que as mulheres gostam de profissões que tratam de pessoas, tanto é que, na área de TI, as mulheres acabam indo mais para as áreas de análise de sistemas e programação, que possui como clientes os usuários, enquanto os homens gostam mais das áreas ligadas ao hardware e suporte, porque são muito curiosos com o que acontece na retaguarda”, afirma.  Em um mercado com tantas oportunidades de crescimento, Cristina Boris, diretora da Lanlink, destaca a importância da diversidade para os processos de inovação, e que ainda é necessário que mais mulheres se interessem pela tecnologia e busquem as qualificações para alcançar cargos antes ocupados, majoritariamente, por homens.

“Um dos principais fatores para a mudança é ter maior disponibilidade de candidatas mulheres no setor tecnológico. Para incentivar essa mudança de paradigmas, nós privilegiamos mulheres sempre que dois profissionais estão ‘empatados’ num processo seletivo. Ainda temos muito a percorrer, mas acredito que estamos num bom caminho na busca por diversidade e paridade de gênero”, pontua.   De acordo com a empresa Catho, a média nacional de mulheres em empresas de TI é de 21%, já no mercado de programação de TI é de 12%. Com mais de 34 anos de história, a Lanlink tem duas mulheres entre os oito diretores, 33% dos cargos de gestão são ocupados por mulheres e, em geral, 22% dos colaboradores são mulheres. 

Ações inclusivas 

Confira projetos que incentivam a participação de mulheres na área de tecnologia:  InfoPreta (https://infopreta.com.br) - a empresa de manutenção de computadores tem o objetivo de inserir pessoas pretas, LGBTQI+  e mulheres no mercado de tecnologia; PrograMaria (https://www.programaria.org) - visa empoderar meninas e mulheres por meio da tecnologia; Elas programam (https://elasprogramam.com.br) - criado pela engenheira Silvia Coelho para incluir mais mulheres no mercado de tecnologia, promovendo diversidade e equidade de gênero nas organizações.  Sobre a Lanlink 

Com o objetivo de ajudar os clientes a impulsionar seus negócios por meio da tecnologia, a Lanlink é uma empresa provedora de tecnologia da informação com 34 anos de atividade no Brasil. Em uma trajetória marcada por soluções e parceiros de excelência, conta com o apoio de mais de 1030 colaboradores e mais de 950 certificações técnicas em diversas tecnologias, além de sua operação ter certificado ISO 20.000-Gestão de Serviços de TI e ISO 37001- Sistema de Gestão Antissuborno.

Eleita pela 5ª vez uma das melhores empresas para trabalhar no Ceará e a 6ª na categoria de grandes empresas pelo prêmio GPTW- Great Place to Work. Atua em todo território nacional com centenas de organizações públicas e privadas no desenvolvimento de estruturas de TI, Dados e Inteligência Artificial, Produtividade, Automação e Suporte Individualizado com ferramentas inovadoras e garantindo a segurança nos processos corporativos. Entre os parceiros estão os fabricantes mundiais líderes em tecnologia: Microsoft; IBM; Oracle; Lenovo; Huawei, entre outros. 

*Da assessoria 

O pré-candidato ao governo de Pernambuco Danilo Cabral (PSB) anunciou, nesta sexta-feira (20), que 50% dos cargos da sua gestão, caso eleito, será destinado às mulheres, sobretudo funções de liderança. A promessa foi feita durante evento em Arcoverde, no Sertão pernambucano. O programa Vamos Juntos Pernambuco, de acordo com Cabral, trata de política de gênero. “A partir de 2023, o nosso governo vai garantir paridade de liderança”, disse.

No seu discurso, Danilo Cabral comentou acerca dos índices em torno das pautas sobre as mulheres no Brasil e em Pernambuco. “O estado ainda é machista e patriarcal, onde os dados indicadores que a gente tem em torno das pautas que falam sobre as mulheres mostram que elas ainda estão muito aquém desta igualdade que deveríamos buscar como ideal numa sociedade justa e igual”.

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“No meu governo, vamos fazer a instalação de delegacias da mulher, que são necessárias. E em todos os espaços de liderança do governo, do secretariado até à ponta, será compartilhado com as mulheres. 50% ocupados por homens e 50% ocupados por mulheres”, anunciou o socialista.

A secretária Nacional de Mulheres do PSB, Dora Pires, marcou presença e evidenciou a trajetória do pré-candidato. “Em todos os cargos públicos que ele assumiu, construiu a sua vida e tem sido um parceiro na pauta de gênero”.

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Em março, o Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) sugeriu uma punição atenuada ao deputado Fernando Cury (Cidadania) pela importunação sexual contra a colega Isa Penna (PSOL). A decisão do colegiado, formado por oito homens e só uma mulher, acabou revertida em plenário - que aprovou um prazo maior, de seis meses, para o afastamento de Cury.

A reportagem conversou com a deputada Isa Penna logo após a votação no Conselho de Ética. Na ocasião, a deputada disse 'não ter dúvidas' de que a composição da comissão, majoritariamente masculina, influenciou a deliberação.

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Desde então, a própria Isa, ao lado da deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ), lidera uma campanha nacional do PSOL pela paridade de gênero em Conselhos de Ética do Poder Legislativo. Os órgãos são responsáveis por cuidar do procedimento disciplinar que vai definir a aplicação de penalidades em casos de descumprimento das normas relativas ao decoro parlamentar.

Nesta sexta-feira, 9, as duas apresentam projetos de resolução para estabelecer a obrigatoriedade da paridade de gênero na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e no Congresso Nacional. Em paralelo, articulam com outros parlamentares do PSOL para que também apresentem propostas semelhantes em suas respectivas Casas Legislativas.

Até aqui, a campanha teve adesão nas Assembleia do Rio de Janeiro, Bahia, Ceará e Distrito Federal e nas Câmaras de Salvador (BA), Rio de Janeiro (RJ), Niterói (RJ), São Paulo (SP), Santo André (SP), São Carlos (SP), Mogi das Cruzes (SP), Guarulhos (SP), Recife (PE), Natal (RN) e Aracaju (SE).

Na justificativa do projeto, Isa Penna explica que a ideia é reforçar a participação das mulheres nos espaços políticos institucionais e, ao mesmo tempo, melhor o desempenho das Casas Legislativas no acolhimento e tratamento de denúncias especialmente relacionadas à quebra de decoro parlamentar em decorrência de violência de gênero.

"No Brasil, apesar do artigo 5o, inciso I, do Texto Constitucional estabelecer a igualdade entre homens e mulheres, a realidade da vida pública e política passa ao largo disso. Há uma enorme dificuldade das mulheres acessarem os espaços políticos dos Poderes e quando o acessam enfrentam barreiras de exclusão e de violência de gênero constante - como perseguições, desacreditamento, assédio moral e sexual", escreve a deputada.

João Campos (PSB), prefeito recém-eleito no Recife, anunciou, nesta terça (8), os nomes de sua equipe de transição de governo. Através de um post em sua conta oficial no Instagram, ele frisou a priorização em relação à paridade de gênero na sua gestão, prometida por ele durante a campanha, e garantiu que a equipe será formada com 50% de participação feminina nos postos de liderança. 

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No vídeo, João Campos, acompanhado pela vice-prefeita, Isabella de Roldão, apresentou sua equipe de transição, formada pela economista e especialista em gestão Maíra Fischer; o vereador, advogado e servidor público federal, Carlos Muniz; a servidora pública estadual e especialista em planejamento em gestão Pâmela Alves; e o advogado e servidor público federal Marcos Toscano. 

O prefeito recém-eleito explicou como será o trabalho da equipe. "Esse time vai receber um retrato da gestão, com o detalhamento dos programas, projetos e iniciativas que estão em curso na Prefeitura do Recife e o que já está previsto para o primeiro trimestre. Com base nesses dados, teremos condições de otimizar nossa atuação no início do ano". 

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Além disso, Campos afirmou ter iniciado nesta terça (8), mesmo durante o feriado municipal, "uma nova fase na troca de informações entre a gestão atual" e o seu "time". O objetivo, segundo o gestor, é "se debruçar na consolidação do conjunto de ações que precisam ser priorizadas nos primeiros 100 dias de governo". "A nossa ideia é garantir a melhor largada para, já a partir de janeiro, começar a garantir as entregas que ajudam a melhorar a vida da população", assegurou Campos. 

 

O ex-presidente Lula (PT) e o senador do Uruguai, Pepe Mujica, participam, na próxima terça-feira (13), da abertura do 12º Congresso Nacional da Central Única dos Trabalhadores-CUT (Concut). O encontro, que segue até o dia 16 de outubro, definirá a nova Executiva Nacional e apontará a linha política a ser seguida pela Central nos próximos quatro anos. 

Encabeçando uma chapa única, o atual presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, será reconduzido ao cargo e comandará a Executiva. Para a escolha da cúpula do movimento, a novidade é a adoção da paridade de gênero, aprovada no último Congresso. A medida faz da CUT a primeira central sindical do mundo a adotar tal prática. Dessa forma, dos 44 dirigentes da entidade, haverá uma divisão de 22 homens e 22 mulheres.

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