Tópicos | MP 605

A Comissão Mista, formada por senadores e deputados, aprovou nesta quarta-feira (5) o texto da Medida Provisória 609, que desonera os produtos das cesta básica. O líder do governo no Senado, senador Eduardo Braga (PMDB-AM), espera que a proposta da MP seja levada à votação no plenário da Câmara dos Deputados ainda nesta quarta.

Conforme as lideranças partidárias haviam anunciado na semana passada, o relator Edinho Araújo (PMDB-SP) incorporou em seu parecer a MP 605. O texto da proposta garantia descontos na conta de energia elétrica, mas perdeu a validade na última segunda-feira, 3. Ao juntar o conteúdo da MP 605 na MP 609, os parlamentares da base esperam garantir esse desconto.

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A MP 609/2013 isenta todos os itens da cesta básica da contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). A desoneração inclui papel higiênico, pasta de dente e sabonete, itens que não constavam da cesta básica e foram adicionados ao grupo com a edição da medida provisória.

A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, fez questão de avisar à população que o fato de a Medida Provisória 605 não ser votada pelo Senado e caducar na segunda feira (3) não influenciará na decisão do Planalto de reduzir a conta de luz dos brasileiros, anunciada em pronunciamento pela presidente Dilma Rousseff, em janeiro.

"Também quero deixar claro que não corre risco a redução da tarifa de energia. A população não precisa se preocupar. O governo tem os mecanismos para garantir essa redução da tarifa", declarou a ministra, em breve comunicado à imprensa, nesta terça-feira. Sobre a MP 601, que desonera setores da economia e que também caducará na segunda-feira, Gleisi avisou que o governo vai encontrar uma solução para que, "na sequência", as retiradas dos impostos dos produtos voltem a valer.

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A Medida Provisória 601 estende a vigência do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra) até o final de 2017. Esse regime devolve às empresas parte dos tributos com base no faturamento com exportação. Além disso, a MP 601 amplia a desoneração da folha de pagamentos para os setores da construção civil e do varejo.

"Até encontrar a solução legislativa adequada, faremos um esforço grande para que as desonerações tributárias previstas na MP 601 possam ter efeito na sequência", declarou a ministra. "Infelizmente teremos um período em que elas não terão efeito tanto para a construção civil quanto para o Reintegra, como para outros setores que estavam sendo beneficiados". E emendou: "Vamos fazer um esforço para que a gente possa o mais rápido possível fazer com que esses setores voltem a ter esses benefícios".

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