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O ambiente de juros baixos tem mais a ver com desenvolvimentos econômicos do que com a ação autônoma dos bancos centrais, afirmou hoje o membro do conselho de governadores do Banco Central Europeu (BCE), Ewald Nowotny. Segundo ele, em um cenário como esse, é difícil para os BCs agirem por conta própria.

Segundo o dirigente, um dos fatores que mantém a inflação em baixa é a globalização. Preços baixos são "uma vantagem para os consumidores, mas pressionam os salários", notou.

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Além disso, existe o problema do baixo crescimento mundial. "Temos uma tendência de crescimento frágil de longo prazo, que não é fácil de interpretar", disse.

Ele reiterou a necessidade de se olhar para medidas reais de juros, ajustadas para a inflação, para perceber que, em outros momentos, notadamente na década de 1970, os juros reais estavam mais negativos do que atualmente.

Sobre a política do BCE, Nowotny afirmou que ela tem tido sucesso em combater a inflação, mas apontou para uma aceleração ainda pífia dos preços. Dados publicados ontem mostraram uma inflação de apenas 0,2% em agosto na comparação anual. Fonte: Dow Jones Newswires.

O Banco Central Europeu (BCE) está "claramente descumprindo" sua meta de inflação anual, que é de taxa ligeiramente abaixo de 2%, em meio ao fraco crescimento da zona do euro, afirmou hoje Ewald Nowotny, integrante do conselho diretor do BCE.

Segundo Nowotny, que também é presidente do BC da Áustria, o principal fator por trás da inflação baixa é a "dramática" queda nos preços do petróleo. "É preciso dizer que os bancos centrais não podem influenciar isso", comentou Nowotny, acrescentando que o núcleo da inflação também está baixo.

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Em setembro, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro teve queda anual de 0,1%, caindo pela primeira vez desde que o BCE iniciou em março seu programa de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês), que envolve compras mensais de até 60 bilhões de euros em ativos, principalmente de bônus soberanos. A desaceleração do CPI levou analistas a sugerir que o BCE amplie seu programa.

Na semana passada, o presidente do BCE, Mario Draghi, reiterou que a instituição está disposta a ajustar seu programa se a inflação continuar distante da meta por muito tempo. Já Nowotny defendeu hoje novos instrumentos para combater a inflação baixa, incluindo medidas estruturais.

O titular do BC austríaco disse também que a zona do euro ainda está "incompleta" e precisa aprofundar a integração de seus 19 países-membros.

"A severa crise que enfrentamos lembrou os formuladores de politicas dos problemas de uma união incompleta...uma (união monetária e econômica) genuína precisa de mais disciplina e de mais solidariedade", disse Nowotny.

Incertezas sobre o futuro do euro e o crescimento fraco são os dois maiores desafios da União Europeia, de acordo com Nowotny. "Precisamos de expansão econômica mais forte, que reduza o desemprego e nos traga mais próximos de nosso objetivo de estabilidade dos preços", concluiu. Fonte: Dow Jones Newswires.

A Grécia é mais um problema político que econômico, disse hoje um dos integrantes do conselho do Banco Central Europeu (BCE), Ewald Nowotny.

Segundo o dirigente, a chegada de partidos de esquerda como o Syriza na Grécia e o Podemos na Espanha pode trazer à baila novas ideias, mas "no final do dia, elas precisam trazer resultados", disse, acrescentando que negociações "não são jogos".

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Nowotny se recusou a comentar sobre possíveis soluções para a Grécia. Ele também disse que não acredita que o BCE possa liderar a criação de uma governança financeira federalizada dentro da zona do euro.

"Nós não podemos substituir a esfera política", disse. Fonte: Dow Jones Newswires.

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