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Movimentos sociais estão convocando a população a realizar um panelaço durante o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro, que será transmitido pela televisão, às 20h30 desta quarta (2). A fala do chefe de estado acontecerá depois de um fim de semana marcado por manifestações a favor de seu impeachment em mais de 200 cidades em todas as regiões do país.

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“Prepare as panelas de casa e um gigantesco #ForaBolsonaro! Hoje às 20:30, as emissoras de televisão e rádio irão transmitir o pronunciamento de Bolsonaro. Vamos mostrar que o Brasil não aguenta mais”, publicou o perfil da União da Juventude Socialista (UJS) no Twitter.

O último pronunciamento em rede nacional de Bolsonaro ocorreu em 23 de março, há dois meses. Na ocasião, o presidente foi ar para prometer a compra de mais vacinas contra a Covid-19. Agora, o Brasil enfrenta uma crise de abastecimento do imunizante Coronavac, cuja segunda dose chegou a ser suspensa em cidades de pelo menos 18 estados.

O segundo depoimento presencial do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao juiz Sergio Moro, que acontece na próxima quarta-feira, 13, em Curitiba, no processo que investiga a compra do terreno onde seria construído o Instituto Lula, deve contar com manifestações em apoio a Lula. Entidades e movimentos sociais articulados pela Frente Brasil Popular realizarão um ato chamado de 'Jornada de Luta Pela Democracia', informou o Partido dos Trabalhadores em nota divulgada no site do partido.

"Lula será recebido e acompanhado na capital paranaense por uma nova Jornada de Luta pela democracia - um ato ... de denúncia da perseguição e do caráter político da Operação Lava Jato", afirma o PT. Na ocasião do primeiro depoimento de Lula a Moro em Curitiba, no dia 10 de maio, um ato similar foi realizado por apoiadores do ex-presidente.

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Além do ato de solidariedade ao ex-presidente Lula, às 18h, com a presença do ex-presidente, são previstas atividades culturais, uma aula pública com Eugênio Aragão, ex-ministro da Justiça no governo de Dilma Rousseff (PT), e o lançamento de um livro sobre "abusos e inconsistências no processo contra Lula", elaborado por um grupo de professores de Direito.

Policiamento

O esquema de segurança em Curitiba para o depoimento deve contar com um efetivo de cerca de 1.000 policiais militares, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná (Sesp). Também serão deslocados representantes da Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Departamento de Inteligência do Estado do Paraná (Diep), Guarda Municipal, Polícias Rodoviária Estadual e Federal, Polícia Federal, Agência Brasileira de Inteligência (Abin), entre outras.

"Esquema muito parecido, porém um pouco menor do que no depoimento anterior. Considerando informações repassadas a nós, virão menos pessoas", explicou o secretário da Segurança Pública, Wagner Mesquita. Havia a expectativa de uma mobilização maior do que no depoimento de 10 de maio, podendo chegar a 60 mil pessoas, porém a Secretaria relatou que o número acabou não se confirmando. Agora, são esperadas cerca de 5 mil pessoas.

Para evitar o conflito entre grupos pró e contra Lula, os apoiadores do ex-presidente ficarão concentrados na praça Generoso Marques, enquanto grupos críticos do ex-presidente ficarão nas proximidades do Museu Oscar Niemeyer, informou Mesquita. "A nossa intenção é que não haja qualquer contato entre estes dois grupos, assim como aconteceu no primeiro depoimento do ex-presidente."

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