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O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), usou suas redes sociais para compartilhar uma frase do líder fascista Benito Mussolini. No último sábado (2), o político postou uma frase do ditador italiano para defender que se "deve restringir a liberdade do indivíduo".

"Fomos os primeiros a afirmar que, quanto mais complexa se torna a civilização, mais se deve restringir a liberdade do indivíduo”, diz a frase de Mussolini postada por Zema. O ditador italiano foi um dos maiores aliados da Alemanha Nazista na Segunda Guerra Mundial.

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Por meio de nota, o Governo de Minas Gerais disse que Zema defende as liberdades individuais e alega que a citação seria um alerta sobre os supostos riscos do "estado inchado". O posicionamento também afirma que o governador tem compromisso com a democracia e com um estado que sirva às necessidades do povo.

Cem anos após sua chegada ao poder, o culto a Benito Mussolini se mantém intacto na cidade de Predappio, onde nasceu e foi enterrado. Seu túmulo, na cripta da capela da família, atrai dezenas de milhares de visitantes todos os anos.

Nostalgia ou curiosidade, são muitos os que desfilam diante dos restos mortais de "il Duce", cujo legado continua pesando sobre o partido pós-fascista Irmãos da Itália (Fratelli d'Italia), liderado por Giorgia Meloni e favorito nas pesquisas para as legislativas de 25 de setembro.

Na cripta, decorada com um busto branco de Mussolini, o livro de ouro colocado em frente ao sarcófago de pedra coberto com a bandeira da Itália está repleto de mensagens carinhosas. "Nunca te esquecerei", "renasceremos", "volta!".

Empolgado, um jovem visitante acaricia a lápide com uma das mãos e homenageia, de braço levantado, a quem é apresentado como "o pai da pátria" em um dos buquês de flores.

Outros vieram para Predappio, no norte da Itália, com suas famílias, e têm opiniões mais sutis sobre Mussolini, que chegou ao poder após a marcha sobre Roma em outubro de 1922 e instaurou uma ditadura em 1925 que durou até 1943.

"Mussolini foi um grande homem de Estado. Fez progressos no direito trabalhista e na proteção social. Mas cometeu erros ao se aliar com Hitler e aprovar leis raciais vergonhosas", comentou Fabiana di Carlo, uma funcionária romana de 42 anos, que veio acompanhada de sua filha.

Nas eleições, ela diz que votará em Giorgia Meloni, a presidente dos Irmãos da Itália, porque a considera "inteligente e competente" e porque quer que se torne "a primeira mulher chefe de governo".

Sua visão é a de muitos italianos, que traçam uma linha divisória entre o que Mussolini fez antes e depois de sua aliança com os nazistas e sua entrada na II Guerra Mundial.

Na Itália, 66% dos jovens de 16 a 25 anos considera o regime fascista como "uma ditadura parcialmente condenável, mas que também trouxe benefícios", segundo uma pesquisa do Ipsos publicada em outubro de 2021.

"Esperamos que Giorgia Meloni ganhe as eleições. Ela fará com que as normas e a segurança sejam respeitadas", afirma um casal de empresários de Milão, Giovanna e Alessandro, que saem da cripta com um calendário de Mussolini sob os braços.

O túmulo de Mussolini (1883-1945) recebe mais de 70.000 visitantes por ano e inclui lembranças como suásticas ou cruzes celtas, garrafas de vinho com a efígie do 'Duce', pulseiras "anticomunistas" e cartazes com slogans como "Itália para os italianos" ou "Manual do Fascista".

A viagem do presidente Jair Bolsonaro à Itália está provocando as mais diversas reações. Em Pistoia, na Toscana, partidos de oposição e associações de esquerda, incluindo siglas LGBTQIA+, marcaram uma cerimônia para homenagear os soldados brasileiros caídos na luta contra o nazifascismo na Segunda Guerra Mundial para poucas horas depois da visita do brasileiro.

A iniciativa foi agendada para terça-feira (2), às 15h (horário local), após Bolsonaro concluir sua visita no Monumento Votivo Militar, que fica no lugar de um antigo cemitério de soldados do Brasil.

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O ato é organizado pelo Partido Democrático (PD), maior força de centro-esquerda na Itália, pela Associação Nacional dos Partisans Italianos (ANPI), Confederação-Geral Italiana do Trabalho (Cgil), principal sindicato do país, além de Arci, Libera, Pax Christi e outras entidades da comunidade LGBTQIA+.

A cerimônia em protesto ao mandatário brasileiro se soma às demais que já foram anunciadas, como o fato de o dom Fausto Tardelli não rezar no monumento aos soldados brasileiros, conforme dita a tradição da diocese.

Hoje cedo, a Diocese de Pistoia, inclusive, chegou a publicar um nota para criticar o líder do partido de extrema-direita Liga, Matteo Salvini, e pedir para que ele não use sua visita a cidade, onde irá encontrar Bolsonaro, para "comemorar mortes".

A oposição e vários grupos de ativistas de esquerda já programaram uma manifestação na manhã de terça-feira, na piazza Duomo, contra a presença de Bolsonaro em Pistoia.

A cidade de Pistoia tem uma forte ligação com a Força Expedicionária Brasileira (FEB) e abriga um cemitério militar e a tumba do soldado desconhecido como forma de homenagear os brasileiros mortos na Guerra. Anualmente, no dia 2 de novembro, é realizada uma comemoração pelos caídos na batalha.

Atualmente, na localidade de San Rocco, fora da cidade italiana, próximo ao Monumento Votivo, apenas um soldado desconhecido repousa depois que os corpos dos 500 militares que morreram lutando na Guerra foram transferidos para o Brasil ao longo das décadas.

Da Ansa

A Lazio suspendeu nesta quarta-feira o falcoeiro Juan Bernabé - responsável por voar a águia mascote do clube antes do início dos jogos - depois dele ser flagrado fazendo uma saudação fascista em alusão ao ditador italiano Benito Mussolini. Em imagens que circulam nas redes sociais, é possível ver o funcionário fazendo o gesto enquanto a torcida do clube romano grita "Duce! Duce!", como era conhecido o chefe do governo italiano entre o período que antecedeu a Segunda Guerra. O incidente aconteceu no último sábado, na vitória por 3 a 1 sobre a Internazionale.

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Bernabé era o instrutor do Olimpia, a águia de cabeça branca que a Lazio adotou em 2010. O voo do Olímpia sobre o Estádio Olímpico de Roma antes dos jogos em casa se tornou um momento simbólico para os torcedores. Anteriormente, ele havia trabalhado fazendo a mesma função no Benfica, que também possui uma águia como mascote oficial.

A torcida da Lazio é frequentemente criticada por alegações de cantos racistas e por elogiar o fascismo durante os jogos. A administração do clube vem lutando há anos para reprimir tal conduta. O vídeo gerou indignação entre as comunidades judaicas italianas. Noemi Di Segni, presidente da União das Comunidades Judaicas Italianas, pediu à Federação Italiana de Futebol (FIGC, na sigla em italiano) que tire os fascistas do jogo para evitar que seu ódio "se espalhe do campo para cada quadrado" do país.

"Foram tomadas medidas para a suspensão imediata da pessoa em questão do serviço e para a possível rescisão dos contratos existentes", disse o clube em um comunicado oficial.

Extremismo político e abusos racistas são um problema para a primeira divisão italiana da Série A, onde vários jogadores negros têm sido insultados durante as partidas. Após vários incidentes de racismo no início desta temporada, o presidente da FIGC, Gabriele Gravina, disse que os torcedores racistas devem ser identificados e banidos dos estádios para sempre.

Um grupo de cerca de 70 italianos saudosos do fascismo se reuniu neste domingo (2) no Lago de Cuomo, no norte da Itália, para fazer "saudações romanas", gesto que se tornou símbolo dos fascistas, em homenagem a Benito Mussolini (1883-1945).

O encontro ocorreu na piazza Paracchini, em Dongo, para lembrar a data de 28 de abril de 1945, dia em que o líder fascista e sua amante, Claretta Petacci, foram presos e executados.

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A homenagem foi feita em frente ao portão da Villa Belmonte, onde ambos foram mortos. A cerimônia foi organizada pela associação Mario Nicollini de Coma, autorizada pelo Quartel-General da Polícia e pela Prefeitura.

A "saudação romana" consiste em levantar o braço direito com a palma da mão aberta e foi incorporada pelo fascismo durante a ditadura de Mussolini.

O ato, no entanto, foi alvo de críticas e protestos por parte da Associação Nacional dos Partisans Italianos (Anpi). Do outro lado da praça, centenas de manifestantes repudiaram a homenagem, ao som de "Bella Ciao", música símbolo da Resistência.

Da Ansa

Romano Floriani Mussolini, bisneto do ditador italiano, assinou seu primeiro contrato profissional com a Lazio, clube frequentemente vinculado a torcidas organizadas de ideologia fascista e neonazista. No Instagram, o zagueiro de 18 anos publicou uma foto na qual aparece assinando o contrato até 2024 com Mauro Bianchessi, responsável pelas categorias de base do clube romano.

"Estou muito feliz por ter assinado meu primeiro contrato profissional com a SS Lazio e por vestir esta camisa por mais três anos", escreveu em sua página.

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Revelado na Lazio, Romano Floriani Mussolini é filho de Alessandra Mussolini, neta de Benito Mussolini (1883-1945), que criou as primeiras milícias fascistas em 1919. Para chegar ao Estádio Olímpico, onde jogam Lazio, Roma e a seleção italiana, os torcedores passam por um obelisco dedicado a 'Mussolini Dux' (Mussolini o Duce).

Vinculados à extrema direita, os chamados "ultras" da Lazio são frequentemente acusados de comportamento racista ou antissemita, com atos discriminatórios, como saudações fascistas, gritos de macacos e até a exibição de cartazes com caricaturas de Anne Frank, uma das vítimas do Holocausto.

O clube raramente criticou o comportamento de seus torcedores mais radicais, embora em janeiro de 2020 tenha exigido que 16 torcedores que fizeram a saudação fascista em uma partida da Liga Europa contra o Rennes participassem do pagamento de uma multa imposta pela Uefa.

Torcedores da Lazio estenderam uma faixa de boas-vindas ao goleiro recém-contratado Pepe Reina e que faz referência explícita à "saudação romana", gesto que se tornou símbolo do fascismo.

A faixa foi pendurada em um viaduto de Roma e apresentava os dizeres "saudações romanas, camarada Reina", mas nenhuma torcida organizada reivindicou o ato.

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A "saudação romana" consiste em levantar o braço direito com a palma da mão aberta e foi incorporado pelo fascismo durante a ditadura de Benito Mussolini. Pepe Reina, que completa 38 anos em 31 de agosto, já demonstrou simpatia pelo partido de extrema direito espanhol Vox.

Da Ansa

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) compartilhou um vídeo no Facebook, na noite do domingo (31), com uma famosa frase atribuída ao líder fascista Benito Mussolini. No vídeo, um idoso italiano está caminhando na rua e fazendo um discurso supostamente defendendo a liberdade. Em determinado momento da gravação ele diz "melhor um dia como leão do que cem anos como ovelha", citação usada pelo fascismo italiano e que teria sido repetida por Mussolini.

"Em 1 minuto o velho italiano resumiu o que passamos nos dias de hoje", escreveu Bolsonaro na publicação.

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Em 2016, o então pré-candidato à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, compartilhou a mesma frase no Twitter. Ela havia sido escrita por uma conta paródia cuja foto de perfil era uma imagem do ditador italiano com os cabelos de Trump.

O atual presidente dos Estados Unidos recebeu uma série de críticas por compartilhar a mensagem. Em entrevista à TV americana NBC, Trump disse que não sabia que a citação era de Mussolini, mas não pareceu arrependido. "É uma citação muito boa. Eu não sabia quem tinha dito, mas que diferença faz se foi Mussolini ou outra pessoa? É uma ótima citação", disse na ocasião.

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Alguns políticos criticaram Bolsonaro pelo vídeo compartilhado. "Bolsonaro exalta Mussolini, um ditador fascista aliado de Hitler, responsável por mais de 440 mil mortes e que perseguiu quem discordava dele. O presidente brasileiro deixa bem claro que quer um regime autoritário por aqui", escreveu o deputado federal Alessandro Molon (PSB). A deputada federal Luzianne Lins (PT) afirmou: "O genocida Bolsonaro não para de flertar com o fascismo e de cometer crimes de responsabilidade. Faz postagem com frase de Mussolini, fundador do fascismo, para atiçar sua horda de lunáticos. Já conhecemos bem suas artimanhas". O presidente não se manifestou sobre a publicação.

A frase dita pelo idoso é uma das utilizadas pelos regimes nazifascistas, explica o professor de história José Carlos Mardock. Segundo o professor, tais regimes tinham como característica o uso de linguagem simples e objetiva, com o objetivo de manipular as massas e ativar o nacionalismo. Na opinião do docente, Bolsonaro usou o vídeo para confundir os espectadores, afirmando que “o Congresso estaria infringindo um direito constitucional, o de ir e vir, garantido pela Carta de 1988. Porém, as frases destacadas pelo idoso são, em sua maioria, de extrema direita. Essa tem sido a saída do presidente, o uso de mensagens subliminares ou com duplo sentido”, avalia.

O zagueiro Andrea Sbraga, do Novara, acabou no olho do furacão por conta de uma publicação em suas redes sociais. O atleta elogiou o ditador fascista Benito Mussolini e citou um discurso utilizado em 1927 pelo "Duce" para comentar sobre a epidemia de coronavírus na Itália.

Em seu post, que foi removido de suas mídias sociais, Sbraga disse que Mussolini foi um "grande estadista visionário". Na sequência, definiu a situação do coronavírus na Itália com uma frase pronunciada por Mussolini há 93 anos: "Nas próximas décadas, os chineses invadirão o mundo com produtos de baixo custo e as epidemias que crescem dentro deles".

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"Quanto mais você estuda, mais percebe que tipo de homem Mussolini era, grande estadista e político do futuro", comentou Sbraga, de 28 anos, na publicação.

O post do defensor gerou uma grande controvérsia, principalmente dentro do clube, já que o Novara foi treinado na temporada 1934/35 pelo húngaro Árpád Weisz, que morreu com sua família em 1946 no campo de concentração de Auschwitz.

O Novara esclareceu que o uso inadequado das redes sociais pelos jogadores não será mais permitido, caso contrário, vão ser tomadas medidas disciplinares.

De acordo com o balanço divulgado nesta sexta-feira (28) pelas autoridades da Itália, mais de 820 indivíduos testaram positivo para o Covid-2019, e 21 morreram em decorrência do novo coronavírus. Em Novara, três possíveis infecções surgiram ontem (27), mas ainda é aguardado a confirmação do Instituto Spallanzani, em Roma.

Revelado pelo Pisa, Sbraga tem passagens por Lazio, Salernitana, Carrerese, Padova e Siena. O defensor atua pelo Novara, que atualmente está na Série C, desde 2018.

Da Ansa

O veterano atacante Sergio Pellissier, do Chievo, elogiou nesta quinta-feira (6) o ditador fascista Benito Mussolini, afirmando que o "Duce" realizou "muitas coisas bonitas" na Itália.

A opinião do jogador de 39 anos, emitida em uma entrevista ao programa "Un giorno da Pecora", da emissora "RaiRadio1", gerou muita discussão nas redes sociais.

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"Mussolini fez muitas coisas bonitas, mas também muitas feias, e essas segundas ele as fez muito mal. Ele recuperou, construiu muitas estradas e criou muitas coisas importantes para a Itália. E depois há aquelas [coisas] feias, desastrosas, como a aliança com os nazistas", declarou Pellissier.

Já sobre seu posicionamento político, o atacante afirmou ser "mais para a direita do que para a esquerda", mas ressaltou que somente o "trabalho em equipe" pode tirar a Itália dos atuais "problemas".

"Se alguém de direita ou de esquerda disser algo inteligente e sensato, o que é bom para a Itália, não devemos ir contra isso, independentemente do lado. É inútil tomar partido agora, você tem de pegar todas as coisas positivas da direita e da esquerda e, talvez, a Itália também possa sair dos problemas de hoje", concluiu.

Desde 2002 no Chievo, Pellissier possui mais de 500 partidas e 137 gols com a camisa do clube gialloblù. Além do time de Verona, o atacante tem passagens por Torino, Spal e Varese.

Da Ansa

A histórica canção italiana "Bella, Ciao" virou hino da torcida brasileira na Copa do Mundo da Rússia, com versões e paródias que ganham cada vez mais fama nas redes socais.

A canção é considerada na Itália como o hino dos "partigiani", ou seja, da resistência contra o fascismo, Benito Mussolini e as tropas nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Nos anos 1960, a música também foi usada como hino popular de manifestações de trabalhadores e estudantes da Itália e, mais recentemente, era cantada no governo do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi como forma de protesto.

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Até hoje, em celebrações do calendário italiano, a música é executada em várias cidades do país. Sua origem, porém, ainda não foi muito bem esclarecida. Há quem sustente que ela tenha se baseado em uma canção cantada por camponesas da Emília-Romana no início do século 20. No entanto, essa hipótese já foi desacreditada por especialistas, que alegam que ela é resultado de um conjunto de influências de músicas populares do norte da Itália.

Apesar de antiga e conhecida em vários países, sendo gravada até por Mercedes Sosa, "Bella, Ciao" se popularizou recentemente nas redes socais, quando apareceu na série espanhola "La Casa De Papel".

Agora, a canção já chegou à Rússia e conquistou os torcedores brasileiros, que cunharam paródias para provocar as seleções adversárias.A primeira da torcida brasileira a viralizar nas redes sociais veio como uma provocação aos rivais da Argentina: "O Di María, o Mascherano, o Messi, tchau; Messi, tchau; Messi, tchau, tchau, tchau. E o argentino está chorando, porque esta Copa eu vou ganhar", diz a paródia, reunindo três dos ícones da seleção argentina desta Copa.

Ontem, com a eliminação da Alemanha, os torcedores brasileiros criaram outra versão para o time de Toni Kroos, em revanche pelo placar de 7 a 1 da Copa passada. "A Alemanha assanhadinha tá dando tchau, dando tchau, dando tchau, tchau, tchau, tchau".

Confira a letra original da música:

Uma manhã, eu acordei Bela, tchau! Bela, tchau! Bela, tchau, tchau, tchau! Uma manhã, eu acordei E encontrei um invasor Oh, partigiano (membro da Resistência), leve-me embora Bela, tchau! Bela, tchau! Bela, tchau! Bela, tchau, tchau, tchau! Oh, membro da Resistência, leve-me embora Porque sinto que vou morrer E se eu morrer como partigiano, Bela, tchau! Bela, tchau! Bela, tchau, tchau, tchau! E se eu morrer como partigiano, Você deve me enterrar E me enterre no alto das montanhas Bela, tchau! Bela, tchau! Bela, tchau, tchau, tchau! E me enterre no alto das montanhas Sob a sombra de uma bela flor E todas as pessoas que passarem Bela, tchau! Bela, tchau! Bela, tchau, tchau, tchau! E todas as pessoas que passarem Te dirão: Que bela flor! E essa será a flor da Resistência Daquele que morreu pela liberdade E essa será a flor da Resistência Daquele que morreu pela liberdade

Da Ansa

A superprodução americana "The Eternal City", filmada em 1923 na Itália e com o ditador Benito Mussolini entre os protagonistas, foi exibida pela primeira vez em várias décadas nesta terça-feira, no Festival de Cinema Mudo de Podernone.

Rodada na capital italiana um ano antes da Marcha sobre Roma que levou Mussolini ao poder, o filme foi dirigido por um judeu polonês com pseudônimo de Samuel Goldwyn, que pretendia contar como era a vida italiana.

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Segundo o jornal Il Messaggero, o filme, que passou muitos anos perdido, provavelmente porque enaltecia o ditador, foi encontrado recentemente nos arquivos do Museu de Arte Moderna de Nova York pela pesquisadora italiana Giuliana Muscio.

Do filme, como muitas imagens de "Il Duce" e de vários comparsas, foram salvos apenas 28 minutos, considerados valiosos do ponto de vista histórico, segundo o jornal romano.

"Dão a ideia do encontro entre Hollywood, com seu poder de sedução, e um ditador que intuía claramente que o nascente cinema era uma arma poderosa", destaca o jornal.

De acordo com Giuliana Muscio, os desfiles fascistas eram espetaculares, como se tivessem sido concebidos para o cinema, e o ditador era visto como um herói popular, cujo anticomunismo era uma garantia para os americanos.

"Estava tão entusiasmado com nosso projeto que seu gabinete ficava sempre aberto para nós", contou um dos técnicos aos organizadores do festival.

"Em 1923, um filme que glorificava Mussolini e o fascismo não significava para Hollywood uma tomada de posição desconcertante como parece hoje em dia", explica Muscio.

O filme, que não chegou a ser exibido na Itália, foi recebido com entusiasmo nos Estados Unidos, onde a comunidade italiana organizou manifestações de celebração.

Entre as imagens que foram salvas é possível observar os desfiles dos camisas negras pelas ruas do centro histórico de Roma e o olhar gélido de Mussolini em seu gabinete no Palácio de Veneza, quase um presságio em meio ao filme-propaganda.

Benito Mussolini, que dirigiu a Itália de 1922 a 1943, fez muitas coisas boas, com exceção das famosas leis raciais antissemitas, disse neste domingo (27) o ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, novamente candidato às eleições que serão realizadas em fevereiro.

"As leis raciais representam a pior falta de um líder, Mussolini, que, pelo contrário, fez muitas coisas boas em tantas outras áreas", afirmou o ex-chefe de governo, ao falar em Milão durante uma cerimônia por ocasião do dia da memória do Holocausto.

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A partir de 1938, o regime de Mussolini promulgou uma série de decretos, conhecidos como "leis raciais", que introduziram medidas de discriminação e perseguição contra judeus italianos.

A Itália "não tem as mesmas responsabilidades que a Alemanha", acrescentou o Cavaliere, depois que a chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou no sábado que a Alemanha possuía "uma responsabilidade permanente pelos crimes do nacional-socialismo".

As declarações de Berlusconi não demoraram a gerar fortes reações. "É simplesmente asqueroso que justamente no dia da memória, Berlusconi reabilite a ação do ditador que colocou a Itália na Segunda Guerra Mundial", afirmou Débora Sarracchiani, deputada europeia pelo Partido Democrata (esquerda), em um comunicado.

Por sua vez, o atual chefe de Estado, Mario Monti, que se encontrava presente na cerimônia na qual Berlusconi formulou suas declarações, destacou que "o risco de segregação e do antissemitismo é ainda muito presente".

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