Tópicos | organizações religiosas

O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos criou o Cadastro Nacional das Organizações Religiosas. A portaria foi assinada nessa quinta-feira (21) pela ministra da pasta, Damares Alves, em celebração ao Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa e publicada hoje (22) no Diário Oficial da União. Mas a medida só entra em vigor em 1º de fevereiro.

O objetivo do governo é ampliar o conhecimento do poder público e incentivar o diálogo com as mais diversas organizações religiosas existentes no país e suas lideranças. Além disso, identificar violações de direitos e possibilitar ações de promoção e defesa da liberdade de religião, de crença e de exercício de cultos.

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“A ferramenta também irá conter informações complementares coletadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística sobre a religião da população brasileira, além de subsidiar estudos e pesquisas para a junção de evidências para a formulação de políticas públicas e servir como instrumento de gestão das ações desenvolvidas pelo ministério”, informou, em nota.

O cadastro será voluntário e servirá ainda criar uma base de dados sobre organizações religiosas que colaboram ou que estejam interessadas em colaborar com o atendimento de públicos vulneráveis e em forças-tarefa de socorro às vítimas de situações de emergência ou de calamidade pública.

De acordo com o texto publicado, a proteção de dados pessoais está garantida e será preservada, sempre que possível, a anonimização dos dados. O prazo e a forma do cadastramento serão definidos por uma instrução normativa da Secretaria Nacional de Proteção Global em até 60 dias.

As organizações religiosas chinesas devem obedecer o a teu Partido Comunista, afirmou o presidente Xi Jinping em uma reunião dedicada ao tema, informou a imprensa estatal.

"Os grupos religiosos (...) devem aderir à liderança do Partido Comunista da China", disse Xi a altos funcionários do partido único em uma conferência de dois dias que terminou no sábado, segundo a agência de notícias Xinhua.

Os integrantes do partido, ressaltou, devem ser "inflexíveis ateus marxistas" e "resolutamente proteger-se das influências estrangeiras que chegam por meio da religião".

"Deveríamos guiar e educar os círculos religiosos e seus seguidores com os principais valores socialistas", declarou Xi na conferência, que teve a presença de muitos membros do Politburo.

Na China vivem centenas de milhões de budistas, cristãos e muçulmanos, que o Partido Comunista deseja "guiar", ao mesmo tempo que reprime organizações religiosas não oficiais.

Desde que Xi Jinping chegou ao poder em 2012, o governo adotou uma linha mais dura a respeito da sociedade civil e das religiões.

Na província de Zhejiang (leste), as autoridades demoliram nos últimos anos várias igrejas e retiraram crucifixos em uma campanha que afetou centenas de paróquias, segundo grupos de defesa dos direitos humanos.

Na região de Xinjiang (oeste), de maioria muçulmana, fontes locais afirmam que o controle está mais rígido sobre a prática do jejum durante o mês do Ramadã.

O governo chinês afirma que os cidadãos gozam de liberdade de culto, mas que existe uma "ameaça terrorista" em Xinjiang por culpa dos extremistas islâmicos.

Nos anos 1970, Pequim desistiu de tentar erradicar a religião organizada e optou por controlar a prática religiosa através dos templos, igrejas e mesquitas autorizados, que propagam um discurso que mistura teologia com retórica comunista.

Xi disse que esta política será mantida e pediu a união das doutrinas religiosas com a cultura chinesa.

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