A terceira e última prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em 2018 foi realizada na tarde do domingo (18) em todo o país. Segundo a opinião de bacharéis e estudantes de Direito que acompanham a página do Vai Cair na OAB, o exame foi complicado. O docente Bruno Vasconcelos, especializado na área de ética da prova, reforça a visão e afirma que, para ele, as questões extensas e abordagens de assuntos complexos fez com que essa fosse a prova mais difícil do ano.
Algumas abordagens esperadas pelos docentes foram cobradas no exame, como uma questão de desagravo e outra sobre advogada gestante. Por outro lado, um dos temas mais esperados do ano, lei eleitoral, não foi abordado em nenhuma das 80 questões da prova. “Esse ano foi ano de eleição e nesse momento está ocorrendo a eleição para a OAB. Todo mundo esperava esse tema” , afirma o professor.
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Para Bruno, uma questão da área de ética envolvendo habeas corpus é passível de recurso (enunciado de número 1 na prova branca, 3 na prova verde, 5 na prova amarela e 7 na prova azul). “A questão causa discórdia porque o examinador perguntou unicamente sobre o estatuto, mas no próprio enunciado é vista outra hipótese específica, que não está prevista no estatuto, mas está prevista em outras áreas do ordenamento jurídico”, afirma o docente. “O gabarito oficial da questão aponta para a resposta B, mas o que gera a impugnação é letra A”, analisa.
O professor garante que polêmicas do tipo são comuns, mas é raro que questões sejam retificadas ou anuladas. “Já houve questões piores do que essa e não foram anuladas. Caso seja retificada eu entrarei com recurso e vou disponibilizá-lo de graça para todos os alunos através do meu instagram”, garante Bruno.