Tópicos | panela

A Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) quer impedir a construção de um 'Atacadão' no Poço da Panela, na Zona Norte do Recife. Nessa segunda-feira (6), o presidente da instituição, Antônio Campos, encaminhou um ofício ao secretário de Mobilidade e Controle Urbano do Recife, João Braga, argumentando que a edificação prejudicaria o bairro e o patrimônio arquitetônico da Fundaj. No mesmo dia, outro documento foi enviado à Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), solicitando o tombamento do conjunto arquitetônico do Complexo Cultural Gilberto Freyre, no campus Casa Forte, que compreende os edifícios Solar Francisco Ribeiro Pinto Guimarães (imóvel já classificado como Imóvel Especial de Preservação IEP nº151), o Paulo Guerra e o José Bonifácio.

A Prefeitura do Recife, através da Secretaria Executiva de Licenciamento e Controle Ambiental, já havia concedido licença prévia para a obra do Atacado dos Presentes. No documento, válido até 15/05/2022, contudo, está explicitado que o início das obras ainda não está autorizado. Na carta a Braga, Campos pede que o cancelamento da licença, com base na ação judicial movida pela OAB/PE sobre o assunto, com condenação do município, ainda não julgado recurso especial. A Ordem acompanha o cumprimento da decisão judicial imposta ao antigo proprietário do terreno, responsável pelo crime ambiental/patrimonial da demolição da Casa de Saúde São José, localizada justamente no endereço em que o Atacadão deseja construir seu supermercado.

##RECOMENDA##

“A aprovação por parte da Prefeitura da Cidade do Recife e a possível construção do Atacado dos Presentes vêm ‘premiar’ um crime ambiental e patrimonial sentenciado, além de desrespeitar a decisão judicial imposta, uma vez que a Prefeitura da Cidade do Recife, como parte integrante dessa decisão, deve sobrestar a análise do processo de aprovação do atual empreendimento, até que seja concluída a ação judicial em curso”, coloca Antônio Campos.

Assim, para a Fundaj, enquanto não for definido o perímetro de influência do tombamento do campus Casa Forte, dada sua proximidade com o empreendimento, a licença para a obra não deve ser concedida. “Não sou contra empreendimentos que geram emprego, renda e serviços. Mas o local escolhido não é adequado”, comenta Antônio Campos.

A Fundaj ainda não obteve retorno da Prefeitura sobre o pedido de ampliação da atual Zona Especial de Preservação do Patrimônio Histórico-Cultural do Poço da Panela - (ZEPH nº5,), onde localiza-se o campus Casa Forte, emitido em janeiro. Vale lembrar que, em 2017, o pedido de tombamento do campus Apipucos foi deferido pela Fundarpe, o que inclui os edifícios Delmiro Gouveia, Renato Carneiro Campos, Jorge Tasso, Antiógenes Chaves e Dirceu Pessoa. A Fundação agora elabora um requerimento para pedir celeridade na finalização desse processo.

Em 2016, época em que Dilma Rousseff ainda estava exercendo seu mandato como maior autoridade da República, o brasileiro entrou na era do “panelaço”. Como forma de protestar contra o governo em exercício, centenas de pessoas batiam em panelas toda vez que a presidente discursava na televisão. Os anos se passaram e na última sexta-feira (23), outros tantos brasileiros fizeram o som de suas panelas reverberar em protesto ao pronunciamento do atual Presidente da República Jair Bolsonaro. 

Com o intuito de ajudar aqueles manifestantes mais empolgados a não gastarem o teflon de suas frigideiras anti-aderentes, ou até mesmo amassarem aquela boa e velha panela de pressão, surgiram pela internet aplicativos que imitam o som das mais variadas utilitárias de cozinha.  É o caso do “panelaço” e do iPanelaço, feitos respectivamente para Android e iOS.

##RECOMENDA##

Nem tão novo assim

Apesar de nem todo mundo ter ouvido falar em um aplicativo específico para bater panelas até agora, as duas ferramentas existem desde 2016. Ambas trazem seis tipos de panelas diferentes, que vão desde frigideiras a modelos feitos de ferro. Os apps são gratuitos e não poderiam ser mais atuais, afinal, o povo continua querendo fazer barulho, mas ninguém quer amassar suas panelas para isso.

O único contra é que o barulho feito pelo aplicativo é muito mais baixo do que uma panela normal, por isso, se quiser realmente incomodar o vizinho na hora do pronunciamento de algum político, é melhor ligar seu celular à caixas de som potentes ou somente você poderá ouvir o som suas panelas virtuais.

Durante o lançamento do comitê em apoio a Lula, na noite desta quinta-feira (11), a deputada estadual Teresa Leitão (PT) também esteve presente. A petista falou sobre a atual conjuntura política e, para uma plateia repleta de militantes e representantes de movimentos sociais, voltou a defender Lula. 

A parlamentar afirmou que o momento atual é a continuidade de um processo de “golpe” acumulado e ressaltou que a sociedade vivencia um emblema muito “perverso” da luta de classes. “Por que os coxinhas não batem mais panelas? Por que os coxinhas não fazem adesivos pornográficos com Temer como fizeram com Dilma? Um ato, inclusive muito misógino também. Não fazem e nem farão porque o golpe é de classe”, disparou. 

##RECOMENDA##

Ela também disse que a casa do líder petista foi vasculhada. “Lula contou que procuraram dinheiro até no fogão da casa dele. É de uma intencionalidade de humilhação muito grande para dizer para ele não se meter onde você não devia ter se metido. Para não se meter a inverter prioridades, a transformar minimamente a pirâmide social do Brasil. Não se meter a botar filho de trabalhador na universidade, não se meta porque isso não é coisa de peão, não é coisa de pobre, não é coisa de trabalhador. Fique no seu devido lugar. É esse o recado que os gestos da direita, que os gestos da mídia, que os gestos deste golpe estão transmitindo”, discursou. 

Teresa Leitão ainda lamentou os gestos de desrespeito para com o Lula. “Desde a condução coercitiva, desde a tentativa de prendê-lo no aeroporto, até a forma como a sua casa foi vasculhada. Levantar o colchão de Lula foi um gesto não somente desrespeitoso e absurdo, mas emblemático. Porque quem guarda dinheiro debaixo do colchão é pobre. Rico guarda na Suíça. Vocês imaginam a polícia levantando o colchão de Fernando Henrique Cardoso ou mesmo do Eduardo Cunha? Jamais fariam isso”. 

A petista pediu para que o povo “ganhasse as ruas” porque eleição sem Lula seria um “golpe” e avisou que isso não será admitido. “Vamos nos preparas para o dia 13, nos prepararemos para o dia 24 e, sobretudo, para o dia depois do 24. Que a jornada de janeiro nos fortaleça, nos unifique e nos de vigor e credibilidade entre nós e no diálogo com o povo”, assegurou. 

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando