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O Brasil fechou sua participação no Mundial de Atletismo Paralímpico de Paris com recorde de medalhas na competição e na segunda colocação no quadro geral de medalhas. Só nesta segunda-feira (17), último dia de competição, o país conquistou sete pódios, sendo dois ouros, duas pratas e 3 bronzes.

Ao todo o Brasil ficou com 14 medalhas de ouro, duas a menos do que a líder China. No geral, o Brasil medalhou mais que os chineses e superou os números de 2019, que até então era sua melhor participação. Em 2019 foram 39 medalhas, neste ano foram 47. 

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"A campanha foi extraordinária. Tanto na pista quanto no campo, os atletas performaram muito bem. Ganhamos também em todas as áreas de deficiência, seja visual, intelectual ou física. Estamos muito satisfeitos. O desempenho do Brasil foi muito positivo e alinhado com o nosso planejamento estratégico, com cerca de um terço das medalhas do nosso país conquistadas por atletas que participaram pela primeira vez de um Mundial. As mulheres também, com atuações muito fortes. Tivemos também 10 atletas com medalhas de ouro. Então, foi uma campanha que nos orgulha muito e que nos cria uma expectativa ainda maior para os Jogos Paralímpicos de Paris no ano que vem", disse Mizael Conrado, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

O Brasil fechou o Mundial de Atletismo Paralímpico de Dubai com a inédita segunda colocação no quadro de medalhas. Com dois bronzes conquistados nesta sexta-feira (15), o País deixa os Emirados Árabes Unidos com 39 pódios no total - sendo 14 ouros, 9 pratas e 16 bronzes. Ficou atrás somente da China, que sobrou com 55 medalhas (24 ouros, 21 pratas e 10 bronzes) e finalizou à frente de potências como Grã-Bretanha, Estados Unidos e Rússia.

"Estamos extremamente contentes com o resultado obtido. A performance dos nossos atletas foi fenomenal, o desempenho dos técnicos também tem de ser destacado. Treinamos muito para estar aqui, só temos que agradecer o empenho deles e agora começa a expectativa para Tóquio-2020", comemorou Jonas Freire, diretor técnico adjunto do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

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O vice supera a campanha em Lyon-2013, quando a delegação brasileira terminou em terceiro lugar. Na edição francesa, no entanto, o Brasil faturou um pódio a mais. Em Londres-2017, a mais recente edição, o País ficou em nono, com 21 medalhas. O presidente do CPB, Mizael Conrado, destacou a evolução das marcas nacionais. Segundo seus cálculos, somente cinco brasileiros que subiram no pódio em Lyon ganhariam medalhas nesta mais recente edição.

"Nossa expectativa para Tóquio é bastante positiva. Se pegar o penúltimo Mundial, Doha-2015, que antecedeu o Rio-2016, o Brasil conquistou oito medalhas no atletismo e repetiu o mesmo número em Londres. Se repetir 14 ouros vai ser muito importante para nossa campanha", afirmou o mandatário do CPB.

Em Dubai, os 14 campeões nacionais garantiram vaga para os Jogos de Tóquio-2020. E outros cinco atletas obtiveram o índice para a próxima edição das Paralimpíadas - estes só não estão confirmados porque há ainda a possibilidade de outros competidores superarem seus tempos.

Os números da delegação brasileira nos Emirados Árabes Unidos superaram as expectativas da comissão técnica. No total, foram quatro recordes mundiais batidos. Destaque para os 10s42 de Petrúcio Ferreira nos 100 metros T-47, resultado que fez do paraibano o atleta paralímpico mais rápido do mundo entre todas as classes. Alessandro Rodrigo e Beth Gomes também fizeram a melhor marca do planeta no lançamento de disco e Cícero Lins foi o recordista no lançamento de dardo.

Os brasileiros estiveram em 45 finais na atual edição do Mundial e em 87% delas terminaram com medalhas. Foram 10 recordes continentais e 9 recordes do campeonato obtidos por atletas do País. A próxima edição do evento está marcada para 2021 na cidade de Kobe, no Japão.

Confira o quadro final de medalhas do Mundial:

1.º - CHINA - 25 ouros, 23 pratas e 11 bronzes: 59 (no total)

2.º - BRASIL - 14 ouros, 9 pratas e 16 bronzes: 39

3.º - GRÃ-BRETANHA - 13 ouros, 9 pratas e 6 bronzes: 28

4.º - ESTADOS UNIDOS - 12 ouros, 10 pratas e 12 bronzes: 34

5.º - UCRÂNIA - 11 ouros, 8 pratas e 8 bronzes: 27

6.º - RÚSSIA - 10 ouros, 16 pratas e 15 bronzes: 41

Aos 35 anos, Ricardo Costa, acostumado aos desafios de viver sem enxergar o chão por onde pisa, deu mais um salto em sua carreira de paratleta - literalmente. Ele, que aos dois anos de idade já apresentava dificuldade na visão e que em 1996 descobriu que era portador da doença de Stargardt (uma degeneração macular congênita, que afeta a visão central e não tem cura nem mesmo com cirurgia), conquistou na manhã deste domingo, a medalha de bronze para o Brasil no salto em distância, categoria T11, no Mundial de Atletismo Paralímpico de Londres-2017.

A medalha de ouro, que conquistou nos Jogos Paralímpicos do Rio-2016, não veio, mas Ricardo considerou o resultado como positivo - ele conquistou o bronze com um salto de 6,21 metros. "A minha corrida oscilou bastante durante a prova, porque eu tentei ser um pouco mais veloz, e isso ocasionou a queima de quatro dos meus saltos. Tenho convicção de que qualquer um deles teria me dado a medalha de ouro. Eu estou voltando para casa muito satisfeito, porque sei que fiz o meu melhor, independente do resultado. O bronze está ótimo e é minha primeira medalha em um Mundial."

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Ricardo começou no esporte com a corrida de rua, e pouco depois migrou para as provas de pista do atletismo. Ele é irmão de Silvânia Costa, que também é paratleta e nos Jogos do Rio-2016 conquistou duas medalhas - ouro no salto em distância T11 e prata no revezamento 4x100m feminino na mesma categoria.

Na prova, a medalha de ouro foi para o norte-americano Lex Gillete, prata na Paralimpíada do Brasil, que saltou a 6,27 metros. A prata ficou com o ucraniano Ruslan Katyshev, que conseguiu os mesmos 6,21m de Ricardo, mas tinha um segundo salto melhor do que o do brasileiro (6,17m contra 5,94m). A medalha de Thiago foi a quinta do Brasil em Londres-2017.

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