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Uma ocorrência de incesto resultou na prisão de pai e filha nos Estados Unidos. A justiça do condado de Howard, no estado de Nebraska, condenou Travis Fieldgrove, 40 anos, a cumprir dois de reclusão pela relação com Samantha Kershner, 21 anos.

De acordo com o jornal online Daily Star, o caso veio à tona em 2019, quando uma ex-namorada do homem descobriu que o relacionamento de Fieldgrove e Samantha não era apenas vínculo familiar. Segundo a publicação, a jovem é fruto de um relacionamento do homem, que só veio conhecer a garota quando ela tinha 17 anos.

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Após três anos e alguns conflitos com a meia-irmã de Samantha, que chegou a entrar na disputa para tentar ficar com Fieldgrove, pai e filha decidiram pelo casamento. O portal ainda cita que a união foi firmada enquanto uma investigação das autoridades locais recaía sobre a dupla, que chegou a publicar fotos da cerimônia nas redes sociais.

Nos tribunais, Fieldgrove e Samantha apresentaram documentos para tentar provar que não havia vínculo de parentesco entre eles, mas o exame de paternidade mostrou que a possibilidade de o homem ser o pai da noiva é 99,9999999%. Travis segue detido, já Samantha ficou presa por 22 dias e foi liberada.

Nebraska aboliu definitivamente a pena de morte nesta quarta-feira, em uma votação legislativa que reverteu um veto do governador republicano, tornando o estado o 19° americano a substituir a execução pela prisão perpétua.

A câmara única de Nebraska (centro) decidiu pela abolição por 30 votos a favor e 19 contra, permitindo superar o veto do governador Peter Ricketts.

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Faltam três dias para a cerimônia do Oscar, a premiação mais prestigiada do cinema mundial, que ocorre anualmente desde 1929, em Los Angeles (EUA). Na ocasião, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas entrega estatuetas aos melhores desempenhos no cinema do ano anterior. Apesar das especulações sobre os supostos vencedores, este ano a disputa é acirrada. Em 2013, foram lançados filmes de alta qualidade e bastante elogiados, que disputam a estatueta no próximo domingo (2).

Entre os indicados estão Gravidade, Trapaça, 12 anos de escravidão, O lobo de Wall Street, Ela, Clube de Compra Dallas, Capitão Phillips, Nebraska e Philomena. Estes concorrem na categoria de Melhor Filme. Nas redes sociais, a especulação sobre os vencedores se tornou assunto diário. Para isso, existe um grupo fechado no facebook intulado Oscar, cinema & discussões, composto por 783 membros apaixonados pela Sétima Arte.

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Nas conversas, o palpite é unânime: Gravidade será o filme que levará mais prêmios no próximo domingo (2). O cinéfilo Felipe Tavares torce para que o longa de Alfonso Cuarón leve a estatueta de Melhor Filme. No entanto, ele acha que Gravidade não vencerá essa categoria mesmo sendo favorito em outras. “Apesar da mídia apontar 12 anos de escravidão como favorito para melhor filme, seria mais coerente premiar Gravidade, que levará a estatueta de melhor direção e outras categorias técnicas”, especula Felipe.

Outro palpite universal é a vitória de Cate Blanchett na categoria de Melhor Atriz. Ela protagonizou Blue Jasmine, de Woody Allen, e venceu premiações importantes como Globo de Ouro e BAFTA, este último considerado o Oscar britânico. “É provável que a Cate ganhe, mas a vitória de Sandra Bullock (Gravidade) pode ser uma surpresa no próximo domingo. O Oscar é cheio de surpresas”, palpita o cinéfilo recifense Josimar Correia. 

Sobre a categoria de Melhor Atriz Coadjuvante, a torcida da maioria vai para Lupita Nyong’o, de 12 anos de escravidão. Entretanto, Jennifer Lawrence (Trapaça) pode tirar o troféu da queniana. “Lawrence é queridinha pela Academia. Ela levou a estatueta de Melhor Atriz ano passado e pode levar o prêmio pelo segundo ano consecutivo”, analisa Nayara Villas-Bôas, que também torce pela vitória de Trapaça, de David O. Russell.

Nas categorias de Melhor Ator e Melhor Ator Coadjuvante, a aposta do baiano Alexandre Cavalcante é que a dupla Matthew McConaughey e Jared Leto leva os prêmios nas respectivas categorias. Ambos atuam em Clube de Compra Dallas. “Não curto o favoritismo de Leto e Matthew porque acho que o roteiro não os ampara. Mas McConaughey ganha pelo ‘hype’ que ele está este ano”, explica Alexandre, que queria a vitória de Barkhad Abdi, pelo seu papel em Capitão Phillips. “Jared Leto está bem melhor que Matthew e faz milagre. Acho o trabalho de Abdi melhor assim como Leonardo Di Caprio, que fez um personagem bem mais complexo e exigiu maior imersão psicológica”, completa o baiano. 

Os integrantes do grupo do facebook destacam Alfonso Cuarón na categoria de Melhor Diretor. A preferência é universal para o diretor de Gravidade, filme favorito também para categorias técnicas como Melhor Fotografia, Melhor Edição, Melhor Edição de Som, Melhor Mixagem de Som e Melhor Trilha Sonora.

Demais categorias

O Oscar também premia a Melhor Direção de Arte e Figurino. Este ano o favorito nestas categorias é o filme O Grande Gatsby. Já Clube de Compra Dallas pode ser premiado com a Melhor Maquiagem. A academia entrega estatuetas também para melhor canção,  roteiro, filme estrangeiro, documentário, animação e curtas-metragens.

Transmissão

Devido ao desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro no domingo de Carnaval, a Globo - que detém os direitos de transmissão da festa no Brasil - transmitirá a premiação na segunda-feira (3), após a sessão da tarde, em programa intitulado Show do Oscar, que será comandado por Fernanda Lima. A opção para quem deseja assistir à premiação é o canal pago TNT, que começa sua transmissão a partir das 20h30 do domingo (2).

Em Cannes, no ano passado, quando conversou com o repórter, Alexander Payne, pelo retrospecto de sua carreira - Sideways, Os Descendentes -, poderia imaginar, secretamente, que quase um ano depois estaria no Oscar. Mas era arriscado garantir, com certeza, que Nebraska, Bruce Dern e ele estariam entre os indicados para o prêmio da Academia. O filme que estreia na sexta-feira (14) concorre em cinco categorias - filme, diretor, atriz coadjuvante, roteiro e fotografia. É o melhor do diretor.

O longa conta a história de um velho que começa a apresentar sintomas de demência. Ele acha que ganhou US$ 1 milhão num desses folhetos promocionais, que vivem prometendo o mundo às pessoas. Mas há um problema - ele mora em Montana e terá de buscar o prêmio em Nebraska. Como não tem mais licença para dirigir, resolve caminhar, e obriga seu filho a embarcar nessa viagem com ele.

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Fotografia em preto e branco, grandes interpretações - Bruce Dern, June Squibb -, Nebraska desafia classificações. Foi a primeira coisa que Payne disse. "Quando li o roteiro, pensei nele como uma comédia. É sempre meu primeiro movimento, na vida como nos filmes. Tirar partido da adversidade pelo humor. Mas não se pode levar tudo na brincadeira. Nebraska tem momentos de gravidade e de drama, e são os que ancoram na realidade."

É outro filme sobre pais e filhos - outro, porque o belíssimo filme do japonês Hirokazu Kore-eda segue em cartaz. Payne diz que falar sobre pais e filhos toca a universalidade. "Nunca encontrei uma pessoa que falasse de seu pai como sendo seu herói. Na vida, todos temos uma fase de contestação da autoridade e ela começa em casa. Édipo já ensina que é preciso matar o pai para crescer - matar, metaforicamente. Tive um pai que era comunicativo, mas eu nunca consegui decifrá-lo. Pensava comigo: "de que planeta ele veio?". O filme está carregado desse sentimento. Mas eu nunca pendo nos temas, enquanto estou filmando. Minha preocupação é sempre mais técnica. O que preciso saber, e resolver com meus técnicos e atores, é se a cena vai funcionar, se tem ritmo. Só depois que o filme fica pronto é que começo a me distanciar. E só com distanciamento é que consigo descobrir os temas e a necessidade profunda que me levou a contar a história."

Talvez o espectador que vai ver agora Nebraska identifique certa similaridade do filme de Alexander Payne com História Real, de David Lynch. Faz uma diferença enorme que no filme de Lynch Richard Farnsworth faça sua jornada sozinho, enquanto Dern a divide com o filho. Mas são ambos velhos, com dificuldade de locomoção.

Bruce Dern, pai de Laura Dern, foi ator de Alfred Hitchcock (em Trama Macabra), mas talvez fosse necessário todo o espaço desse texto para enumerar os westerns de que participou. Dern foi melhor ator em Cannes, no ano passado, mas quando deu a entrevista ele ainda não sabia que isso ia ocorrer - nem que seria indicado para o Spirit Award, o Globo de Ouro e o Oscar. Mas ele já sabia de uma coisa. "Ninguém passa impunemente pelos grandes papéis, e esse é o melhor de minha carreira. Só posso agradecer a Alexander (Payne) por haver pensado em mim. Esse homem não sou eu e, ao mesmo tempo, tem muito de mim. Quem não vive na corda bamba do sonho e da desilusão?"

June Squibb também ainda não sabia que seria indicada para melhor atriz coadjuvante, mas também intuía que Nebraska era um filme importante para ela. "Já fiz teatro, cinema e televisão. Nada me é estranho, mas quando o filme é bem escrito, e esse é, fica mais fácil viajar nas personagens." De tudo o que Payne disse na entrevistas, nada foi mais revelador que as suas brigas com o estúdio para fazer o filme em P&B. "Eles queriam que fosse colorido, para aproveitar a paisagem, e não entendiam quando eu dizia que ia estragar o clima. Queriam astro, alguém bem conhecido, e Bruce (Dern), por melhor que seja, fez sua carreira em pequenos papéis. Finalmente, concordaram, mas o orçamento teria de ser baixo. E já que o orçamento era reduzido, eu pude fazer o filme como queria, sem interferências."

Gente

Isso lhe permitiu, inclusive, fazer uma mistura muito atraente. "Desde o começo, quando li o roteiro, percebi que o filme só seria efetivo se tivesse gente com cara de gente. Se pudesse misturar atores com não profissionais. Esse foi o maior desafio, que tomou cerca de um ano. Os irmãos de Bruce e suas mulheres são fazendeiros de verdade, a maioria pelo menos. Os sobrinhos, os amigos, os antigos desafetos. A cada etapa, eu tinha de voltar e fazer testes, verificar como seria a interação dos já contratados com os novos que estavam chegando. Era uma coisa que sempre quis fazer e, em alguns momentos, antes, quase consegui. Dessa vez, é todo o conceito do filme."

Alexander Payne é uma raridade - um diretor que também é cinéfilo. Ele contou na entrevista que gosta de viver em Los Angeles, em Hollywood. "Adoro caminhar e descobrir as antigas locações de filmes clássicos que admiro. Moro perto da casa em que Billy Wilder filmou Pacto de Sangue (o cult filme noir com Barbara Stanwyck e Fred MacMurray). Minha imaginação viaja e eu chego a pensar que os eflúvios da criatividade daqueles grandes talvez tenha permanecido no ar." Dias depois da entrevista, o repórter reencontrou o diretor, que assistia a O Sol por Testemunha, de René Clement, em Cannes Classics. Estava fascinado. "Ninguém mais filma bem assim. E (Alain) Delon! What a wonderful actor! Que ator maravilhoso!" As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nebraska, um road movie melancólico de diálogos diretos assinado por Alexander Payne e exibido nesta quinta-feira (23) na competição oficial do Festival de Cannes, atravessa uma América rural economicamente enfraquecida, acompanhando um velho homem que perdeu a cabeça e um filho que irá provar seu amor. Maravilhosamente filmado em preto e branco, a aventura começa em Montana com a imagem do velho homem (Bruce Dern) caminhando desorientado por uma estrada cheia de neve na direção de Nebraska para receber um milhão de dólares prometidos em uma mensagem improvável.

Sua família, cansada de suas viagens perigosas e de sua ideia fixa, planeja colocá-lo em um asilo. Um de seus filhos (interpretado por Will Forte) o levará para buscar o hipotético cheque milionário e viver plenamente sua fantasia por alguns dias. Filmar em preto e branco permitiu casar visualmente com "a austeridade da vida dos personagens", explica o diretor. "Eu levei minha câmera para o interior e apontei para as coisas que vi", indicou Alexander Payne, que nega ter tido a intenção de documentar uma economia em crise.

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Há nove anos, ele se apaixonou pelo roteiro, muitas vezes engraçado, de Bob Nelson. "Você também beberia muito se fosse casado com sua mãe", diz o pai para seu filho. "Você sabe o que eu faria com um milhão de dólares? Eu o colocaria em um asilo!", ataca a mãe (June Squibb), que diz tudo o que pensa.

Nebraska, filmado nas grandes planícies do Meio-Oeste passando por quatro estados, nos oferece uma galeria de retratos de uma América profunda ligeiramente em crise. Um homem taciturno diante da TV e com seu prato cheio, de repente ouve falar do grande prêmio. O pai alcoólatra pouco se ocupava de seu filho, funcionário de uma pequena loja de produtos eletrônicos que recebe pouquíssimos clientes, levando uma vida monótona. O filme lida com este momento delicado da velhice e da senilidade emergentes, onde os papéis são invertidos.

Durante uma passagem forçada da viagem, o pai encontra a sua pequena cidade natal em declínio e memórias enterradas, enquanto velhos conhecidos revelam alguns segredos íntimos para filho. A relação pai-filho começa a se aprofundar. O filme trata de forma agridoce temas como a memória seletiva, ilusões, amor de família, dignidade.

Bruce Dern, de 76 anos, que trabalhou com Kazan, Hitchcock, Coppola e Tarantino, elogiou "o senso de risco" de Alexander Payne, que já filmou com sua filha, a atriz Laura Dern. O diretor disse à AFP que teve algumas discussões com a Paramount acerca desta filmagem em preto e branco, potencialmente menos distribuída (orçamento de 13,6 milhões dólares). "Eles fizeram uma aposta em mim e me deram confiança", ressaltou.

O diretor de 52 anos, nascido em Nebraska e que concluiu o filme na sexta-feira passada, revelou que "detesta filmar em carros". "Mas eu gosto de viajar, conhecer o mundo. Os filmes precisam de um impulso para ir a algum lugar", considerou.

Foi um outro road movie que lhe rendeu um Oscar de melhor roteiro adaptado em 2005: Sideways - Entre umas e outras, traçando a viagem de dois amigos na Rota do Vinho, na Califórnia. Também recebeu o mesmo prêmio em 2012 por seu penúltimo filme Os descendentes, que conta a reviravolta na vida de um rico proprietário de terras no Havaí (George Clooney), após um acidente com sua esposa.

Um segundo homem acusado pela morte de uma família brasileira no Nebraska em 2009 foi condenado por assassinato nesta sexta-feira, informou o canal regional de notícias KETV de Omaha, Estado de Nebraska. O também brasileiro José Carlos Oliveira Coutinho foi considerado culpado em três acusações de assassinato em primeiro grau e em uma acusação de roubo. Ele foi condenado por ter matado Vanderlei, Jacqueline e Christopher Szczepanik, uma família de missionários da igreja Assembleia de Deus. Tatiane Klein, a filha mais velha do casal Szczepanik, estava no tribunal e comemorou a condenação de Coutinho. Ela disse que planeja ficar nos Estados Unidos até que o terceiro acusado pela morte dos seus pais, Elias Lourenço Batista, seja extraditado do Brasil aos EUA e julgado.

Funcionários do condado de Douglas, em Nebraska, disseram que trabalham com o Departamento de Estado do governo dos EUA para que Lourenço Batista seja extraditado aos EUA. O primeiro brasileiro acusado pela morte da família, Valdeir Gonçalves Santos, fez acordo com a promotoria e foi condenado pelos assassinatos no ano passado. Ele testemunhou contra Oliveira Coutinho e Lourenço Batista, devendo receber em troca uma pena mais leve, de até 20 anos de prisão.

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A sentença de Coutinho será divulgada posteriormente, mas ele pode ser sentenciado à prisão perpétua ou à morte, uma vez que o Estado do Nebraska aplica a pena de morte por injeção letal. Coutinho foi considerado o mentor dos assassinatos. Vanderlei, de 43 anos, foi espancado até a morte, enquanto Jacqueline, sua esposa também com 43 anos, e seu filho Christopher, de 7 anos, foram estrangulados.

O trio de brasileiros foi acusado de assassinar a família Szczepanik em dezembro de 2009 e jogar os corpos no rio Missouri. Eles foram acusados em maio de 2010, após terem gastado milhares de dólares com cartões de crédito das vítimas.

As informações são da Associated Press.

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