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O Ministério Público Federal em Pernambuco  (MPF-PE)  ofereceu denúncia contra o ex-presidente da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), Rômulo Maciel Filho e mais seis pessoas por envolvimento em fraudes em licitação, ocorridas em 2014, para contratação de serviço de gerenciamento de obras da unidade instalada em Goiana, na Região Metropolitana do Recife. 

O MPF disse ter recebido a notícia da morte do ex-presidente em maio, mas ponderou que aguarda notícia dos órgãos oficiais como o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). 

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Na nova ação, a partir de uma denúncia feita pela procuradora da República Silvia Regina Pontes Lopes, além de Rômulo Maciel, são alvos Jorge Luiz Batista Cavalcante e Marcelo Carrilho Pessoa, ambos atuantes na área de engenharia, bem como Elizeu Alvarez de Lima, Cristiana Couceiro de Freitas Cavalcanti e Arthur Oliveira Costa Souza, representantes da Concremat Engenharia e Tecnologia, empresa favorecida na licitação fraudulenta. 

Também foi denunciado o empresário Alexandre Lacerda Landim, representante da Architectus, empresa que apresentou proposta de preço evidenciando o ajuste que favorecia a Concremat. 

A ação é um dos desdobramentos da Operação Pulso, deflagrada em dezembro de 2015 para apurar a existência de organização criminosa que atuava na Hemobrás por meio de fraudes em licitações e contratos. Na ocasião, agentes da Polícia Federal (PF) cumpriram ordens judiciais em Pernambuco e mais quatro Estados. Durante buscas realizadas na operação, um fato inusitado chamou a atenção. Em um prédio do bairro do Recife, maços de dinheiro foram arremessados pela janela para que não fossem pegos pela PF. A situação foi filmada por agentes.

Em 2016, o MPF expediu recomendação para que a Hemobrás instaurasse processos administrativos disciplinares contra todos os servidores e empregados envolvidos nas investigações da operação. No mesmo ano, também denunciou servidores por desvio de recursos públicos para beneficiar empresários do Consórcio Bomi-Luft-Atlantis.

As apurações indicaram que os então dirigentes da Hemobrás direcionaram o procedimento licitatório, realizado em 2014, para beneficiar a Concremat, em conluio com os representantes da construtora, com o intuito de obter contrato superfaturado e desviar os recursos da empresa pública. 

As investigações apontaram que o projeto aprovado continha sobrepreço de mais de R$ 12 milhões. Conforme destaca a procuradora da República, o desvio dos recursos só não foi concretizado porque o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou a anulação da concorrência.

Crimes – Os envolvidos foram denunciados pela prática de crimes previstos na Lei de Licitações e, no caso dos servidores da área de engenharia, que elaboraram o projeto básico, pela tentativa do crime de peculato-desvio. O MPF também requer que a Justiça Federal decrete a perda de eventuais funções ou cargos públicos ocupados pelos envolvidos.

Por recomendação do Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) deve instaurar processos administrativos disciplinares contra todos os servidores e empregados envolvidos nas investigações da Operação Pulso.

A ação, deflagrada em dezembro de 2015, apurou a existência de organização criminosa atuante na Hemobrás através de fraudes em licitações e contratos. A responsável pelo caso é a procuradora da República Silvia Regina Pontes Lopes.

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O MPF também requer que a Hemobrás exonere de seus quadros os agentes públicos em cargo em comissão ou função de confiança, de livre nomeação e exoneração, que estejam sendo alvos de investigações da operação, especialmente os que já foram denunciados pelo Ministério.

O objetivo é impedir que os servidores interfiram nas apurações, com a intimidação de testemunhas, eventual destruição de provas e prática de atos ímprobos que causem prejuízo aos cofres públicos. A Hemobrás tem 10 dias, a partir do recebimento do documento, para informar se acata a recomendação.

Caso a recomendação não seja acatada, o MPF poderá adotar as medidas administrativas e judiciais cabíveis.

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Com informações da assessoria

 

 

O Ministério Público Federal em Pernambuco (MPF-PE) denunciou à Justiça Federal três servidores da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), com sede no Recife, por desvio de recursos públicos para beneficiar empresários do Consórcio Bomi-Luft-Atlantis, também denunciados na ação. A ação é um desdobramento da Operação Pulso, deflagrada em dezembro de 2015. O MPF não revelou o nome dos três denunciados.

Os acusados de participação no esquema fraudulento são o ex-diretor da Hemobrás, Rômulo Maciel Filho, os ex-gerentes de Plasma e Hemoderivados Marisa Peixoto Veloso Borges, no cargo de novembro de 2013 a fevereiro de 2014, e Guy Joseph Victor Bruere, gerente de março de 2014 a abril de 2015, além dos empresários Fernando Luft, Juliana Cunha Siqueira Leite e Delmar Siqueira Rodrigues, representantes do Consórcio Bomi-Luft-Atlantis.

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Na ocasião da deflagração da operação, no ano passado, um dos fatos que chamou a atenção foi que, no momento em que os agentes chegaram em um dos endereços das diligências, nas Torres Gêmeas, no Recife Antigo, maços de dinheiro começaram a ser atirados pela janela. Estavam sendo investigados os crimes de peculato, corrupção passiva e ativa, fraude do caráter competitivo do processo licitatório, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Rômulo Filho, o ex-diretor, chegou a ser afastado da empresa por determinação judicial. 

Desvio – Segundo o MPF, as irregularidades foram cometidas pelos acusados entre novembro de 2013 e maio de 2015. O Consórcio Bomi-Luft-Atlantis havia sido contratado para fazer a coleta de plasma nos hemocentros do país e concentrá-los no centro de distribuição em Itapevi-SP, onde a carga era organizada e remetida à fábrica da Hemobrás no município de Goiana, na Mata Norte de Pernambuco.

O pagamento era realizado por quilômetro rodado. As apurações revelaram que os investigados desviaram recurso para pagar ao consórcio pela disponibilização de contêineres refrigerados para armazenagem do plasma por tempo indeterminado, devido ao acúmulo do insumo em Itapevi. Para que isso ocorresse, era feita a elevação da real quilometragem percorrida pelos veículos, com uso de notas fiscais e leitura de quilometragem falsas. De acordo com o MPF, o valor dos pagamentos feitos com recursos públicos era definido pelo consórcio.

O esquema causou um superfaturamento de R$ 5,2 milhões. Além disso, outro prejuízo foi a impossibilidade de produção e venda de alguns dos medicamentos feitos a partir do plasma, por causa da falta de controle adequado das condições sanitárias pelo consórcio, como temperatura e isolamento dos contêineres. Em alguns casos, houve perda total do material.

Além da condenação dos acusados por desvio de recursos públicos, cuja pena pode chegar a 12 anos de reclusão, o MPF pede a decretação da perda do cargo público dos servidores envolvidos. A procuradora da República responsável pelo caso, Silvia Regina Lopes, também solicitou que sejam mantidos o afastamento de Rômulo Filho e o bloqueio das contas mantidas no exterior por Delmar Rodrigues e Juliana Siqueira Leite. 

Com informações da assessoria

A Polícia Federal efetuou, na manhã desta quarta-feira (9), 28 mandados de prisão para membros da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás). Durante as investigações, foram encontradas diversas irregularidades envolvendo as obras da construção da fábrica da Hemobrás, no município de Goiana, e na logística do plasma que deveria ser enviado a um laboratório na França.

Junto a esses indícios encontrados, a PF também encontrou documentos que ligam assessores parlamentares ao dinheiro da empresa que pode ter servido para o financiamento da última campanha eleitoral. “Existem indícios de dinheiro ligados a diretores da Hemobrás em campanhas políticas na região”, afirma o delegado Wagner Menezes, coordenador da Operação Pulso. Essa informação será repassada para Justiça Eleitoral a fim de serem averiguadas.

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Ainda de acordo com o delegado, essas operações suspeitas partiram de familiares e empresários da empresa. As ações envolvem cerca de doze assessores, pessoas ligadas à gestão municipal e políticos. 

A PF informou que essas informações são recentes e, por isso, merecem uma investigação mais detalhada, envolvendo, inclusive, outros órgãos. Por conta disso, o prazo para o fim do caso não possui previsão. 

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O diretor de Inovação Tecnológica da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobras) e ex-coordenador do Mais Médicos, Mozart Sales (PT), presta depoimento, na tarde desta quarta-feira (9), a Polícia Federal (PF). O petista é um dos investigados pela Operação Pulso, deflagrada no início da manhã, para reprimir a atuação de uma suposta organização criminosa especializada em direcionar licitações e desviar recursos públicos. 

A informação de que Mozart está prestando depoimento na sede da PF, no Recife, foi confirmada pela presidente estadual do PT, deputada Teresa Leitão. Questionada pelo Portal LeiaJá sobre como a legenda avaliava o suposto envolvimento de mais um membro em um esquema de corrupção, a petista disse que só falaria após o fim da oitiva do correligionário. “Ele foi voluntariamente a Polícia Federal. Está prestando depoimento. Depois que conversar com ele nos pronunciaremos”, disse. Mozart foi uma indicação do PT-PE para o cargo na estatal.

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Na manhã de hoje, um mandado de busca e apreensão foi cumprido na casa dele, no bairro de Parnamirim, Zona Norte do Recife. A Justiça Federal, inclusive, afastou o diretor e mais dois membros da Hemobras dos cargos. Agentes da PF que cumpriram ordens judiciais em Pernambuco, Piauí, Paraíba, Minas e São Paulo - ao todo, 59 mandados. Durante buscas realizadas na operação, um fato inusitado chamou a atenção. Em um prédio do bairro do Recife, maços de dinheiro foram arremessados pela janela. A situação foi filmada por agentes.

A Polícia Federal em Pernambuco (PF-PE) deflagrou, nesta quarta-feira (9), uma operação contra uma organização criminosa especializada em direcionar licitações e desviar recursos públicos da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás). Segundo a Polícia Federal, no momento que os agentes chegaram a um dos endereços das diligências, nas Torres Gêmeas, no Recife Antigo, foram arremessados dinheiros pela janela.

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Ao todo, estão sendo cumpridos mandados nos estados de Pernambuco, Piauí, Minas Gerais e São Paulo, sendo 28 mandados de busca e apreensão,  28 oitivas mediante intimações e dois mandados de prisão temporária, expedidos contra empresários com atuação na empresa pública, inclusive um lobista com atuação em Pernambuco, Piauí e exterior. Foi autorizado ainda o afastamento de três integrantes da Hemobrás, sendo dois deles membros da diretoria.

Até o momento, os crimes investigados são os de peculato, corrupção passiva e ativa, fraude do caráter competitivo do processo licitatório, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com penas de detenção e reclusão que variam de um a 12 anos.  Estão sendo mobilizados 170 policiais para cumprir as medidas previstas nesta fase, que recai sobre atos ilícitos em diversas licitações e contratos de logística de plasma e hemoderivados, além da própria obra de construção da fábrica no município de Goiana, na Mata Norte de Pernambuco. 

As investigações da Operação Pulso apontam que inúmeras amostras de sangue coletado, que deveria ser transformado em medicamentos contra a hemofilia e outras doenças, deixaram de ser fabricadas por terem sido armazenadas de forma inadequada, tornando-se inapropriadas para a produção de medicamentos. Mais detalhes da operação serão divulgados em coletiva de imprensa na Sede da Polícia Federal, na tarde desta quarta-feira.

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