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A alta do dólar acirrou a disputa de Multiplus e Smiles pelos pontos acumulados nos cartões de crédito dos bancos. Como as regras de acúmulo são atreladas à moeda americana, os consumidores tendem a conseguir menos pontos para os mesmos gastos em real, afetando o volume de pontos que mandam para os programas de milhagem no médio e longo prazo. A briga das empresas agora é pelo chamado ponto de estoque, aquele que o cliente já acumulou no seu cartão de crédito e ainda não utilizou.

As instituições financeiras pagam para os programas de milhagem cada vez que o cliente troca seus pontos do cartão por milhas. No curto prazo, a alta do dólar tornou essa dinâmica mais cara para os bancos. Os emissores de cartão já estão gastando mais este ano para dar prêmios ao cliente que acumulou pontos nos últimos anos, quando o dólar valia menos.

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O efeito cambial fez a receita com venda de pontos do Smiles crescer 40,5% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2014, e, o da Multiplus, 18,6%. No caso do Smiles, a quantidade de pontos convertidos do cartão de crédito cresceu 43,5%, ante avanço de apenas 1,4% da Multiplus.

A diferença, segundo fontes de mercado, se explica pela estratégia mais agressiva do Smiles em renegociar contratos com os bancos. "O banco não é apenas um fornecedor. Eles é um parceiro estratégico que hoje responde por mais de 70% da receita da empresa", explica o presidente do Smiles, Leonel Andrade.

Na tentativa de ganhar a preferência dos bancos, o Smiles vem promovendo uma "guerra de preços" no mercado de milhas. O preço médio no primeiro trimestre pago pelos bancos por 1.000 pontos convertidos do cartão de crédito saiu por R$ 25 no Smiles e por R$ 31 na Multiplus, de acordo com informações disponíveis no demonstrativo financeiro das empresas. Além de preços menores que seu maior concorrente, o Smiles passou a renegociar contratos em dólar desde o fim do ano passado, para tentar reduzir o risco cambial dos bancos.

O Santander, por exemplo, trocou um contrato em dólar por outro com pagamento em real, antecipado, pelas milhas que comprará nos próximos meses. Com outros bancos, o Smiles congelou o valor do dólar, fazendo uma espécie de "hedge" (proteção) para eles, desde que os bancos se comprometam elevar o volume de pontos emitido para o Smiles.

Essa tarefa não é tão simples já que os bancos têm parcerias com diversos programas, como Multiplus, Smiles, Tudo Azul, Amigo (da Avianca), Dotz ou Netpoints, e a decisão de onde usar os pontos é do cliente. "Temos parcerias com vários programas e também ofertas de resgate dentro da própria plataforma do banco para dar opção ao cliente. Mas podemos incentivar a troca por um ou outro parceiro se isso representar uma redução de custo para o banco e uma oferta interessante para o cliente", disse o diretor de produtos do Bradesco, Cesario Nakamura.

Os incentivos para a conversão em um ou outro programa passam por pontos extras para os clientes e até mesmo redução do limite mínimo de transferência de pontos para os programas de fidelidade. Até a metade do ano, por exemplo, os clientes do Banco do Brasil precisam ter, no mínimo, 5 mil pontos no cartão de crédito para efetuar uma transferência para o Smiles, contra 10 mil na Multiplus.

Para conseguir a preferência dos bancos, o Smiles passou a dividir a receita que obtém em promoções exclusivas com as instituições. Por exemplo, o cliente de um banco pode comprar milhas do Smiles por metade do valor que vende no site (mas acima do que os bancos pagam para o Smiles) e a empresa de milhagem divide a diferença com o banco. "Isso reduz o custo do banco e do cliente e aumenta a nossa margem", diz Andrade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A PROTESTE, uma associação de defesa do consumidor sem fins lucrativos, entrou com uma liminar na justiça contra o programa de fidelidade Multiplus da TAM. Um dos pontos que foram abordados foram as alterações nas regras dos contratos, que estavam, segundo o órgão, ocasionando prejuízos aos clientes.

Outros pedidos atendidos pela juíza responsável pelo caso, Priscila Buso Faccinetto, foi a ampliação dos prazos de validade dos bilhetes de seis meses para um ano a partir da emissão do bilhete e a transferência dos pontos do programa de fidelidade para os herdeiros em caso de falecimento do titular.

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Outro ponto determinado pela liminar foi que a Cia aérea respeite o direito à informação, de modo que as alterações do contrato sejam informados aos clientes com 90 dias de antecedência.

Outras reivindicações que a associação pede, em caso de extinção do programa de fidelidade, é a transferência dos pontos para outro programa de benefícios sem custo algum ou ressarcimento em dinheiro.

A justiça deu um prazo de 30 dias para que a TAM cumpra a ordem. Em caso de não cumprimento, será aplicada uma multa de R$ 50 mil por dia.

Estão abertas as inscrições para a seleção de estagiários da Multiplus, empresa do ramo de fidelização. Podem participar do processo seletivo candidatos que se formam entre dezembro de 2015 e julho de 2017, nos cursos de administração de empresas, ciências contábeis, ciências atuariais, comunicação social/propaganda e marketing, economia, engenharia, estatística, ou tecnologia da informação.

A empresa oferece bolsa-auxílio, assistência médica, vale refeição, entre outros benefícios. Os concorrentes passarão por dinâmica de gripo, além de painel com gestores e entrevistas.

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Os interessados em participar da seleção devem se inscrever, até o dia 12 de abril, por meio do endereço virtual da oportunidade. Pelo mesmo site é possível encontrar outras informações sobre o processo seletivo.

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