Em mais um dia de programação intensa, com debates, palestras e atividades paralelas como a Mostra de Cinema Eduardo Coutinho, a Expoidea continuou agita o bairro do Recife Antigo, onde acontece a maior parte das suas atividades. A noite desta quinta (10) foi marcada por um show em homenagem a Lula Côrtes em que executou o repertório do lendário disco Paêbirú, gravado por Lula e Zé Ramalho na década de 1970.
Os músicos André Sette (teclado, theremin e flauta), Bernardo Braga (guitarra), Carlos Amarelo (Percussão), Diogo Andrade (guitarra e voz), Lucas Araújo (bateria e voz), Publius (bandolim e voz) e Vinícius Lima (bateria), comandados por Missionário José (baixo, laptop e voz) e Haymone Neto (guitarra e voz) tocaram na íntegra e na ordem as música de Paêbirú, dando uma roupagem própria e nova às canções contidas no disco. Muita gente foi ver a homenagem a Lula Côrtes, um dos artistas mais importantes de Pernambuco. A poetisa Pollyanne Carlos tem uma relação especial com o disco e veio conferir a releitura: "Ganhei o Paêbirú de presente no meu aniversário de 20 anos", recorda.
##RECOMENDA##O professor Júlio Silva também veio para assistir ao show e gostou da apresentação, mas fez uma ressalva: "A homenagem é válida, mas deveria ter acontecido antes que Lula Côrtes se fosse, para que ele estivesse aqui assistindo e sorrindo", afirmou. Entre a plateia, um vinil original e raro de Paêbirú balançava enquanto a banda tocava. Era o colecionador de vinis Jarbas Wanderley, que ainda tinha em mãos um vinil de Satwa, outro disco clássico da psicodelia pernambucana.
Para Missionário José, "o Paêbirú mostra o potencial que a gente tem aqui porque foi feito com recursos mínimos, que é basicamente o recurso que temos até hoje". Ele conta que os músicos tiveram 18h de estúdio para preparar o show, e a escolha de músicos mais jovens para executar o disco serve também para mostrar a influência grande e ainda presente de Paêbirú na musicalidade pernambucana.
Antes da homenagem a Lula Côrtes, quem subiu ao palco foi a banda Rua. Com um som minimalista com pitadas de jazz e muito instrumental, a banda agradou. Mais cedo, foi dado continuidade à programação do Palco Livre, em que bandas previamente inscritas têm espaço para tocar e podem ter seu show gravado e filmado.
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