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Google anunciou nesta segunda-feira (2), durante o Mobile World Congress (MWC), que está trabalhando em um novo serviço de pagamentos móveis para o seu sistema operacional chamado Android Pay. A novidade trata-se de uma interface de programação que poderá ser utilizada por outras empresas que estejam interessadas em criar seus próprios aplicativos. 

Tais aplicativos vão determinar onde os usuários poderão utilizar suas informações para pagar compras com o smartphone. Embora não tenha detalhado como o serviço vai funcionar, o vice-presidente do Google, Sundar Pichai, explicou que a novidade deverá ser compatível inicialmente com NFC e, depois, agregar sensores biométricos.

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“Estamos fazendo de uma forma que qualquer pessoa possa construir um serviço de pagamentos sobre o Android. Portanto, em países como China e África, esperamos que as pessoas usem o Android Pay para construir serviços inovadores”, explicou o executivo do Google. 

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Pichai também confirmou que o Google Wallet, lançado em 2011, vai continuar como um serviço separado do Android Pay.

O Android Pay deverá competir com o Apple Pay e com o recém-anunciado Samsung Pay. Outras novidades sobre a tecnologia deverão ser anunciadas durante a Google I/O, conferência de desenvolvedores da empresa que acontece em maio. 

O diretor de programa da Secretaria Executiva do Ministério da Fazenda, Esteves Junior, afirmou que a Medida Provisória 615, que traz as diretrizes para a implantação dos pagamentos via celular, permite que o Conselho Monetário Nacional (CMN) regulamente um mercado em expansão. "Isso vai facilitar a bancarização ou a inserção das pessoas de menor renda naquilo que seria a moeda eletrônica", afirmou.

A MP 615 foi publicada nesta segunda-feira (20) o Diário Oficial da União (DOU). Apesar disso, para o diretor de Política Monetária do Banco Central, Aldo Mendes, ela só produzirá efeitos práticos após a regulamentação. O BC terá prazo de 180 dias para apresentar a regulamentação. "A nova legislação é mais voltada para o consumidor", disse.

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Para o diretor do BC, a medida provisória hoje é um marco inicial. "Essa medida é importante porque, como a economia vem evoluindo e as formas de fazer pagamento também, é necessário que a legislação acompanhe", avaliou.

Pela Medida Provisória, o BC também fica autorizado a estabelecer, para os arranjos de pagamento, os instituidores de arranjo de pagamento e as instituições de pagamento já em funcionamento, prazos para adequação às novas normas.

Mendes explicou que a conta de pagamento não será uma conta corrente. "Será uma conta específica de pagamentos. Ela poderá ser estabelecida em qualquer instituição de pagamento. Não precisa ter duas contas. Pode ter só conta de pagamento", afirmou, destacando que não será necessário ter conta em banco.

Participantes

O diretor de Política Monetária do BC afirmou que a nova legislação sobre pagamentos segue alguns princípios, como interoperabilidade. "Queremos o mais aberto possível. Todas as telefônicas e instituições financeiras podem participar. Com acesso não discriminatório, sem exclusividade", afirmou.

Mendes disse ainda que vê na telefonia móvel uma forma de aumentar a inclusão financeira. Ele afirmou que os pagamentos móveis devem começar com transações entre pessoas físicas e evoluir para transações com o varejo. Em uma terceira etapa, o próprio governo poderia estabelecer pagamentos de benefícios, que seriam transformados em dinheiro, por exemplo, por correspondentes bancários.

Quanto à possibilidade de os usuários pagarem algum tipo de tarifa para fazer pagamento por meio do celular, o diretor do Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos do Banco Central, Daso Maranhão, afirmou que essa definição caberá ao mercado e que o BC está empenhado em dar as condições para estimular a concorrência.

Mercado em ascensão

O secretário de telecomunicações do Ministério das Comunicações, Maximiliano Martinhão, afirmou que a possibilidade de pagamentos por meio de celulares deve alcançar 130 milhões de linhas no Brasil em até dois anos. Isso representaria metade das 260 milhões de linhas ativas de celulares que existem atualmente no País.

O diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Aldo Mendes, afirmou nesta terça-feira que o foco principal para o crescimento dos meios de pagamentos móveis é a tecnologia para aparelhos celulares mais simples e baseada na vinculação à conta-corrente e não ao cartão de crédito. "Não é através da indústria de cartão de crédito, que tem custos maiores, que vamos incluir as pessoas", afirmou.

"O principal foco são produtos para inclusão financeira, para população de baixa renda e comerciantes do varejo que não são atendidos hoje pelo sistema bancário." De acordo com Mendes, a tecnologia baseada em smartphones e cartão de crédito servirá mais como um complemento. "É uma diferenciação de produtos. Mas a agregação de pessoas não incluídas é que seria o grande salto provocado pelos pagamentos móveis. Tem de ter o 'basicão'." Ele afirmou que a expansão de rede física dos bancos está próxima do esgotamento ou crescerá a velocidades mais baixas. Por isso, avalia que a telefonia móvel será importante para ajudar a incluir população, principalmente em áreas com menos população.

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Depois de ter afirmado nesta terça-feira que a minuta da medida provisória (MP) que tratará dos pagamentos móveis no Brasil está pronta e poderá ser enviada em breve ao Congresso, o diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Aldo Mendes, disse que os modelos que estão em teste hoje são parcerias bilaterais ou multilaterais fechadas - não abrangem todas as instituições financeiras e operadoras.

De acordo com Mendes, esse não é o futuro desse mercado. "Há bancos com iniciativas junto a operadoras de telefonia e bandeiras de cartão, projetos-pilotos. São tentativas válidas, mas não é exatamente por parcerias bilaterais e não abertas que vamos chegar ao que o BC entende como futuro desse mercado", afirmou. Segundo ele, as plataformas têm de ser interoperáveis - qualquer banco ou operadora de cartão e telefonia têm de se falar.

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O diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Aldo Mendes, afirmou nesta terça-feira que a minuta da medida provisória (MP) que tratará dos pagamentos móveis no Brasil está pronta e poderá ser enviada em breve ao Congresso. O texto, elaborado por um grupo de trabalho do BC e do Ministério das Comunicações, recebeu sugestões dos Ministérios da Fazenda e da Justiça e está hoje na Casa Civil. Mendes afirmou que a MP é um guarda-chuva e não quis entrar em detalhes operacionais. A partir dela, o banco e o Ministério das Comunicações farão a regulamentação infralegal.

Ele afirmou que o BC não tem pretensão de regular telefonia. "Mas há empresas ligadas a pagamentos que hoje não são reguladas por ninguém. Isso gera incertezas", afirmou. Mendes disse que a regulação deve contribuir para dirimir incertezas, principalmente dos agentes que não são bancos.

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