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O povo de Pernambuco adotou a Seleção do Japão e as manifestações de carinho foram demonstradas durante toda a passagem deles por Recife. Nesta quinta-feira, os nipônicos deixaram a capital pernambucana e, mais uma vez, receberam o apoio de cerca de 50 torcedores na saída do hotel, em Boa Viagem, na Zona Sul.

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A grande maioria dos jogadores foi reconhecida pela torcida, que os chamavam pelo nome. Porém, alguns passaram despercebidos. Mas nem por isso eles deixaram de retribuir o apoio e acenaram para o público agradecendo o carinho.

O público que aguardava o Japão era formado por alguns fãs e descendentes de japoneses. Mas alguns estavam ali apenas para presenciar o fato de ma seleção estar no Recife. A dona de casa Maria Cláudia, 32 anos, levou o pequeno Pedro, de seis anos, para acompanhar a movimentação em frente ao hotel.

“Tirei umas fotos deles, mas são todos iguais. Meu filho, o Pedro, perguntou quem eram, mas não sabia dizer. Apenas disse que era o Japão”, confessou.

O ônibus com os japoneses saiu do hotel às 15h50 e seguiu para o Aeroporto. De lá, eles pegam um voo fretado para Belo Horizonte, onde enfrentam o México, sábado, às 16h, pela terceira rodada do Grupo A da Copa das Confederações.

TRÂNSITO

Toda a delegação do Japão levou cerca de 20 minutos para sair do hotel e ir para o ônibus. Durante este tempo, o trânsito na Rua Barão de Souza Leão foi bloqueado, causando um grande congestionamento e a revolta de alguns motoristas. Muitos desceram dos carros e foram cobrar explicações dos agentes de trânsito.

Um senhor, que estava mais exaltado e não quis se identificar, ficou bastante irritado pelo tempo que esperou por causa do Japão. “Isto é uma palhaçada. Fecham toda a via por causa de um time. Não quero saber de Copa das Confederações, quero só chegar em casa. O ônibus está na calçada e eles poderiam liberar pelo menos uma faixa”, reclamou.

 

Até que o trânsito fosse liberado, os motoristas optaram pela buzina como forma de protesto. O fluxo de carros em frente ao hotel só diminuiu quase uma hora depois da saída da seleção japonesa. 

Depois de Felipão apostar que o Japão não se fechará atrás, o técnico da seleção japonesa, o italiano Alberto Zaccheroni, confirmou que espera ver a sua equipe partindo para cima dos donos da casa no jogo de abertura da Copa das Confederações, neste sábado, às 16h, no Estádio Nacional (Mané Garrincha), em Brasília.

"Não vou dizer o que preparei, mas espero que meus jogadores joguem com personalidade, façam aquilo que sabem com a bola, tenham coragem e joguem o futebol que eles sabem jogar", disse Zaccheroni, prometendo que seu time tomará a iniciativa de buscar o gol. "A seleção brasileira é favorita a conquistar a Copa das Confederações, mas o Japão não ficará só olhando o Brasil jogar"

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Segundo ele, a Copa das Confederações vai servir para o Japão descobrir o nível em que se encontra no futebol mundial depois de ser a primeira equipe a se classificar para a Copa do Mundo de 2014. "A seleção japonesa evoluiu muito nos últimos anos. No futebol asiático, nós somos superiores. Mas ainda não temos a ideia de que nível estamos em relação às principais forças. A Copa da Confederações vai nos dizer o quanto falta para a gente alcançar esse nível", disse.

O treinador se mostrou contente com a evolução do futebol japonês: "Talvez a gente não seja o melhor time do mundo, mas sabemos jogar futebol e temos jogadores muito bons", garantiu.

Para ele, o fato de os jogadores japoneses terem começado a despertar o futebol da Europa - 14 jogadores da seleção atuam fora do país - não tem apenas o lado bom. "Isso tem vantagens e desvantagens. Uma vantagem para a seleção é que os jogadores se tornam mais experientes. Mas a desvantagem é que eles acabam ficando um pouco longe do que acontece no futebol interno."

Do Estadão Conteúdo

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