Tópicos | Mirassol (SP)

O Tribunal de Justiça condenou dois organizadores de um baile funk do Primeiro Comando da Capital (PCC) a mais de 20 anos de reclusão. Rodrigo do Nascimento Amorim foi condenado a nove anos e quatro meses de reclusão, e Davi Curti a 10 anos e 10 meses de reclusão. Os dois organizaram em 22 de março de 2008 a "Noite do Pancadão" cujo objetivo era vender drogas e arrecadar dinheiro para o PCC.

O baile, realizado numa chácara da cidade de Mirassol, a 453 quilômetros de São Paulo, terminou com a apreensão de 40 adolescentes e a prisão de quatro detentos que tinham estavam em saída temporária de Páscoa. Na ocasião, foram apreendidos 120 papelotes de crack, maconha e cocaína, além de uma grande quantidade de drogas.

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Posteriormente, os promotores de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), de São José do Rio Preto, constataram que a festa tinha sido organizada a partir de duas penitenciárias, com a liderança de Curti, detido em uma deles.

PCC reconhecido como facção

No acórdão do Tribunal de Justiça, o desembargador-relator Laerte Marrone de Castro Sampaio também reconhece oficialmente a existência da facção. "A existência de uma organização criminosa denominada "PCC" pode-se considerar, nos dias que correm, como algo inconteste, seja pelos inúmeros processos envolvendo a facção, seja pelo farto noticiário veiculado pela imprensa a esse respeito. Um fato notório, na dicção legal (art. 334, inciso I, do Código de Processo Civil), que independe de prova", diz o acórdão. E sobre a posse de armamentos por parte dos integrantes da facção, o relator disse: "outro tanto se pode dizer quanto a se cuidar de uma quadrilha armada, embora, no caso específico, nenhuma arma de fogo tenha sido efetivamente apreendida."

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