Tópicos | Nova Délhi

Uma multidão atacou na noite desta segunda-feira (28) perto da capital indiana, Nova Délhi, um grupo de africanos considerados vendedores de drogas, após a morte de um adolescente, possivelmente por overdose.

Os distúrbios explodiram durante a noite quando a polícia de Greater Noida, uma cidade da periferia de Nova Délhi, libertou cinco estudantes africanos detidos no âmbito da investigação desta morte, registrada no domingo. As autoridades haviam indicado que não tinham provas contra eles.

Vídeos transmitidos pela televisão e por redes sociais mostravam uma multidão atacando um carro com paus. Em outro era possível ver um jovem africano sendo espancado por dezenas de pessoas com cadeiras e latas de lixo em um centro comercial.

Dez pessoas ficaram feridas, afirmaram as autoridades, enquanto o governo indiano afirmou que os incidentes serão investigados rigorosamente. "Haverá uma investigação justa e imparcial deste incidente infeliz", tuitou a ministra das Relações Exteriores, Sushma Swaraj.

Muitos africanos são alvos de situações vexatórias e humilhações na Índia, como insultos ou discriminação para encontrar casa. No ano passado, um estudante congolês foi assassinado a pedradas na capital após uma discussão com um motorista de auto-riquixá.

Cerca de 30.000 africanos vivem em Nova Délhi.

O Chef de cozinha Joca Pontes comemorou o prêmio de "Melhor Filme" em língua estrangeira do Hollywood International Documentary Awards. O documentário "Atum, Farofa e Spaguetti" com produção do diretor romano Riccardo Rossi, é resultado dos quatro anos de captação do Projeto Pernambuco: sabores do mundo no sul da Itália, Roma, Paris e Japão. Os chefs Duca Lapenda e André Saburó também estrelam no documentário mostrando detalhes dos pratos e entrevistas sobre o projeto.

Joca Pontes é formado em gastronomia pela Escola Superior de Cozinha Francesa (Ferrandi), em Paris, e começou trabalhando em renomados restaurantes da capital francesa. Durante os três anos de dedicação aperfeiçoou suas técnicas e se especializou na cozinha francesa contemporânea. Desde 2013, ele comanda a cozinha do restaurante Villa – Cozinha de Bistrô, das Creperias La Plage e do Ponte Nova, localizadas no Recife, onde executa as receitas com base francesa, mas com a inserção dos ingredientes locais.

##RECOMENDA##

A produção cinematográfica foi apresentada e teve pré-estreia na Semana Mesa São Paulo que une grandes profissionais da gastronomia em palestras e aulas práticas onde exibem seus conhecimento e a experiência. A Semana Mesa apresenta circuitos gratuitos, onde o público entra em contato com produtores e produtos de qualidade para consumirem ou mesmo levarem para casa.

O filme concorre a dois prêmios no Internacional Filmmaker Festival of World Cinema, em Londres na Inglaterra (IFF 2017), e no Director’s World International Film Festival (DWIFF), em Nova Delhi, na Índia. 

Confira o trailer da produção que ganhou destaque no "Hollywood International Documentary Awards":

Nova Délhi se encontrava envolta em uma névoa tóxica nesta segunda-feira (31), um dia depois da grande festa hindu do Diwali, durante a qual se costuma fazer espetáculos com fogos de artifício. Uma espessa fumaça impede a visibilidade, mesmo no interior das casas e túneis do metrô.

Pela primeira vez na capital indiana, o recorde de 1.000 microgramas de partículas finas por metro cúbico de ar (μg/m3) foi superado em um bairro do sul, o RK Puram. O dado é dez vezes superior aos máximos recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

[@#video#@]

Apesar de as concentrações poluentes diminuírem nas últimas horas, pela manhã continuavam acima dos 700 μg/m3 em vários bairros da capital.

A festa hindu das luzes - o Diwali - é conhecida por ser muito poluente devido aos fogos de artifício, o que implica sérios riscos respiratórios para os habitantes da capital, de acordo com as autoridades.

Uma semana antes da próxima rodada de conversações sobre a mudança climática, que acontecerá no Marrocos de 7 a 18 de novembro, a Unicef publicou nesta segunda-feira um estudo sobre o perigo da poluição atmosférica para a saúde das crianças.

Cerca de 300 milhões de crianças vivem no mundo em locais com poluição atmosférica causadora de danos físicos sérios, incluindo problemas de desenvolvimento cerebral, segundo a Unicef.

O ex-ministro responsável pelos direitos das mulheres no governo de Nova Délhi, destituído por um suposto caso de vídeo pornográfico, foi detido acusado de estupro, anunciou um investigador neste domingo.

Sandeep Kumar foi preso no sábado, pouco depois de ter sido destituído de suas funções no ministério dos direitos das mulheres e das crianças da região da capital indiana.

Uma rede de televisão local conseguiu um vídeo no qual o político aparecia beijando duas mulheres.

"Foi detido após uma denúncia apresentada por uma das mulheres que aparecem no vídeo. Ela acusa Kumar de tê-la estuprado. A investigação acaba de começar", declarou à AFP Vikramjit Singh, delegado adjunto da polícia de Nova Délhi.

A mulher, casada, acusa o ex-ministro de ter colocado substâncias sedativas em seu copo antes de agredi-la sexualmente, acrescentou a polícia.

Os fatos teriam ocorrido no ano passado na casa de Sandeep Kumar. A demandante afirma que o ministro prometeu a ela um trabalho, entre outras coisas.

A segunda mulher que aparece nas imagens ainda não pôde ser identificada, acrescentou a polícia.

O vídeo, de nove minutos, foi enviado na noite de quarta-feira a uma rede de televisão local e ao chefe do executivo de Nova Délhi, Arvind Kejriwal, que destituiu imediatamente seu ministro.

Nos poucos trechos divulgados na televisão, o ministro aparece em uma cama, vestido com uma bermuda, beijando uma das duas mulheres.

A imprensa local afirmou que em outros momentos da gravação ele aparece mantendo relações sexuais com uma delas.

Kumar, casado e pai de um menino, desmentiu os fatos e afirmou que o vídeo é uma montagem pra prejudicar sua imagem política.

Duas meninas indianas de dois e cinco anos foram estupradas na noite de sexta-feira (16) em dois crimes separados em Nova Délhi, os casos mais recentes da longa lista de agressões sexuais na Índia.

Os crimes aconteceram uma semana depois do suposto estupro de uma menina de quatro anos que foi encontrada abandonada em uma ferrovia da capital. A polícia prendeu na ocasião um suspeito, um homem de 25 anos.

##RECOMENDA##

A vítima mais nova dos ataques de sexta-feira foi sequestrada por dois homens durante uma cerimônia religiosa na zona oeste da capital indiana. Ela foi violentada e abandonada em um parque próximo de sua casa, segundo a polícia e a família da criança.

"Iniciamos uma busca pelos suspeitos. No momento, ninguém foi detido", declarou à AFP o chefe de polícia da zona oeste de Nova Délhi, Pushpendra Kumar. Poucas horas depois da agressão, a menina foi encontrada sangrando profundamente. Os exames médicos mostraram que ela foi violentada pelo menos uma vez.

Em outro crime, uma menina de cinco anos foi violentada por três indivíduos, depois de ter sido atraída para a casa de um vizinho no bairro de Anand Vihar, zona leste de Nova Délhi, informou a polícia.

"As roupas dela estavam parcialmente rasgadas, com manchas de sangue. Várias pessoas a ajudaram e ela disse que foi agredida sexualmente" disse à AFP um policial de Anand Vihar, que pediu anonimato.

"Os moradores do bairro entraram na casa, capturaram (os supostos agressores) e os entregaram", completou o policial. Os exames mostraram que a menina sofreu várias agressões sexuais, de acordo com o mesmo policial.

As duas vítimas estão recebendo tratamento médico e suas vidas não correm perigo.

"Uma vergonha"

"Quando Nova Délhi vai acordar? Até quando as meninas vão continuar sendo brutalizadas na capital indiana? É uma vergonha!", escreveu no Twitter Swati Maliwal, diretora da Comissão Governamental de Délhi para as Mulheres.

O estupro coletivo no final de 2012 de uma estudante, que morreu em consequência dos ferimentos recebidos, provocou uma onda de grandes manifestações na Índia e forçou o governo a adotar leis mais rígidas, com penas mais severas para os criminosos sexuais.

Em 2014 foram registrados na Índia 36.735 casos de estupro, sendo 2.096 em Nova Délhi.

O líder da capital indiana criticou duramente a atuação da polícia na cidade, acusando a corporação de agir com severamente contra a população mais pobre por causa de crimes menores ao mesmo tempo em que se omite no combate a crimes sérios.

O ministro-chefe de Nova Délhi, Arvind Kejriwal, assumiu o executivo da cidade em dezembro com a promessa de combater a corrupção e cuidar dos homens comuns. Hoje, ele liderou centenas de seus partidários em um protesto contra a polícia.

##RECOMENDA##

Kejriwal criticou a polícia por tomar dinheiro dos condutores de riquixá por causa de pequenas infrações enquanto faz pouco ou nada para reprimir crimes mais graves, como o tráfico de entorpecentes e a prostituição.

"Nenhuma rede de tráfico pode florescer em Délhi sem o conhecimento da polícia", afirmou Kejriwal. "Queremos acabar com isso e fazer com que a polícia de Délhi preste contas à população da cidade", prosseguiu.

A polícia de Nova Délhi é subordinada ao governo federal.

O ministro-chefe, cujo cargo equivale ao de prefeito, convocou a população da capital indiana a protestar durante dez dias.

Kejriwal elegeu-se pelo Partido do Homem Comum, uma legenda iniciante que teve desempenho surpreendentemente bom nas eleições regionais do mês passado, capitalizando a insatisfação da população com a corrupção em meio a uma sucessão de escândalos no país. Fonte: Associated Press.

A esposa de um ministro indiano foi encontrada morta, nesta sexta-feira (17), em um hotel de Nova Délhi, depois de ter reconhecido que havia pirateado a conta de seu marido no Twitter para acusá-lo de uma relação amorosa com uma jornalista paquistanesa, indicou a imprensa. "Ela parecia estar dormindo normalmente, mas depois foi confirmado que estava morta," disse a jornalistas Abhinav Kumar, seu secretário particular de Sunanda Pushkar, de 52 anos.

O secretário de Estado de Recursos Humanos, Shashi Tharoor, de 57 anos, ex-subsecretário-geral da ONU, confirmou a morte de sua esposa, indicou a agência de notícias Press Trust of India. As autoridades ainda não divulgaram a causa da morte.

Sunanda Pushkar, terceira esposa de Shashi Tharoor, com quem tinha se casado em 2010, havia reconhecido na quinta ter pirateado a conta de seu marido com tuítes que revelavam que ele tinha um relacionamento extraconjugal com uma jornalista paquistanesa.

O escândalo ocupava as capas dos jornais indianos desde quarta-feira, quando foram divulgados os falsos tuítes em que a jornalista Mehr Tarar declarava o seu amor ao ministro e este respondia dizendo que sua mulher tinha descoberto a relação.

Na mesma quarta, o ministro denunciou que sua conta tinha sido pirateada. A jornalista paquistanesa negou o relacionamento. Depois dessas declarações, a esposa do ministro reconheceu que era a autora das mensagens falsas. "Nossas contas não foram pirateadas. Eu estou enviando esses tuítes", disse a mulher do ministro ao diário Economic Times.

"Essa mulher o persegue sem parar [...] Os homens são idiotas em todos os casos [...]. Pode ser que não saibam disso, mas ela é uma espiã paquistanesa", disse Sunanda Tharoor ao jornal Indian Express.

Tharoor é um ex-diplomata que passou três décadas nas Nações Unidas e foi derrotado na eleição ao posto de secretário-geral da organização por Ban Ki-moon. Conhecido por seus discursos bem elaborados, ele deixou a ONU depois dessa derrota e entrou na política indiana em 2008, representando o estado de Kerala, no sul. Sua mulher disse em um primeiro momento ao Indian Express que ia pedir divórcio, mas depois postou no Twitter: "Shashi e eu somos muito felizes juntos".

Mas a apresentadora da rede de televisão CNN-IBN, Sagarika Ghose, disse que tinha achado Pushkar muito deprimida, depois de uma conversa com ela na noite de quinta-feira.

O ex-funcionário da inteligência americana, Edward Snowden, trabalhou brevemente na embaixada dos Estados Unidos na Índia, quase três anos antes de revelar o alcance da espionagem americana, segundo a revista "Foreign Policy".

Snowden chegou em Nova Délhi em setembro de 2010 para ajudar um técnico na embaixada, afirmou a reportagem.

A revista americana, que não revelou sua fonte, não disse em que Snowden trabalhou na embaixada durante sua curta estada na capital indiana.

A embaixada em Nova Délhi não respondeu imediatamente ao pedido da AFP por uma confirmação ou um comentário.

Enquanto estava na cidade, Snowden ainda fez um curso de "ética para hackers e analistas de segurança", segundo um porta-voz da empresa onde ele fez o curso.

Snowden abalou a diplomacia mundial ano passado ao revelar o tamanho dos programas de espionagem de Washington.

Depois de vazar documentos para jornais como "Washington Post" e "The Guardian", o ex-analista de 30 anos fugiu dos Estados Unidos para evitar um processo judicial.

Ele chegou à Rússia em junho de 2013, e passou mais de um mês no aeroporto de Moscou, até conseguir um asilo temporário de 1 ano.

Os promotores federais americanos iniciaram um processo contra ele, acusando-o de espionagem e de roubo de propriedade do governo.

Os quatro acusados pelo estupro coletivo e morte de uma estudante, em dezembro do ano passado, em Nova Délhi, foram condenados nesta sexta-feira (13) à pena de morte, sob os aplausos do público.

O juiz Yogesh Khanna afirmou que este é um caso "muito pouco comum dentro de uma categoria pouco comum", o que justifica a condenação à morte. "Nesta época em que os crimes contra as mulheres aumentam, o tribunal não pode fazer vista grossa a este ato espantoso", disse.

A sentença foi recebida com aplausos e o pai da vítima de 23 anos disse ter ficado satisfeito com a condenação. "Estamos felizes. A justiça se pronunciou", declarou à imprensa. Sua esposa afirmou que "por fim foram cumpridos os desejos" da filha.

Vinay Sharma, um dos quatro acusados — ao lado de Akshay Thakur, Pawan Gupta e Mukesh Singh — começou a chorar ao ouvir a sentença. Na terça-feira, os quatro homens foram declarados culpados de todas as acusações apresentadas, incluindo estupro coletivo e assassinato.

Na audiência de quarta-feira, quando acusação e defesa apresentaram as alegações finais, o promotor Dayan Krishnan pediu a pena capital. "A maneira como esta mulher foi torturada não pode despertar nenhuma compaixão pelos acusados", disse, antes de recordar a condenação anterior de um estuprador no país, que foi enforcado em 2004.

Os advogados de defesa afirmaram que o juiz tinha que resistir à "pressão política" e condenar os acusados à prisão perpétua. V. K. Anand, que defende Mukesh Singh, disse que seu cliente dirigia o ônibus, "mas que não sabia o que acontecia dentro do veículo".

Os advogados anunciaram que apelariam da sentença, o que pode adiar durante vários anos a decisão final da justiça. Um quinto acusado, que tinha 17 anos no momento do crime, foi condenado em agosto a três anos de prisão, a pena máxima para menores de idade.

Um sexto indivíduo, apresentado como o líder do grupo, foi encontrado morto em sua cela em março. A morte foi considerada suicídio pelas autoridades penitenciárias.

O julgamento dos quatro homens aconteceu com um procedimento acelerado e mais de 100 testemunhas foram interrogadas durante os sete meses de audiência. Também foi considerado o depoimento da vítima no hospital.

A estudante foi agredida com uma barra de ferro e estuprada em um ônibus no dia 16 de dezembro, quando voltava do cinema com o namorado. Depois de tentar pegar um riquixá, os dois jovens subiram em um ônibus habitualmente utilizado por estudantes, mas que estava ocupado por um grupo de homens que pegou o veículo para um "passeio noturno".

Dentro do ônibus, o namorado foi agredido, enquanto a jovem era violentada diversas vezes e agredida com uma barra de ferro enferrujada. Depois do crime, ela foi jogada nua para fora veículo. Ela faleceu em consequência dos ferimentos graves em 29 de dezembro em um hospital de Cingapura.

Milhares de indianos indignados protestaram nas ruas contra o estupro e para exigir uma mudança de mentalidade no tratamento das mulheres na Índia.

Após o caso, que comoveu o país, as autoridades aprovaram uma legislação mais rígida para os crimes sexuais e introduziram a possibilidade de pena de morte para os estupradores que tenham provocado a morte de suas vítimas.

Os quatro estupradores que assassinaram uma estudante em Nova Délhi em dezembro do ano passado merecem ser condenados à morte, afirmou a promotoria nesta quarta-feira (11), antes do anúncio da sentença.  "A sentença apropriada não pode ser menor que a pena de morte", disse o promotor especial Dayan Krishnan, depois de alegar que o caso consternou "a consciência coletiva" na Índia.

Na terça-feira, quatro autores do crime, que escandalizou a sociedade indiana e provocou gigantescas manifestações de protesto, foram considerados culpados de estupro coletivo, destruição de provas e assassinato. A estudante, de 23 anos, foi agredida com uma barra de ferro e violentada em 16 de dezembro em um ônibus quando retornava do cinema com o namorado. Ela morreu em consequência dos ferimentos em 29 de dezembro em um hospital de Cingapura.

Uma magistrada indiana, Namrita Aggarwal, ordenou nesta quinta-feira que o julgamento dos cinco acusados do estupro e homicídio de uma mulher, estudante de fisioterapia em Nova Délhi, seja movido para um tribunal de execuções rápidas na capital indiana. O estupro e o homicídio da jovem de 23 anos no mês passado levaram a uma onda de indignação popular na Índia, com a sociedade revoltada com a falta de proteção às mulheres e a impunidade dos estupradores. Os cinco, como foram também acusados de homicídio, poderão ser sentenciados à morte.

A identidade da vítima foi mantida em sigilo. A primeira audiência do julgamento dos acusados deverá ocorrer na segunda-feira. O crime aconteceu em um ônibus em 16 de dezembro e a vítima morreu alguns dias após o ataque, dos ferimentos, em um hospital em Cingapura. Os advogados dos réus afirmam que a polícia pressionou os clientes para confessarem os crimes, em um caso espancando um deles. A polícia nega os maus tratos.

##RECOMENDA##

As informações são da Associated Press.

Cinco suspeitos do estupro coletivo de uma estudante em Nova Délhi ouviram as acusações da Justiça nesta segunda-feira (7), em um clima de agitação e revolta gerado pelo caso, que chocou o país.

Os réus, com idades entre 19 e 35 anos, enfrentam a pena de morte pelo sequestro, estupro e assassinato de uma estudante de 23 anos em 16 de dezembro.

Segundo uma fonte da justiça, dois dos agressores concordaram em colaborar, em troca de uma pena mais branda.

"A ata de acusação foi entregue aos acusados e a próxima audiência acontecerá no dia 10 de janeiro", anunciou Namrita Aggarwal, magistrada no tribunal de Saket, no sul de Nova Délhi, após a audiência a portas fechadas para manter a ordem em meio a uma multidão caótica de advogados e jornalistas.

Os advogados reunidos no complexo judicial de Saket se manifestaram contra uma defesa conferida aos réus, que vivem nas periferias de Nova Délhi.

Na semana passada, os advogados consideraram ser "imoral" defender os réus, apresentados como Ram Singh, Mukesh Singh, Vijay Sharma, Pawan Gupta e Akshay Thakur.

Eles eram esperados para comparecer diante do tribunal na quinta-feira passada, mas não foram apresentados.

O sexto acusado, que teria 17 anos, foi submetido a exames ósseos para verificar a sua idade para ser julgado por um tribunal para jovens.

Na Índia, os réus geralmente são levados à justiça meses após o crime, mas, neste caso, o processo foi acelerado.

A natureza particularmente brutal desta agressão causou manifestações em massa e provocou um intenso debate sobre a violência contra as mulheres e a apatia da polícia e da justiça diante este tipo de crime, que muitas vezes permanece impune.

Os réus foram apresentados pouco mais de uma semana depois da morte da jovem em um hospital em Cingapura, para onde havia sido transferida após três cirurgias e uma parada cardíaca.

A polícia montou um forte esquema de segurança para a audiência, por temores de ataques contra os réus. Um homem foi preso na semana passada ao tentar plantar uma bomba perto da casa de um deles.

De acordo com especialistas, o tribunal deverá transferir o caso para outra Corte com poderes para acelerar a instrução.

A vítima, cujo nome deve permanecer anônimo em virtude da lei relativa ao estupro, tinha passado a noite no cinema com o namorado, de 28 anos de idade.

Depois de tentar em vão parar vários riquixás, o casal entrou em um ônibus, que estava ocupado por um grupo de homens que tomaram o veículo para uma "noitada".

Os homens estupraram várias vezes a estudante, que foi agredida com uma barra de ferro e jogada para fora do veículo seminua. Seu companheiro também foi espancado e jogado do ônibus, de acordo com o próprio testemunho da acusação e o namorado.

No sábado, a promotoria indicou que os vestígios de sangue encontrados nas roupas dos acusados correspondiam ao sangue da vítima.

Em entrevista à AFP e a um canal de TV indiano, o namorado da vítima afirmou na sexta-feira a sua incapacidade de salvar a jovem diante da crueldade dos agressores. Ele também denunciou o tempo perdido pela polícia e a indiferença dos transeuntes, enquanto o casal sangrava na estrada.

Muitas pessoas, incluindo da família da vítima, exigem o enforcamento dos autores.

A rede elétrica do norte da Índia deixou de funcionar nesta segunda-feira, parando centenas de trens, forçando hospitais e aeroportos a usarem geradores e deixando 370 milhões de pessoas - mais do que a população dos Estados Unidos e Canadá combinadas - sofrendo com o calor do verão.

O blecaute, um dos piores a atingir a Índia em uma década, ressalta a incapacidade do país em suprir a demanda de energia enquanto tenta se tornar uma potência econômica regional. A Confederação da Indústria Indiana disse que o apagão é um lembrete de que o governo precisa urgentemente reformar o sistema elétrico, garantir um suprimento contínuo de carvão para as usinas de energia e reformar as instalações elétricas. Perdas na transmissão e distribuição em alguns Estados chegam a até 50% devido à roubos e corrupção.

##RECOMENDA##

A rede elétrica caiu por volta das 2h30 da manhã (horário local) pois não conseguia mais suprir a enorme demanda causada pelo verão, disseram autoridades do Estado de Uttar Pradesh. No entanto, o ministro de Energia Sushil Kumar Shinde afirmou que não tinha certeza do porquê do colapso e criou um comitê de investigação.

Foram afetadas as regiões de Punjab, que é celeiro do pais, a instável Caxemira, a capital Nova Délhi, Dharmsala (o quartel-general do Dalai Lama, no Himalai), e o Estado mais populoso do mundo, o pobre Uttar Pradesh.

No final da manhã, 60% da energia foi restabelecida, afirmou o ministro. Foi necessário puxar eletricidade das redes do leste e oeste, bem como comprar energia hidrelétrica do país vizinho Butão.

Os moradores de Nova Délhi foram acordados quando seus ventiladores e ar-condicionados pararam de funcionar. A temperatura na cidade estava em cerca de 35º, com umidade em 89%. O sistema de metrô, que transporta 1,8 milhões de pessoas diariamente, parou por horas durante a manhã.

Shinde quis escapar dos questionamentos criticando outros países, incluindo o Brasil. "Eu peço que vocês olhem a situação em outros países", disse ele. Um terço das residências na Índia não têm eletricidade nem mesmo para acender uma lâmpada, de acordo com o último censo. As informações são da Associated Press.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando