Tópicos | NOVA INDÚSTRIA BRASIL

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta quarta, 24, que o programa Nova Indústria Brasil "não tem nada a ver" com a questão fiscal do País e que a iniciativa não terá nenhum tipo de impacto nas despesas do governo além daquelas já previstas no Orçamento. "Parte do dinheiro para financiar o projeto de incentivo à indústria será captado no mercado", disse ele, para completar: "Não tem nenhum dinheiro do governo. Na realidade, não tem impacto fiscal".

Alckmin disse ainda que percebe um certo preconceito em relação ao BNDES e insistiu que o governo não fará qualquer tipo de aporte no banco de fomento. "No programa industrial, o BNDES quer participar de fundo na área de minerais críticos, em áreas estratégicas, o valor é mínimo", afirmou. "O governo não vai fazer aporte no BNDES, não vai colocar recurso a mais." O anúncio do pacote gerou críticas entre economistas, que veem a reciclagem de propostas já usadas em governos anteriores do PT e maior risco para o quadro fiscal.

##RECOMENDA##

Segundo Alckmin, o programa tem seis missões, com linhas de atuação que ainda terão de ser detalhadas. E salientou o caráter de apoio à inovação do programa de fomento à indústria, assim como seus aspectos de incentivo à sustentabilidade e à competitividade.

Alckmin defendeu ainda a necessidade de a indústria ter um maior acesso a linhas de crédito, e citou como exemplo a proposta de criação da Linha de Crédito de Desenvolvimento (LCD), que está sendo discutida no Congresso.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O deputado federal licenciado Ricardo Barros (PP-PR) elogiou nesta segunda-feira, 22, o plano de estímulo à indústria brasileira anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Líder do governo de Jair Bolsonaro (PL) na Câmara dos Deputados entre 2020 e 2023, ele afirmou que se trata de uma "excelente iniciativa do governo federal", em uma publicação no X (antigo Twitter).

Atual secretário estadual da Indústria e Comércio do Paraná, na gestão do governador Ratinho Júnior (PSD), Barros foi eleito para o terceiro mandato em 2022. Entre 2016 e 2018, foi ministro da Saúde do governo de Michel Temer (MDB).

##RECOMENDA##

O plano de estímulo à indústria brasileira tem por objetivo enfrentar um quadro crônico de estagnação e perda de competitividade do setor. Lançado nesta segunda, o pacote reedita políticas de antigas gestões petistas ao prever R$ 300 bilhões em financiamentos e subsídios ao setor, até 2026, além de uma política de obras e compras públicas, com incentivo ao conteúdo local (exigência de compra de fornecedores brasileiros).

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lidera a iniciativa, batizada de Nova Indústria Brasil, mobilizando R$ 250 bilhões dos R$ 300 bilhões previstos em créditos ao setor produtivo. Desse total, R$ 77,5 bilhões já foram aprovados em 2023, sendo R$ 67 bilhões do banco de fomento e R$ 10,5 bilhões da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), que administra o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando