Tópicos | Nana Akufo-Addo

O presidente de Gana, Nana Akufo-Addo, tornou-se, nesta segunda-feira (1°), a primeira pessoa no mundo a receber uma injeção da vacina contra a Covid-19 financiada pelo Covax, o dispositivo que visa garantir o imunizante aos países menos favorecidos.

O presidente, de 76 anos, cujo país recebeu a primeira entrega mundial de vacinas Covax na quarta-feira (24) passada, recebeu uma primeira dose da vacina Oxford/AstraZeneca, segundo imagens transmitidas ao vivo pela televisão estatal.

"É importante dar o exemplo, mostrando que a vacina é segura, sendo a primeira pessoa a recebê-la, para que todos em Gana se sintam confortáveis ao serem vacinados", disse o chefe de Estado em um discurso.

O sistema Covax tem como objetivo fornecer vacinas contra a Covid-19 para 20% da população de quase 200 países e territórios participantes e também inclui um mecanismo de financiamento que permite que 92 economias de baixa e média renda tenham acesso às doses.

O mecanismo foi criado na tentativa de evitar que os países ricos se apoderem de todas as doses - que ainda estão sendo produzidas em quantidades muito pequenas para atender à demanda global.

O Covax, fundado pela OMS, a GAVI Alliance e a Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias (Cepi), tem acordos com fabricantes para dois bilhões de doses até 2021 e tem potencial para comprar mais um bilhão.

Mais de 17 milhões de eleitores estão registrados para comparecer às urnas nesta segunda-feira (7) em Gana e escolher o presidente do país, em um duelo entre o atual chefe de Estado, Nana Akufo-Addo, e seu grande rival, o ex-presidente John Mahama.

Os eleitores devem escolher entre mais de 10 candidatos, incluindo três mulheres, à presidência e definir os 275 deputados do Parlamento.

Os dois principais candidatos travam uma batalha pela terceira eleição consecutiva e os resultados podem ser muito apertados, a julgar pelo que aconteceu nas votações anteriores. Em 2012, Mahama, do Congresso Nacional Democrático (NDC), venceu com 50,7% dos votos. Há quatro anos, Akufo-Addo, líder do Novo Partido Patriótico (NPP), chegou à presidência com 53,8% dos sufrágios.

Os rivais políticos históricos se comprometeram a respeitar os resultados e a garantir "a paz e a segurança" no país, que é um exemplo de democracia e estabilidade na África Ocidental, região abalada nos últimos meses por eleições polêmicas e violentas, como na vizinha Costa do Marfim.

"Em 30 anos, cinco presidentes se sucederam em paz e entregaram o poder à oposição em três ocasiões", recordou o chefe de Estado durante a tradicional mensagem à nação na véspera da eleição.

"A respeito do que acontece no continente, e na África Ocidental, o mundo inteiro nos observa e devemos manter o título de exemplo de democracia, de paz e estabilidade", completou o presidente candidato à reeleição, de 76 anos.

Os dois candidatos encerraram a campanha no sábado. O chefe de Estado pode ser beneficiado por um balanço geral positivo nas áreas econômica, social e diplomático, mas os principais desafios são o desemprego, as infraestruturas e o acesso à saúde.

Desde a década de 2000, o país rico em ouro, cacau e mais recentemente em petróleo registra um forte crescimento econômico. Em menos de 25 anos, a taxa de pobreza extrema caiu à metade.

Mas em algumas regiões, sobretudo no norte, muitas pessoas ainda vivem na pobreza absoluta, sem água potável ou energia elétrica.

A crise provocada pelo coronavírus afetou o país, que deve registrar um crescimento anual de 0,9%, segundo o FMI, o menor índice em mais de 30 anos. O atual presidente foi elogiado pela gestão da crise e, apesar dos avanços na educação e no acesso à energia elétrica, não conseguiu cumprir sua principal promessa: a luta contra a corrupção.

Em novembro, o procurador especial anticorrupção renunciou ao cargo e acusou Akufo-Addo de obstruir seu trabalho. Mahama, considerado um negociador e homem próximo ao povo, precisa superar as críticas de má gestão econômica que impediram sua reeleição.

Ele escolheu como candidata a vice-presidente Jane Naana Opoku-Agyemang, ex-ministra da Educação que tem uma reputação de integridade e veio do Centro, uma região crucial para vencer a eleição.

O vencedor precisa obter mais de 50% dos votos e os resultados devem ser anunciados 24 horas depois do fim da votação, mas o prazo pode ser maior, de acordo com a Comissão Eleitoral.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando