As autoridades chinesas anunciaram, neste domingo (20), um reforço das medidas de confinamento impostas no nordeste do país, enquanto a metrópole de Shenzhen, no sul, se preparava para suspender suas restrições.
O país asiático registou neste domingo 4.053 novos casos de Covid-19, dois terços deles em Jilin, província que faz fronteira com a Coreia do Norte e a Rússia.
Os habitantes da cidade homônima de Jilin, de 4,5 milhões de habitantes, não poderão deixar suas casas por três dias a partir da meia-noite de segunda-feira, informou a prefeitura.
A cidade de Changchun, confinada desde o início do mês, anunciou por sua vez que reforçará suas medidas por três dias e agora apenas pessoal médico e outras pessoas ligadas à pandemia poderão sair.
Desde que o lockdown começou em 11 de março, os 9 milhões de moradores de Changchun só estavam autorizados a sair uma vez a cada dois dias para comprar comida.
No último domingo, a metrópole tecnológica de Shenzhen, localizada às portas de Hong Kong, confinou seus 17,5 milhões de habitantes.
No entanto, a cidade, que abriga milhares de fábricas de grandes nomes da tecnologia, suspendeu parcialmente algumas restrições. O transporte público será totalmente retomado a partir de segunda-feira, assim como as administrações e parte da atividade econômica, informaram as autoridades de saúde.
A China, onde o coronavírus foi detectado pela primeira vez no final de 2019 em Wuhan, havia contido amplamente a pandemia usando medidas rígidas de confinamento desde o início de 2020, mas a variante ômicron - altamente contagiosa - causou vários surtos em todo o país nos últimos meses.
As novas medidas vêm depois que a China registrou suas duas primeiras mortes por covid-19 em mais de um ano no sábado.
Dezenas de milhões de pessoas estão atualmente confinadas em todo o país e as autoridades estão trabalhando para liberar leitos hospitalares em meio a temores de que o surto possa colocar o sistema de saúde sob pressão.
A província de Jilin, que registrou milhares de casos na semana passada, construiu oito hospitais temporários e dois centros de quarentena para lidar com a situação.
Além disso, a cidade de Tangshan, no norte, sede da indústria siderúrgica da China, impôs uma proibição de trânsito de 24 horas neste domingo para conter a propagação do vírus e testar seus 7,7 milhões de habitantes.