No livro Tristes Trópicos, publicado pela primeira vez em 1955, o antropólogo francês Claude Lévi-Strauss retratou suas viagens às Américas do Sul e Central, fazendo reflexões sobre as relações do antigo e do velho mundo. Quase 60 anos depois, três artistas europeus tomam o desafio de retomar a narrativa na mostra Os Trópicos, em cartaz na Caixa Cultural.
Colocando-se no lugar de etnógrafos, Marie Voignier, da França, Olaf Breuning, da Suíça, e Christoph Keller, da Alemanha, contam suas próprias impressões dos trópicos em trabalhos multimídias.
##RECOMENDA##No filme Hinterland, Marie Voignier estabelece a relação entre o pintores e o progresso industrial europeu ao documentar uma ilha artificial dentro de uma base aérea soviética, reutilizada como complexo de lazer em uma cidade próxima a Berlim.
Também com o audiovisual, Olaf Breuning traz um viajante europeu em Home 2. O filme retrata a viagem do narrador em um grupo de europeu a Papua Nova Guiné.
Coletando plantas de uma viagem recente à selva amazônica, Christoph Keller apresenta a série de fotografias Herbário da Amazônia. São colagens em que folhas se contrastam com edificações da Antiguidade.
A mostra também terá programação paralela com palestras e exibições comentadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.