Em ação coordenada pela Polícia Civil de São Paulo na tarde da última quarta-feira (3), três pessoas acusadas de manter 14 imigrantes chinesas em cárcere e em condições semelhantes à escravidão foram detidas no bairro do Bom Retiro, no centro da capital paulista. Além de serem obrigadas à prática da prostituição no local, que aparentava ser um karaokê, as vítimas viviam em condições precárias de higiene e alimentação.
A denúncia chegou ao conhecimento da polícia de São Paulo quando uma das mulheres conseguiu contatar sua família, residente na China, via telefone. Com isso, os parentes procuraram as autoridades brasileiras que deram início às investigações. Baseado na averiguação, um mandado de busca e apreensão foi expedido pela Justiça e as equipes da Polícia se dirigiram ao estabelecimento.
##RECOMENDA##Fachada o karaokê em que as imigrantes chinesas eram mantidas em cárcere | Foto: Reprodução TV
Durante cumprimento da ordem judicial, que ganhou o nome de Operação Freedom, policiais constataram que oito quartos do local eram utilizados para realização dos programas de prostituição. Um casal, que se declarou proprietário do local, e um funcionário foram levados ao 2º Distrito Policial (DP), onde o caso foi registrado. Os criminosos devem responder por cárcere privado e favorecimento à prostituição. O Consulado Geral da República Popular da China em São Paulo foi informado e encaminhou representantes oficiais ao DP para prestar assitência às vítimas.