Tópicos | Moacir Guimarães Morais Filho

O subprocurador-geral da República, Moacir Guimarães Morais Filho, solicitou que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) apreenda os exemplares do livro ‘Nada menos que tudo - Bastidores da operação que colocou o sistema político em xeque’ do ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Na obra, Janot revela ter planejado, em 2017, matar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.

No pedido, Moacir diz que a divulgação do livro de Janot é nociva porque “traz a confissão de alguns atos preparatórios consumados pelo ex-procurador-geral Rodrigo Janot, que ultrapassam a mera cogitação do homicídio premeditado pelo agente”.

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No documento, o subprocurador-geral salienta: “a prova da confissão da suposta conduta delituosa está a suscitar comentários na sociedade e nas instituições, razão pela qual o suplicante considera nociva à divulgação do livro sem que sejam excluídos dele os capítulos relativos ao fato confessado pelo autor da obra”.

Além disso, observa que é necessário retirar “das bancas de vendas, a prova material da confissão do fato” e, caso não seja oficialmente distribuído para venda, que “sejam retiradas as páginas do relato revelado pelo autor, isto como medida preventiva para evitar a propagação do incitamento à violência e à prática do juízo arbitrário das próprias razões em situações como a relatada” por Janot. 

O livro do ex-procurador-geral da República ainda não foi lançado, mas ele deu detalhes sobre temas que tratava a obra em entrevistas concedidas na semana passada. Na ocasião, Rodrigo Janot revelou o plano para matar Gilmar Mendes e chegou a pontuar que o ex-presidente Michel Temer (MDB) e o deputado federal Aécio Neves (PSDB) chegaram a tentar cooptá-lo para barrar investigações contra eles. 

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