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O Homem-Aranha Noir ficou de fora de Homem-Aranha: Através do Aranhaverso, mas nem por isso o personagem perdeu destaque. No maior plot twist do dia, o personagem ganhou uma série própria em live-action, com produção do Amazon Prime Video!

Segundo a Variety, a trama será situada em um universo próprio, sem compartilhar cronologia com Venom (2018) ou outros projetos da Sony no universo do Aranha. A trama é descrita como um suspense de ação na Nova York dos anos 1930.

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O personagem já existia nos quadrinhos, mas ganhou uma nova onda de popularidade ao aparecer em Aranhaverso. O herói teve ninguém menos que Nicolas Cage como voz original em inglês. Não se sabe se o ator retorna para o papel.

A série do Homem-Aranha Noir será tocada por Oren Uziel, roteirista de Mortal Kombat (2021). Dupla responsável pelo primeiro Aranhaverso, Phil Lord e Chris Miller assinam como produtores. Uma data de estreia ainda não foi confirmada.

 

 

Estilo ou gênero? Muitos críticos até hoje se perguntam o que é, afinal, o cinema noir que marcou época em Hollywood nos anos 1940 e 50. Um movimento, com certeza, porque esses filmes se tornaram tendência num momento crítico. Você encontra agora um sugestivo panorama do noir na nova caixa da Versátil. São três discos com seis filmes. Alguns são raridades - Entre Dois Fogos/Raw Deal, de Anthony Mann, de 1948; e O Cúmplice das Sombras, de Joseph Losey, de 1950.

Outros são filmes de diretores sempre associados ao noir - Passos na Noite/Where the Sidewalk Ends, de Otto Preminger, também de 1950; e Anjo Mal/Pick-Up on South Street, de Samuel Fuller, de 1953. Os restantes são as obras emblemáticas do noir, os filmes que os críticos quase sempre enumeram quando se trata de tentar explicar o que era aquele cinema. Fuga do Passado/Out of the Past, de Jacques Tourneur, de 1947; e A Morte Num Beijo/Kiss Me Deadly, de Robert Aldrich, de 1955.

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Estilo? O noir se caracteriza por um forte estilo visual. São histórias urbanas, sórdidas - e nada redentoras, numa indústria que chegou a instituir um código (Hays) para moralizar os relatos e disciplinar o uso do sexo e da violência na tela. Filmadas em preto e branco, e com fortes contrastes de luz e sombras, essas histórias são quase todas, ou sem exceção, herdeiras do expressionismo que triunfara no cinema alemão após a derrota do país na 1.ª Grande Guerra. O triunfo do nazismo produziu uma diáspora. Grandes artistas, incluindo fotógrafos, fugiram da Alemanha e encontraram abrigo na 'América'. Foram eles os artífices da herança do expressionismo na tradição noir.

Isso é verdade - em parte -, mas não explica tudo. Pois na literatura norte-americana triunfara uma tendência literária chamada de hardboiled. Eram relatos de crimes, especialmente histórias de detetives, com base na tradição romântica. O termo tem um pé na culinária. Refere-se à cocção dos ovos. O herói é, invariavelmente, um durão, adotando uma atitude cínica em relação a sentimentos como apreensão, medo e terror que, desde o precursor Edgar Allan Poe - com Os Assassinatos da Rua Morgue -, sempre impregnaram o harboiled e, posteriormente, o noir. Na selva das cidades, homens são enganados por mulheres, homens e mulheres são enganados por aparências e a busca por poder e dinheiro provoca a violência. Um estilo e um movimento, porque esse tipo de filme floresceu durante duas décadas, enriquecendo a produção B de Hollywood. Um gênero? Aí já é mais difícil, porque o noir se manifesta não só no policial, mas também no western, no filme de guerra e até no musical - o número, inspirado em Mickey Spillane, de Fred Astaire e Cyd Charisse em Roda da Fortuna/The Band Wagon, de Vincente Minnelli, de 1953. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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