Tópicos | Morro do Cantagalo

Quatro anos depois do caso de estupro coletivo no Morro do Barão, a Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga agora um outro caso de violência sexual, no Morro do Cantagalo, na região de Copacabana. Uma menina de 14 anos teria sido abusada por cinco homens, sendo dois deles menores de idade, depois de um baile funk na comunidade. O caso aconteceu em 26 de setembro, mas só foi registrado pela mãe da adolescente na última segunda-feira (5). As informações são do jornal Extra.

A mãe da vítima registrou o caso na segunda-feira (5), na 13ª Delegacia de Polícia de Copacabana. O Instituto Médico Legal realizou exames e constatou evidências do estupro.

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O depoimento da jovem foi tomado na Delegacia de Criança e Adolescente Vítima (DCAV), seguindo o protocolo de atendimento às vítimas de violência sexual.

A vítima relatou que estava na festa e fez ingestão de bebida alcóolica. Em algum momento, perdeu os sentidos e, quando acordou, estava sendo violentada pelos cinco homens, numa laje, em 26 de setembro.

Segundo o Instituto de Segurança Pública e o Tribunal de Justiça do Rio, em 2019, o estado registrou 4,6 mil estupros, mas somente 542 prisões por violência contra mulher. A média de estupros por dia no Rio de Janeiro é de 15 registros.

Morador do Morro do Cantagalo, Petrick Costa dos Santos, de 21 anos, morreu no sábado, 18, após ser baleado durante incursão de policias da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da favela na noite de sexta, 17. O Cantagalo/Pavão-Pavãozinho fica entre os bairros de Ipanema e Copacabana, na zona sul do Rio.

Santos é acusado de tráfico e, segundo a PM, teria reagido a uma abordagem apontando uma pistola para os policiais. Moradores negam, afirmando que não houve troca de tiros e que ele foi baleado pelas costas.

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No sábado, comerciantes de um trecho de Ipanema baixaram as portas de seus estabelecimentos. No domingo, homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PM, que tem como símbolo uma caveira com uma faca enfiada no crânio, faziam o policiamento nas imediações do morro, no bairro de Ipanema.

Na noite de sexta, logo após o assassinato do morador, houve protesto. Moradores do Cantagalo tentaram fechar uma rua de Ipanema, mas foram impedidos por PMs, que lançaram bombas de gás e de efeito moral contra manifestantes.

Santos morreu na manhã de sábado no Hospital Municipal Miguel Couto, após ter sido submetido a uma cirurgia. Segundo a PM, as armas dos policiais da UPP envolvidos na operação da noite de sexta foram apreendidas para exame de confronto balístico. A PM afirma que foi apreendida com a vítima uma pistola israelense de uso restrito. Apesar da "pacificação" anunciada pelo governo do Estado, têm ocorrido vários tiroteios na favela nos últimos meses, segundo relatos de moradores. Uma área do morro teria sido retomada por traficantes.

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